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Pressão
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Pressão
O Governo divulgou há uma semana o esboço da sua proposta de orçamento para este ano. De acordo com as regras europeias vigentes, enviou-o a Bruxelas para apreciação e a Comissão Europeia já pediu alguns esclarecimentos. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental-UTAO, do Parlamento, identificou também várias questões a esclarecer. São já inúmeros os comentários àquele esboço e as três principais agências internacionais de notação de risco (rating) já manifestaram a opinião de que o cenário macroeconómico previsto é otimista e que, a haver derrapagem orçamental, poderão agravar a avaliação de risco do país. Antes de termos qualquer resultado orçamental, em boa verdade, mesmo antes de termos um orçamento aprovado, começa já a instalar-se assim a ideia de que o Governo não vai conseguir controlar as finanças públicas do país.
Confesso que estas reações não me surpreendem. O "mindset" político dominante na tecnoestrutura da UE, das agências de rating, e mesmo dos meios de comunicação, vê com ceticismo qualquer tentativa de política orçamental que não alinhe com a ortodoxia consagrada nas atuais regras que governam a Área do Euro. Daí a grande pressão que estão a colocar sobre o Governo para que alinhe mais com a dita ortodoxia. Todavia, a questão não é somente uma mera questão política. O ruído em Lisboa e Bruxelas, bem como a reação das agências de rating, geram notícias, muitas vezes num tom de dramatismo inexplicável, que acabam por alimentar receios na comunidade de investidores, privados e institucionais, que têm assegurado o financiamento do país. Não se deve deixar que a desconfiança se apodere dos agentes económicos e financeiros cuja ação é fundamental para o progresso da nossa economia.
As previsões são sempre falíveis, têm sempre uma margem de erro, raramente se confirmam. Mas importa tornar claro que essa margem de erro está dentro dos limites aceitáveis e que não contaminará a prossecução dos objetivos orçamentais. Os esclarecimentos do Governo são por isso importantes para fundamentar a sua proposta e reafirmar um empenhamento inequívoco no respeito pelos compromissos assumidos. Ao fazê-lo, dará um passo decisivo para rapidamente dissipar as dúvidas geradas e evitar que se instale nos mercados uma dinâmica perversa de expectativas sobre o país. Tal dinâmica provocará, cedo ou tarde, um agravamento do rating nacional que terá repercussões gravíssimas. Não só dificultará o acesso do Estado ao financiamento de mercado, mas, ao gerar perdas adicionais e ao dificultar o seu acesso à liquidez, agravará sobremaneira a situação dos bancos. Este é um cenário que pode precipitar a necessidade de mais intervenção pública neste setor com mais encargos para os contribuintes.
30.01.2016
FERNANDO TEIXEIRA DOS SANTOS
Jornal de Notícias
Confesso que estas reações não me surpreendem. O "mindset" político dominante na tecnoestrutura da UE, das agências de rating, e mesmo dos meios de comunicação, vê com ceticismo qualquer tentativa de política orçamental que não alinhe com a ortodoxia consagrada nas atuais regras que governam a Área do Euro. Daí a grande pressão que estão a colocar sobre o Governo para que alinhe mais com a dita ortodoxia. Todavia, a questão não é somente uma mera questão política. O ruído em Lisboa e Bruxelas, bem como a reação das agências de rating, geram notícias, muitas vezes num tom de dramatismo inexplicável, que acabam por alimentar receios na comunidade de investidores, privados e institucionais, que têm assegurado o financiamento do país. Não se deve deixar que a desconfiança se apodere dos agentes económicos e financeiros cuja ação é fundamental para o progresso da nossa economia.
As previsões são sempre falíveis, têm sempre uma margem de erro, raramente se confirmam. Mas importa tornar claro que essa margem de erro está dentro dos limites aceitáveis e que não contaminará a prossecução dos objetivos orçamentais. Os esclarecimentos do Governo são por isso importantes para fundamentar a sua proposta e reafirmar um empenhamento inequívoco no respeito pelos compromissos assumidos. Ao fazê-lo, dará um passo decisivo para rapidamente dissipar as dúvidas geradas e evitar que se instale nos mercados uma dinâmica perversa de expectativas sobre o país. Tal dinâmica provocará, cedo ou tarde, um agravamento do rating nacional que terá repercussões gravíssimas. Não só dificultará o acesso do Estado ao financiamento de mercado, mas, ao gerar perdas adicionais e ao dificultar o seu acesso à liquidez, agravará sobremaneira a situação dos bancos. Este é um cenário que pode precipitar a necessidade de mais intervenção pública neste setor com mais encargos para os contribuintes.
30.01.2016
FERNANDO TEIXEIRA DOS SANTOS
Jornal de Notícias
A Nota:A banda de políticos e de empresariados passa em nosso país e andas trocar a musica "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem?" e eras mais certo "Portugal é Lisboa e Porto e o resto é paisagem?" pois a realidade do nosso país no longo séculos, a significa centralizo do país a principalmente o turístico, a económica e a política do estado português, actualmente o Portugal é Porto, Lisboa, Faro, Évora, Coimbra, Viseu, Braga, Aveiro, Setúbal, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Viana do Castelo e Funchal, são as regiões de entre os 15 a os 50 quilómetros de raio, como nas todas acessibilidades de passageiros e de mercadorias para as nestas regiões, a passa na acessibilidade rodo-ferroviária a informação e o resto é paisagem, já reduziu o espaço da sua paisagem de Portugal, eras a Sines e a Beja é o outro mundo interno de Portugal, eras o novo mundo mais competitivo, a razão de medo das outras regiões de Portugal, a nesta pergunta ficas no ar e a razão os novos ventos competitivos chegou em Portugal a parti de Sines?
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