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“Pensar é grátis”
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“Pensar é grátis”
Aproveitemos, pois, para pensar e, quando possível, pensemos com o coração…
Se “pensar é grátis”, como nos é garantido por esta afirmação, então todos podemos fazê-lo, independentemente da profissão, das qualificações escolares, dos gostos, da altura, do peso, da cor dos olhos… E, na realidade, fazemo-lo constantemente. Passamos o dia a pensar – durante as aulas, ao realizarmos um trabalho, a brincar, a ver se podemos atravessar a estrada, ao procurarmos as chaves no bolso, a decidir se atendemos um telefonema; enfim, mesmo nos momentos que nos parecem mais simples.
É curioso que esta inscrição tenha a assinatura de uma escola de publicidade, exatamente uma área que procura ganhar terreno nos momentos da nossa vida em que optamos pelas decisões mais fáceis, sem lhes dedicarmos muito tempo nem pensarmos muito, ou naqueles em que adotamos a posição de Alberto Caeiro / Fernando Pessoa: “Há metafísica bastante em não pensar em nada. / (…) / O único sentido íntimo das cousas / É elas não terem sentido íntimo nenhum.” No entanto, esta é uma solução demasiado fácil para dar verdadeiro sentido à ausência de pensamento…
Ao inscrever estas palavras numa parede, visíveis para todos os que passam, o autor tem uma intenção que ultrapassa a do autor que escreve um livro ou um artigo numa revista, tornando as suas palavras numa declaração pública, num anúncio em voz bem alta, audível para os que por ali passam ou, agora, os que, através deste texto, com estas palavras têm contacto.
Este anúncio, esta forma de chamar a atenção para uma verdade que todos conhecem, pretende apelar – como é o caso de muitas inscrições nas paredes – para que não vivamos as nossas vidas sem nos questionarmos, sem duvidarmos daquilo que vemos, sem estarmos atentos ao que se passa à nossa volta. Apesar de, como constata Teixeira de Pascoais, em Arte de Ser Português (1915), e como permanece ainda hoje válido: “O português não quer explicar o mundo, nem a vida; contenta-se em vivê-la exteriormente”.
E, se tanto gostamos de aproveitar promoções, ofertas, «borlas», «descontões», então, melhor será que aproveitemos aquilo que é ainda melhor, por ser totalmente grátis!
Aproveitemos, pois, para pensar e, quando possível, pensemos com o coração…
Escrito em parceria com o blogue da Letrário, Translation Services
22 de junho 2016
Maria Eugénia Leitão
opiniao@newsplex.pt
SOL
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