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A costa perdida

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Mensagem por Admin Qua Abr 30, 2014 2:41 pm

A costa perdida Si177-1819

Futuro muito preocupante
Infelizmente, este cenário dantesco só irá piorar nos tempos vindouros. Quem o diz é Carlos Coelho, investigador do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro, que desenvolveu recentemente um modelo numérico de simulação da evolução da linha costeira portuguesa. Ao projetar o futuro da localização da linha de costa em função dos muitos processos físicos que existem no litoral, constatou que ocorrerá uma redução considerável da largura de algumas praias entre Cortegaça e Mira e o aparecimento de novas aberturas entre o mar e a ria de Aveiro. Além disso, prevê que o areal das frentes urbanas protegidas tenderá a desaparecer e que, nos restantes troços, sem qualquer estrutura de proteção, o mar continuará a avançar consideravelmente.
Alguns quilómetros a sul da Maceda, encontramos mais uma vítima do mar: Furadouro. Esta conhecida praia do concelho de Ovar ficou sem 200 metros de areal entre 1975 e 1996. Tal como todos os outros locais citados anteriormente (com exceção da Maceda), também ali foi necessário efetuar obras de melhoria das defesas costeiras nos últimos anos. Mais abaixo, o troço entre as praias da Torreira e de São Jacinto parece estar a salvo, devido à enorme quantidade de sedimentos que são retidos pelo molhe norte, que protege a entrada do Porto Comercial de Aveiro. Porém, isto não são exatamente boas notícias, como veremos já a seguir (mais uma vez, a fatura é paga por quem está a sul).
Atravessada a foz do rio Vouga, surgem mais casos bicudos, como a Barra e a Costa Nova. Mesmo com os esporões construídos nos anos 70, continuam a perder sedimentos e a sofrer as investidas do mar. O mesmo acontece na Vagueira, que perdeu mais de 200 metros, entre 1973 e 1996, e na praia de Mira, onde foi realizada uma intervenção de urgência no outono de 2011, que visou reconstruir (com sacos de areia) quase meio quilómetro de cordão dunar. Mais adiante, a sul do porto da Figueira da Foz, reaparecem os efeitos erosivos. Cova, Gala, Costa de Lavos e Leirosa são apenas algumas localidades na lista negra, a que se juntam Vieira de Leiria, São Pedro de Moel e Nazaré. De Alcobaça a Sines, apenas merece destaque o problema crónico da Caparica, pelo que avançamos agora por águas mais calmas: felizmente, de Sines a Sagres não existem situações dignas de registo.
Já na costa algarvia as coisas voltam a complicar-se, sobretudo no troço de arribas entre o Forte Novo e o Garrão. Mesmo depois de uma grande intervenção de alimentação artificial de sedimentos, em 2010, envolvendo 1,25 milhões de metros cúbicos de areia, espalhada ao longo de cinco quilómetros, a linha de costa continua a recuar a grande velocidade, pondo várias construções em risco. Infelizmente, não será caso único por muito tempo: o excesso de construção na orla costeira, que se verifica principalmente entre o cabo de São Vicente e a Quinta do Lago, acabará, mais tarde ou mais cedo, por fazer soar novamente o alarme.
No Sotavento algarvio, entre a Quarteira e Vila Real de Santo António, as atenções viram-se essencialmente para as Ilhas da ria Formosa, como a Culatra e a Fuzeta. São estruturas geológicas muito vulneráveis à erosão e que, devido à ação humana, têm sofrido um recuo acelerado.
A falta de respeito pelo ordenamento e pela paisagem tornou o nosso litoral um caos urbanístico horrendo. Mesmo quando começou a ser criada (ou a fazer-se cumprir) a legislação (como por exemplo, os POOC, planos de ordenamento da orla costeira), continuaram as alarvidades urbanísticas. A este respeito, importa aqui recordar que já decorreram aproximadamente 14 anos sobre a data de publicação do POOC mais antigo (troço de costa Cidadela–Forte de São Julião da Barra) e cerca de seis anos sobre a publicação do mais recente (troço de costa Sintra–Sado). Nuns sítios, fecharam-se os olhos; noutros, fizeram-se sucessivas alterações dos planos diretores municipais, de modo integrar as “irrecusáveis propostas de desenvolvimento” de promotores imobiliários poderosos. O resultado está à vista: 14% da linha de costa está artificializada por esporões, obras aderentes, paredões e infraestruturas portuárias. Mesmo assim (ou talvez, em parte, por causa disso), os números oficiais dizem que existe risco potencial de perda de território em 67% da orla costeira nacional.
Sabendo que as zonas costeiras assumem uma importância estratégica em termos económicos, sociais, culturais, recreativos e ambientais, a pergunta é inevitável: estaremos irremediavelmente condenados a ver as águas do Atlântico a submergirem as nossas povoações costeiras e estâncias balneares? A resposta, contudo, não é fácil, especialmente com o país mergulhado numa crise financeira e económica, que tem relegado para segundo (terceiro, quarto ou até último) plano os problemas ambientais. Não admira, por isso, que apenas tenha sido utilizado um quinto dos 484 milhões de euros de obras previstas no PAL – Plano de Ação para o Litoral 2007–2013.
O governo diz que está a fazer o que pode. Para o mostrar, apresentou recentemente o PAPVL – Plano de Ação de Proteção e Valorização do Litoral 2012–2015 (uma atualização do PAL 2007–2013). São três as áreas prioritárias: a defesa costeira e as zonas de risco; os estudos, a gestão e a monitorização; e os planos de intervenção e projetos de requalificação, com particular enfoque na salvaguarda de pessoas e bens. O plano “preconiza uma visão modernista, na medida em que pretende integrar a temática das alterações climáticas e os riscos associados, através de estudo das dinâmicas costeiras e da modelização matemática dos fatores de risco”, segundo o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território.
J.N.
 
SUPER 177 - Janeiro 2013

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