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O homem sem ideologia

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Mensagem por Admin Qui Fev 11, 2016 12:28 pm

“Social-democracia, sempre!”, clama agora Pedro Passos Coelho. É o sonho de qualquer ‘marketeer’, agarrar numa figura política com a notoriedade do ex-primeiro-ministro e deitar mão às ferramentas que possam afinar a sua imagem e a sua mensagem para o novo ciclo que temos pela frente.

No entanto, a tarefa promete ser um pesadelo, até porque já ninguém está particularmente interessado, nesta fase, naquilo que Passos Coelho tem para dizer. O que é pena, porque há claramente um espaço político e eleitoral a ocupar, e o PSD deveria ser o partido capaz de o fazer.

Discute-se agora a dicotomia entre o carácter liberal e o carácter social-democrata de Passos Coelho, melhor dizendo, do último Governo. É que o problema esteve aí, num período em que a social-democracia foi pela janela para dar espaço à austeridade das finanças e a um vago cheiro liberal nas decisões. Passos, enquanto primeiro-ministro fez a rábula do “Homem sem ideologia”, como se isso fosse coisa de politiquice. A sua preocupação - e a preocupação central do País, naturalmente - era a reabilitação das contas, o regresso aos mercados e a liberdade para, dentro dos espartilhos europeus, podermos tomar decisões futuras quanto ao nosso destino. Acontece que, mesmo dentro do caos encontrado, havia espaço para tomar decisões, e algumas delas foram tomadas. Mas a parte ideológica, a parte que não dependia necessariamente dos números mas sim de escolhas políticas, ficou nas mãos de Paulo Portas e do CDS. A visão assistencialista da sociedade, a redução do papel do Estado através de cortes e de parcerias com determinada parte da sociedade civil, tudo isso trazia a marca de água de uma certa forma de ver o país, que o PSD, e sobretudo Passos Coelho, abdicou de ter.

A oportunidade, de ouro, surgiu na campanha eleitoral. Depois de quatro anos de duríssima austeridade e de resultados para mostrar na folha de excel, seria de esperar uma nova forma de encarar Portugal. Todo o país compreenderia que Passos dissesse: “Passei quatros anos a fazer o que era preciso fazer, agora quero passar os próximos quatro a fazer aquilo que quero fazer para o futuro”. Ou seja, salientar que os primeiros quatro anos foram, em grande medida, de ausência de escolha, e que agora havíamos recuperado o poder de escolher, e o íamos exercer. Paulo Portas, ainda que enfaixado no espartilho da PàF, tentou timidamente fazê-lo. Mas Passos Coelho não deixou que tal narrativa se impusesse. Surgiu, sempre e como sempre, de semblante carregado, fazendo questão de lembrar aos portugueses que ainda havia muito sacrifício pela frente, e nunca se conseguiu ou quis sequer demarcar da dureza das medidas tomadas. Porque Passos transformou essa ausência de escolhas dos primeiros quatro anos em efectivas escolhas, ao defender que não apenas tínhamos de apertar o cinto, era justo que o fizéssemos, era justo que empobrecêssemos, era justo que pagássemos o facto de termos andado a “viver acima das nossas possibilidades”. 

Passos Coelho embriagou-se com a imagem que criou para si próprio, o homem dos poucos sorrisos e da zero esperança (porque teme que esperança seja confundida com promessas, exercício que abomina). E, verdade seja dita, conseguiu o que se chegou a pensar impossível: vencer eleições mesmo com aquela pose de Eanes, do tipo duro que prefere dizer a verdade má do que dizer a verdade boa, não vá esta fazer o povo fraquejar no caminho para a redenção. 

O caminho para a social-democracia poderia ter sido trilhado, então, antes das últimas eleições. Mas Passos ficou prisioneiro da figura que foi construindo, e que se lhe agarrou à pele como um autor que já fala como a personagem que criou. Bem pode tentar criar agora outra personagem, mas nunca ficará mais célebre do que a anterior que encarnou com tamanha convicção. 

00:06 h
Tiago Freire
Económico
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