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Basta!
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Basta!
O capital humano é um fator de crescimento fundamental para o desenvolvimento regional
É urgente repensar o funcionalismo público. Nos últimos anos, os trabalhadores da função pública foram alvo de uma grande pressão nas suas finanças pessoais que não podem ser aplicadas para todo o sempre.
À semelhança das nossas finanças pessoais, é preciso que o “rendimento” recebido seja no mínimo o mesmo para que a redução das despesas possa ter efeito na recuperação financeira.
Não agir no lado das receitas é prenúncio de novos problemas orçamentais aos quais os trabalhadores da função pública serão novamente chamados para contribuírem para a “salvação” do país ou da região.
Se no privado, os grandes empreendedores reconhecem a importância dos seus trabalhadores para o sucesso do seu negócio, não se entende a postura demasiado tecnocrata de alguns governantes, sobretudo responsáveis pelas finanças públicas, de que os trabalhadores da função pública constituem um “peso” no orçamento. Esquecem-se que são os trabalhadores que fazem funcionar o Governo e também eles são geradores de riqueza por impulsionarem o comércio.
Nota positiva para o atual Governo da República que dá sinais de querer alterar esta orientação política de incidir a solução sobre os funcionários públicos, tendo intenção de repor os salários, sem ainda se comprometer com aumentos salariais.
A pressão financeira imposta aos trabalhadores da função pública foi violenta. Para além, da criação das sobretaxas de IRS e suspensão dos Subsídios de Férias e de Natal e, na Madeira, da suspensão acrescida do Subsídio de Insularidade, aumentaram-se os descontos para a ADSE. E foram ainda, à semelhança dos outros trabalhadores, sujeitos a um agravamento da carga fiscal, bem como à perda de poder de compra por conta da inflação.
Considerando a taxa de inflação registada na Madeira, de 2007 a 2015, perderam-se 12,25 € por cada 100 €. Isto significa que em poder de compra, em 600 € perderam-se 73,50 €, e, por cada 1000 € perderam-se 122,50 €.
Entretanto, o Governo Regional com a saída da Madeira do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro já repôs o Subsídio de Insularidade para o Porto Santo, mas aguarda-se esta reposição para todos os trabalhadores da função pública na Madeira.
Apesar de a administração pública ser por muitos considerada como parte do problema, é preciso começar a perceber que ela também pode ser parte da solução.
Medir a produtividade na função pública não é fácil. Mas aplicar algumas medidas de motivação e gestão de pessoal das empresas privadas aos trabalhadores da função pública pode ajudar.
É crucial credibilizar a administração pública. Afirmar que não há gente capaz no Governo para apresentar um projeto ou conduzir uma negociação é denegrir o trabalho de todos os trabalhadores. Apresentem-se nomes. Há quem trabalhe bem!
Não é incutindo uma cultura organizacional de perseguição aos funcionários públicos, de menosprezo pelo seu trabalho ou até mesmo de desrespeito que se consegue alterar esta situação.
As decisões tomadas nos últimos tempos que privilegiaram a economia em detrimento da pessoa humana conduziram ao “esquecimento” da dignidade da pessoa humana na análise das soluções a encontrar.
No imediato, deteta-se que muitas pessoas vivem num sentimento de negatividade que as leva a uma passividade cívica, centrada no individualismo e assente na fórmula de sobrevivência do “salve-se quem puder”. Estes sentimentos e formas de viver nada favorecem ao espírito de equipa tão necessário em todas as organizações, inclusive, no Estado.
É necessário repensar as subcontratações generalizadas de vários serviços e as contratações de serviços de consultadoria pelo Estado. Em muitos destes casos, esse trabalho pode ser feito na administração pública com melhor qualidade e menor custo.
O capital humano é um fator de crescimento fundamental para o desenvolvimento regional, mais ainda com a globalização, onde a competitividade exige capacidade de atuação.
Bem sei que “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa
Mas se baixarmos os braços, o resultado será ainda pior.
