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Sob pressão
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Sob pressão
Portugal tem características que a Rússia aprecia. É fazedor de pontes, tem uma dimensão que não levanta temores, está periodicamente em convalescença financeira e por isso vulnerável ao exterior. Além do mais, faz parte da NATO, da UE e tem laços e informações privilegiadas nos países de expressão portuguesa. A partir daqui, a oportunidade faz o ladrão. Num quadro de progressiva agressividade russa no triângulo existencial ao putinismo - formatar o destino da Ucrânia, patrocinar a ascensão de partidos radicais na Europa, e equilibrar-se aos EUA no Médio Oriente -, qualquer informação que dê vantagem competitiva ao Kremlin sobre Bruxelas, Berlim, Londres, Paris ou Varsóvia, é bem--vinda e bem paga. No entanto, vale a pena pôr a hipocrisia de lado: com nuances no tom e no modo, a verdade é que essa prática não foi, não é nem será exclusiva da Rússia, e um operacional mais suscetível de ser recrutado (como este português) é sempre um trunfo no atual contexto conflitual europeu. A pergunta mais relevante é esta: que efeitos pode ter este caso na relação entre Portugal e a Rússia? Ao nível da confiança entre serviços de informação ela já não era muita, pelo que a pressão vai aumentar. Internamente, ambos os serviços vão exigir muito mais aos seus membros, afinando vigilância de condutas e restringindo o acesso a informação classificada. Os russos não voltarão a mandatar alguém para receber informações sem imunidade diplomática e os portugueses vão receber avisos de Washington e Bruxelas a exigir outra disciplina. Ao nível político, a frieza bilateral manter-se-á, sem prejuízo de fluxos turísticos ou investimentos bilaterais. No entanto, Lisboa terá de provar junto dos aliados da NATO que a sua credibilidade é intocável e os serviços secretos de confiança. Por vezes, um caso grave é o melhor que pode acontecer a uma organização.
25 DE MAIO DE 2016
00:04
Bernardo Pires de Lima
Diário de Notícias
25 DE MAIO DE 2016
00:04
Bernardo Pires de Lima
Diário de Notícias
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