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A decadência do Ocidente Euro-Americano
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A decadência do Ocidente Euro-Americano
Podemos estar a viver uma era de declínio do poder do Ocidente por via da crise económica e financeira que nos últimos anos têm abalado a Europa e a América.
Os sintomas do declínio são a desaceleração do crescimento económico, a escalada das dívidas nacionais e o envelhecimento da população e a generalização dos comportamentos anti-sociais.
Não estamos longe daquilo a que Montesquieu, Gibbon, ou, mais tarde Rostovtzeff apontaram como as causas da decadência de Roma e do Mundo Antigo.
O Ocidente encontra-se claramente em declínio, em curva descendente, em processo de degeneração. E essa degeneração é indissociável da corrupção das instituições ocidentais: governo representativo, mercado livre, sociedade civil e império da lei.
A degradação destas instituições explica a decadência e a perda relativa do poder nacional e económico do Ocidente para poderes como a China e outros BRICs - Brasil, Rússia e Índia.
No que se refere à História Portuguesa, esta pode-se dizer ser uma história difícil, trágica, de riscos, com ciclos de ascensão e queda cada vez mais apertados.
Foi sobretudo no final do século XIX que a questão da decadência portuguesa em relação à Europa ganhou dimensão pública. A perda do comércio do Índico e a Independência do Brasil, tinham já sido para muitos uma confirmação da decadência nacional.
Já dizia Eça de Queirós, nos Maias, que “ a civilização se vivia em segunda mão e nos ficava curta nas mangas”. Esta imagem de um país em segunda mão, em ruptura com a Europa ou na sua cauda, persistiu como dominante, fazendo de Portugal e da História Política Portuguesa um fenómeno à parte, isolado e marginalizado da matriz Europeia. Foi um Portugal vergonhosamente só o que ficou nos escritos de alguns dos mais notáveis pensadores e poetas dos séculos XIX e XX.
Não somos como uma espécie de Rúsia exótica do Extremo-Oriente, isolada e separada pelos Pirineus e pela Espanha dos problemas das tensões, das novidades e das soluções Europeias que por aqui nos foram chegando. Vivemos na Europa muito antes de 1986 e das presentes venturas e desventuras da União e da Moeda Única.
A partir da crise financeira de 2008, com a queda do Lehman Brothers e da Bolsa de Nova Iorque, a Europa e o resto do mundo, contaminados pela recessão americana e suportando o peso dos seus próprios fardos, seguiram o rumo do empobrecimento económico e da crise social.
Nos anos trinta do século passado, Fernando Pessoa, numa das suas intuições de poeta e profeta, anteviu o fim do Império português.
O Lugar dos portugueses que não se resignam à mediocridade mansa ou ressentida de tributários do centro europeu, pode voltar a unir forças com os povos que no passado fizeram parte do grande império Português, erguendo a partir de um passado unido, sofrido, dividido, uma convergência futura.
Portugal tem hoje no século XXI, uma nova oportunidade de se erguer e mostrar a sua força e grandeza, temos a maior plataforma continental, com um mar que nos torna novamente grandes, a bacia do atlântico será a nossa ponte para o mundo moderno, e para as novas economias, por isso devemos proteger e assegurar os interesses de Portugal, por forma a garantirmos que todas estas transações comerciais e económicas ficam sobre a supervisão portuguesa e que as receitas provenientes destes fluxos ficam no nosso país. Esta será sem sombra de dúvidas uma grande oportunidade para conseguirmos voltar a colocar o nome de Portugal no centro do Mundo.
No passado foi o mar que nos tornou grandes, nos tornou fortes, foi o mar que no passado colocou Portugal como um Império e na nova era política e económica, poderá ser o mar a nos dar outra vez essa grandeza.
Fábio Bastos
Diário de Notícias da Madeira
Domingo, 1 de Maio de 2016
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