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A tolerância não basta
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A tolerância não basta
A tolerância não é suficiente, assegura Amin Maalouf na entrevista que hoje o DN publica. Ele, que teimou em morar em Beirute até que a destruição da guerra o fez partir para França, sublinha que aquela palavra é ambígua e que "o contrário da tolerância não é a intolerância". Parece ser esta também por cá a palavra em cima da mesa, como bem explica a crónica de Ferreira Fernandes, jogando em várias frentes com as acusações domésticas de intolerabilidade. Mas voltemos à tolerância tal como Maalouf a analisa. Tolerar não é suficiente porque pressupõe uma supremacia, ou uma arrogância de alguém mais forte perante o mais fraco, o minoritário, o que é tolerado porque, na sua pequenez, não constitui uma ameaça. E por isso mesmo é conceptualmente diverso da possibilidade de conviver com "identidades e culturas diferentes", como defende o escritor libanês que adotou a língua francesa e que foi adotado pelo país que lhe deu o prémio Goncourt e o chamou para a imortalidade da Academia. A tolerância não é suficiente e a realidade dos últimos anos prova-o no Mediterrâneo sonhado por Maalouf e por muitos outros como um mar de encontros, uma passagem a ligar Norte e Sul, Ocidente e Oriente. O mar cujas margens foram berço de histórias brilhantes e de povos inventivos é hoje um corredor trágico entre a fuga e o desespero, um mar onde a esperança desemboca em perda. O escritor que contou As Cruzadas Vistas pelos Árabes traz uma outra ideia que contraria ameaças de califados imparáveis: "O mundo árabe - diz - está num estado de desintegração muito grande e não numa época de conquista." Bem a propósito, diz o coronel Nuno Lemos Pires nesta mesma edição que é preciso atuar fortemente na educação e na inclusão, num ensino abrangente e esclarecido porque, afinal de contas, "a educação é a arma mais forte para combater o terrorismo".
Editorial
26 DE ABRIL DE 2016
00:00
Ana Sousa Dias
Diário de Notícias
Editorial
26 DE ABRIL DE 2016
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Ana Sousa Dias
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