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Aquário de peixe graúdo
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Aquário de peixe graúdo
1. Que ganha a Europa com a saída do Reino Unido da União Europeia? Nada, dirá a maioria. E os cidadãos europeus, ganham alguma coisa? Ganha a Europa e ganham os cidadãos europeus. Pelas piores razões. Caso o referendo, marcado para 23 de junho, em que os ingleses vão dizer se querem ou não permanecer na Europa política, dite um não - caminho indicado pela maioria das sondagens conhecidas até agora -, a UE terá de se reinventar. Como dizia o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, em entrevista publicada ontem no "Público", "corremos o risco de que a saída da Grã-Bretanha não seja o fim de um processo, mas o princípio". Quer vença o sim quer vença o não, algo terá de começar de novo nesta Europa, cada vez mais a Europa do Euro (que o Reino Unido não integra) do que a Europa das pessoas.
E quando os dirigentes políticos britânicos esgrimem argumentos e lançam fantasmas, quer a favor do sim quer a favor do não, é na economia que procuram os argumentos, como se a Europa fosse apenas os "mercados".
É-o e muito, naturalmente. Mas é, antes de tudo, um conjunto de nações que se juntaram de forma solidária. E mesmo os argumentos de Samantha Cameron, que veio a terreiro tentar humanizar a campanha, não deixa dúvidas da forma como os grandes veem a Europa. A mulher de Cameron defende a permanência na UE para que os filhos [vivam] "num país que seja um peixe graúdo num grande aquário". Sim, ela faz o retrato perfeito da Europa dos nossos dias, um enorme aquário: uma minoria de peixes graúdos domina os peixinhos pequenos, obrigados a submeterem-se às regras de quem domina a economia.
2. Muitos professores de Português que, por via das alterações demográficas, não têm trabalho em Portugal, podem encontrar trabalho aqui". António Costa, em junho de 2016, a ver oportunidades de emprego para os professores em França. Em dezembro de 2011, Pedro Passos Coelho havia indicado idêntico caminho aos professores desempregados. "Nos próximos anos, haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação, e estar disponível para outras áreas, ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa". Dois primeiros-ministros, duas ideologias. A mesma fatalidade. Um país sem alternativa para dar uma vida digna aos seus cidadãos.
*EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA
PAULA FERREIRA*
Hoje às 00:09
Jornal de Notícias
E quando os dirigentes políticos britânicos esgrimem argumentos e lançam fantasmas, quer a favor do sim quer a favor do não, é na economia que procuram os argumentos, como se a Europa fosse apenas os "mercados".
É-o e muito, naturalmente. Mas é, antes de tudo, um conjunto de nações que se juntaram de forma solidária. E mesmo os argumentos de Samantha Cameron, que veio a terreiro tentar humanizar a campanha, não deixa dúvidas da forma como os grandes veem a Europa. A mulher de Cameron defende a permanência na UE para que os filhos [vivam] "num país que seja um peixe graúdo num grande aquário". Sim, ela faz o retrato perfeito da Europa dos nossos dias, um enorme aquário: uma minoria de peixes graúdos domina os peixinhos pequenos, obrigados a submeterem-se às regras de quem domina a economia.
2. Muitos professores de Português que, por via das alterações demográficas, não têm trabalho em Portugal, podem encontrar trabalho aqui". António Costa, em junho de 2016, a ver oportunidades de emprego para os professores em França. Em dezembro de 2011, Pedro Passos Coelho havia indicado idêntico caminho aos professores desempregados. "Nos próximos anos, haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação, e estar disponível para outras áreas, ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa". Dois primeiros-ministros, duas ideologias. A mesma fatalidade. Um país sem alternativa para dar uma vida digna aos seus cidadãos.
*EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA
PAULA FERREIRA*
Hoje às 00:09
Jornal de Notícias
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