FÁTIMA ASCENSÃO / 23 OUT 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
É urgente repensar o funcionalismo público. Nos últimos anos, os trabalhadores da função pública foram alvo de uma grande pressão nas suas finanças pessoais que não podem ser aplicadas para todo o sempre.
À semelhança das nossas finanças pessoais, é preciso que o “rendimento” recebido seja no mínimo o mesmo para que a redução das despesas possa ter efeito na recuperação financeira.
Não agir no lado das receitas é prenúncio de novos problemas orçamentais aos quais os trabalhadores da função pública serão novamente chamados para contribuírem para a “salvação” do país ou da região.
Se no privado, os grandes empreendedores reconhecem a importância dos seus trabalhadores para o sucesso do seu negócio, não se entende a postura demasiado tecnocrata de alguns governantes, sobretudo responsáveis pelas finanças públicas, de que os trabalhadores da função pública constituem um “peso” no orçamento. Esquecem-se que são os trabalhadores que fazem funcionar o Governo e também eles são geradores de riqueza por impulsionarem o comércio.
Nota positiva para o atual Governo da República que dá sinais de querer alterar esta orientação política de incidir a solução sobre os funcionários públicos, tendo intenção de repor os salários, sem ainda se comprometer com aumentos salariais.
A pressão financeira imposta aos trabalhadores da função pública foi violenta. Para além, da criação das sobretaxas de IRS e suspensão dos Subsídios de Férias e de Natal e, na Madeira, da suspensão acrescida do Subsídio de Insularidade, aumentaram-se os descontos para a ADSE. E foram ainda, à semelhança dos outros trabalhadores, sujeitos a um agravamento da carga fiscal, bem como à perda de poder de compra por conta da inflação.
Considerando a taxa de inflação registada na Madeira, de 2007 a 2015, perderam-se 12,25 € por cada 100 €. Isto significa que em poder de compra, em 600 € perderam-se 73,50 €, e, por cada 1000 € perderam-se 122,50 €.
Entretanto, o Governo Regional com a saída da Madeira do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro já repôs o Subsídio de Insularidade para o Porto Santo, mas aguarda-se esta reposição para todos os trabalhadores da função pública na Madeira.
Apesar de a administração pública ser por muitos considerada como parte do problema, é preciso começar a perceber que ela também pode ser parte da solução.
Medir a produtividade na função pública não é fácil. Mas aplicar algumas medidas de motivação e gestão de pessoal das empresas privadas aos trabalhadores da função pública pode ajudar.
É crucial credibilizar a administração pública. Afirmar que não há gente capaz no Governo para apresentar um projeto ou conduzir uma negociação é denegrir o trabalho de todos os trabalhadores. Apresentem-se nomes. Há quem trabalhe bem!
Não é incutindo uma cultura organizacional de perseguição aos funcionários públicos, de menosprezo pelo seu trabalho ou até mesmo de desrespeito que se consegue alterar esta situação.
As decisões tomadas nos últimos tempos que privilegiaram a economia em detrimento da pessoa humana conduziram ao “esquecimento” da dignidade da pessoa humana na análise das soluções a encontrar.
No imediato, deteta-se que muitas pessoas vivem num sentimento de negatividade que as leva a uma passividade cívica, centrada no individualismo e assente na fórmula de sobrevivência do “salve-se quem puder”. Estes sentimentos e formas de viver nada favorecem ao espírito de equipa tão necessário em todas as organizações, inclusive, no Estado.
É necessário repensar as subcontratações generalizadas de vários serviços e as contratações de serviços de consultadoria pelo Estado. Em muitos destes casos, esse trabalho pode ser feito na administração pública com melhor qualidade e menor custo.
O capital humano é um fator de crescimento fundamental para o desenvolvimento regional, mais ainda com a globalização, onde a competitividade exige capacidade de atuação.
Bem sei que “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa
Mas se baixarmos os braços, o resultado será ainda pior.
FÁTIMA ASCENSÃO / 23 OUT 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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