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Um Estado que quer ser o pai e a polícia dos cidadãos
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Um Estado que quer ser o pai e a polícia dos cidadãos
O governo determinou e a sua vontade será feita dentro de seis meses: os centros de saúde e os hospitais terão de retirar de todas as máquinas aí instaladas os produtos considerados nocivos para a saúde. A ideia é boa, já que o Estado gosta de ser o polícia dos cidadãos, mas é de difícil concretização. Porquê? Porque os produtos considerados saudáveis que estão nessa máquinas não se vendem.
É claro que os mentores da ideia jogam com um fator irrebatível: se só existirem esses produtos, os consumidores não terão outra alternativa que não seja consumi-los. Só que, segundo os donos dessas máquinas, o investimento nesses novos produtos não compensará, já que são pouco “apetitosos” para a generalidade da população.
Independentemente de como irá acabar a história, é um pouco revoltante que o governo, este ou outro qualquer da União Europeia, queira obrigar as pessoas a comerem o que eles querem. Mas por que carga de água é que não deve haver alternativas? Não seria mais lógico que obrigassem os centros de saúde e os hospitais a terem máquinas alternativas às já existentes, podendo as duas “conviverem” tranquilamente?
Há, no entanto, outro aspeto deveras preocupante: os governos quando decidem que este ou aquele produto não são saudáveis e têm de ser proibidos, estão a ditar uma espécie de fatha sobre esses produtos. Como irá reagir o setor? Vão deixar de produzir leite com chocolate, por exemplo, ou queijos gordos? O desemprego não é mais prejudicial à saúde do que uma sandes de queijo?
É possível que daqui a meia dúzia de anos a nossa alimentação e a nossa economia esteja completamente alterada. Por este andar, as alheiras, todas as carnes vermelhas, os queijos da Serra e afins, os chocolates e as bebidas alcoólicas, entre tantos outros produtos, serão banidos das nossas mesas, modificando por completo a forma de vida dos consumidores e dos produtores. Será um país mais saudável, mas bem mais pobre. Eu que nem gosto de sandes com molhos e evito salgados fico logo com uma vontade enorme de os consumir.
08/06/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
É claro que os mentores da ideia jogam com um fator irrebatível: se só existirem esses produtos, os consumidores não terão outra alternativa que não seja consumi-los. Só que, segundo os donos dessas máquinas, o investimento nesses novos produtos não compensará, já que são pouco “apetitosos” para a generalidade da população.
Independentemente de como irá acabar a história, é um pouco revoltante que o governo, este ou outro qualquer da União Europeia, queira obrigar as pessoas a comerem o que eles querem. Mas por que carga de água é que não deve haver alternativas? Não seria mais lógico que obrigassem os centros de saúde e os hospitais a terem máquinas alternativas às já existentes, podendo as duas “conviverem” tranquilamente?
Há, no entanto, outro aspeto deveras preocupante: os governos quando decidem que este ou aquele produto não são saudáveis e têm de ser proibidos, estão a ditar uma espécie de fatha sobre esses produtos. Como irá reagir o setor? Vão deixar de produzir leite com chocolate, por exemplo, ou queijos gordos? O desemprego não é mais prejudicial à saúde do que uma sandes de queijo?
É possível que daqui a meia dúzia de anos a nossa alimentação e a nossa economia esteja completamente alterada. Por este andar, as alheiras, todas as carnes vermelhas, os queijos da Serra e afins, os chocolates e as bebidas alcoólicas, entre tantos outros produtos, serão banidos das nossas mesas, modificando por completo a forma de vida dos consumidores e dos produtores. Será um país mais saudável, mas bem mais pobre. Eu que nem gosto de sandes com molhos e evito salgados fico logo com uma vontade enorme de os consumir.
08/06/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
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