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O homem que via o invisível
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O homem que via o invisível
"Só os homens constroem a sua solidão", escreveu Antoine de Saint-Exupéry no livro Terra dos Homens, publicado em 1939. Ele que teve das profissões mais solitárias - aviador e escritor - sendo a primeira aquela que trouxe matéria poética à sua prosa. Um homem de sonhos que encontrou entre as nuvens as mais delicadas e essenciais reflexões sobre a humanidade. É na pegada desse homem, celebrizado pelo título O Principezinho, que o filme de animação de Mark Osborne define o trabalho da sua mensagem, com especial relevo nestes tempos de solidão tecnológica e crescimento rápido.
Sem entabular uma adaptação (nessa linha temos o musical de Stanley Donen, de 1974), Osborne chama o livro de Saint-Exupéry à tarefa hercúlea de restituir a simplicidade e a infância ao absorto mundo dos adultos. Para tal, coloca diante de nós uma paisagem urbana inscrita nas linhas retas da modernidade e do individualismo, onde uma menina, numa vida tão programada como um eletrodoméstico, descobre no vizinho do lado o convite à aventura de ser criança. Um velho aviador é então o rosto da liberdade (tal como o Sr. Hulot, em O Meu Tio, o é para o sobrinho), mas não tem a vida facilitada na abordagem... pois ela é treinada pela mãe para ser uma adulta exemplar! Sozinha em casa, com um plano e horários para tudo - inclusive para comer uma maçã - assiste ao caos saudável a entrar pela janela, em forma de avião de papel: é a primeira página da inusitada história de O Principezinho. A partir daí, Osborne cruza duas dimensões plásticas, o digital e a técnica stop motion, que dá às ilustrações de Saint--Exupéry o movimento frágil e comovente das personagens moldadas em papel.
Sobretudo, este não será um filme só para crianças. Convoca os adultos esquecidos da luz desse pequenino ser que apareceu a um aviador, errante no deserto.
Crítica
03 DE DEZEMBRO DE 2015
00:16
Inês Gonçalves
Diário de Notícias
Sem entabular uma adaptação (nessa linha temos o musical de Stanley Donen, de 1974), Osborne chama o livro de Saint-Exupéry à tarefa hercúlea de restituir a simplicidade e a infância ao absorto mundo dos adultos. Para tal, coloca diante de nós uma paisagem urbana inscrita nas linhas retas da modernidade e do individualismo, onde uma menina, numa vida tão programada como um eletrodoméstico, descobre no vizinho do lado o convite à aventura de ser criança. Um velho aviador é então o rosto da liberdade (tal como o Sr. Hulot, em O Meu Tio, o é para o sobrinho), mas não tem a vida facilitada na abordagem... pois ela é treinada pela mãe para ser uma adulta exemplar! Sozinha em casa, com um plano e horários para tudo - inclusive para comer uma maçã - assiste ao caos saudável a entrar pela janela, em forma de avião de papel: é a primeira página da inusitada história de O Principezinho. A partir daí, Osborne cruza duas dimensões plásticas, o digital e a técnica stop motion, que dá às ilustrações de Saint--Exupéry o movimento frágil e comovente das personagens moldadas em papel.
Sobretudo, este não será um filme só para crianças. Convoca os adultos esquecidos da luz desse pequenino ser que apareceu a um aviador, errante no deserto.
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