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O próximo Portugal
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O próximo Portugal
Estive anteontem à entrada do Museu Nadir Afonso, em Chaves, e fui testemunha ocular do Portugal próximo que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa está a fazer por terras transmontanas. Já de regresso ao Porto, jantando com um amigo da mesma geração, chegamos à conclusão que o próximo Portugal terá muito a ver com este Portugal mais próximo. Como não sou de guardar segredos, mas continuo a não usar Facebook, quero agradecer publicamente ao JN mais esta oportunidade que me dá para partilhar com os seus leitores as minhas reflexões.
1 - O Portugal próximo
Não é propriamente uma novidade que um presidente da República resolva sair do Palácio de Belém por uns dias, indo ao encontro dos portugueses e das realidades portuguesas mais distantes da capital. Todos nos lembramos das Presidências Abertas de Mário Soares e de Jorge Sampaio e dos Roteiros de Cavaco Silva. É por isso possível dizer que este Portugal próximo do presidente Marcelo é mais do mesmo? Não. Definitivamente não é possível dizer que é mais do mesmo. Não é preciso acompanha-lo muito tempo para perceber isso. Aliás nem sequer é fácil acompanhá-lo muito tempo, porque isso exige uma resistência invulgar. Com Mário Soares, por exemplo, lembro-me bem que o ritmo era outro, os compassos de espera frequentes e havia sempre a hora sagrada da sesta. Como sabemos, Marcelo Rebelo de Sousa não é homem de sestas e até a dormir, dorme a correr. Mas seria injusto se dissesse que as diferenças estão só no ritmo ou no sono mais célere. Há no Marcelo presidente um homem que afinal, contra as previsões de muitos, se foi capaz de transfigurar. Quando muitos imaginavam que o Marcelo candidato era apenas uma exceção conveniente, apostando mesmo que o Marcelo comentador e polemista regressaria com o Marcelo presidente, afinal estamos a ver que o que é excecional, é termos um presidente no ativo que é igualzinho e cumpre a preceito as promessas feitas pelo presidente candidato. Dá gosto ver o nosso representante máximo estar à vontade, ter discurso, e ser genuíno, tanto com a elite política, intelectual e cultural que o esperava no meio do Nadir Afonso, como com as crianças, mulheres e velhos de todos os extratos sociais, que comigo o aguardaram à porta desta instituição flaviense.
2 - O próximo Portugal
O próximo Portugal vai ter que ser um país em que esta vida de afetos terá que chegar a mais gente. Mas também vai ser um país em que as novas oportunidades e o chamado novo empreendedorismo terão que ser agarrados pelos portugueses e portuguesas com capacidades para isso. Não estranharia que daqui a uma ou duas décadas, Portugal fosse decididamente um país a duas velocidades. Uma velocidade que usaria o combustível dos afetos, para aqueles que por feitio ou por defeito não forem capazes de triunfar ou pelo menos se adaptar a este foguetão do século XXI. E uma segunda velocidade para todos aqueles jovens e menos jovens que estão sempre a pensar, a trabalhar e a lutar para que cada ameaça não passe de mais uma oportunidade.
Um exemplo, que desarma, de tão simples. O consumidor do futuro, para não dizer já o atual, parece que tem tudo à mão de semear. Do Google ao famigerado Facebook, dos sites mais manhosos aos Linkedins desta vida, parece que qualquer necessidade ou prazer está à distância de um clique. Acontece que não está. Quem hoje em dia quiser marcar umas férias ou até uma viagem, escolher um restaurante para uma ocasião especial, comprar um telemóvel ou computador ou até um simples par de cuecas e achar que faz isso só num instante, é tolo. Já começam a existir pessoas e empresas que funcionam como uma espécie de personal shoppers na net e a diferença na qualidade e no preço entre quem compra no primeiro site em que tropeça ou recorre a esta opinião especializada começa a ser gritante.
Afinal, como Lavoisier sempre nos ensinou, nada se cria e nada se perde, tudo se transforma.
* EMPRESÁRIO
MANUEL SERRÃO
Hoje às 00:00
Jornal de Notícias
1 - O Portugal próximo
Não é propriamente uma novidade que um presidente da República resolva sair do Palácio de Belém por uns dias, indo ao encontro dos portugueses e das realidades portuguesas mais distantes da capital. Todos nos lembramos das Presidências Abertas de Mário Soares e de Jorge Sampaio e dos Roteiros de Cavaco Silva. É por isso possível dizer que este Portugal próximo do presidente Marcelo é mais do mesmo? Não. Definitivamente não é possível dizer que é mais do mesmo. Não é preciso acompanha-lo muito tempo para perceber isso. Aliás nem sequer é fácil acompanhá-lo muito tempo, porque isso exige uma resistência invulgar. Com Mário Soares, por exemplo, lembro-me bem que o ritmo era outro, os compassos de espera frequentes e havia sempre a hora sagrada da sesta. Como sabemos, Marcelo Rebelo de Sousa não é homem de sestas e até a dormir, dorme a correr. Mas seria injusto se dissesse que as diferenças estão só no ritmo ou no sono mais célere. Há no Marcelo presidente um homem que afinal, contra as previsões de muitos, se foi capaz de transfigurar. Quando muitos imaginavam que o Marcelo candidato era apenas uma exceção conveniente, apostando mesmo que o Marcelo comentador e polemista regressaria com o Marcelo presidente, afinal estamos a ver que o que é excecional, é termos um presidente no ativo que é igualzinho e cumpre a preceito as promessas feitas pelo presidente candidato. Dá gosto ver o nosso representante máximo estar à vontade, ter discurso, e ser genuíno, tanto com a elite política, intelectual e cultural que o esperava no meio do Nadir Afonso, como com as crianças, mulheres e velhos de todos os extratos sociais, que comigo o aguardaram à porta desta instituição flaviense.
2 - O próximo Portugal
O próximo Portugal vai ter que ser um país em que esta vida de afetos terá que chegar a mais gente. Mas também vai ser um país em que as novas oportunidades e o chamado novo empreendedorismo terão que ser agarrados pelos portugueses e portuguesas com capacidades para isso. Não estranharia que daqui a uma ou duas décadas, Portugal fosse decididamente um país a duas velocidades. Uma velocidade que usaria o combustível dos afetos, para aqueles que por feitio ou por defeito não forem capazes de triunfar ou pelo menos se adaptar a este foguetão do século XXI. E uma segunda velocidade para todos aqueles jovens e menos jovens que estão sempre a pensar, a trabalhar e a lutar para que cada ameaça não passe de mais uma oportunidade.
Um exemplo, que desarma, de tão simples. O consumidor do futuro, para não dizer já o atual, parece que tem tudo à mão de semear. Do Google ao famigerado Facebook, dos sites mais manhosos aos Linkedins desta vida, parece que qualquer necessidade ou prazer está à distância de um clique. Acontece que não está. Quem hoje em dia quiser marcar umas férias ou até uma viagem, escolher um restaurante para uma ocasião especial, comprar um telemóvel ou computador ou até um simples par de cuecas e achar que faz isso só num instante, é tolo. Já começam a existir pessoas e empresas que funcionam como uma espécie de personal shoppers na net e a diferença na qualidade e no preço entre quem compra no primeiro site em que tropeça ou recorre a esta opinião especializada começa a ser gritante.
Afinal, como Lavoisier sempre nos ensinou, nada se cria e nada se perde, tudo se transforma.
* EMPRESÁRIO
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