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Fernando Grilo: «O nosso Short Sea, a cabotagem insular, é um segmento maltratado»
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Fernando Grilo: «O nosso Short Sea, a cabotagem insular, é um segmento maltratado»
Na entrevista realizada à Revista CARGO, Fernando Grilo (Logistema) falou também dos armadores nacionais e da sua actividade, lamentando a «morte lenta» da marinha mercante nacional e frisando que o short sea que conseguimos captar, o da cabotagem insular, é «um segmento maltratado».
Questionado sobre o futuro da marinha mercante em Portugal, Fernando Grilo respondeu:
«Não existem hoje empresas portuguesas com actividade de relevo no mercado internacional do “shipping”. A Portline Bulk será o que resta, no sector de granéis secos, mas o controlo e negócio estão fora do país.
A morte é lenta, apenas contida pelos subsídios á aquisição de navios dos anos 90 e pela permanência até aos dias de hoje de subsídios á exploração, aos armadores e no caso da cabotagem insular (Regiões Autónomas) aos próprios carregadores.
O mercado que mantém o sector vivo é a cabotagem insular, onde as empresas são três, um volume de negócios total (na actividade de transporte marítimo) que estimo seja inferior a 150 milhões de euros.
Apenas o Grupo Sousa demonstra ter uma estratégia de investimento, quer em aquisições de operadores em dificuldades (armadores, agentes e transitários), quer na área portuária.
Mesmo Cabo Verde já é uma extensão problemática, o mercado é muito mais aberto porque não há obrigações de serviço público e não é União Europeia. Um mercado que a Maersk atacou há uns anos, com uma ligação a Algeciras, e que nunca mais largou. É um mercado que está bem servido em termos de ligações internacionais, melhor até do que as Regiões Autónomas Portuguesas.
Em Portugal, fala-se tanto de Short Sea mas o nosso Short Sea, o Short Sea que os nossos operadores ainda conseguem alcançar (a cabotagem insular) é um segmento maltratado. Um segmento suportado em legislação que mantém o mercado reservado pelo cumprimento de obrigações de serviço público, algumas que se traduzem em ineficiências operacionais, uma duvidosa proteção do interesse das economias regionais. Mas ninguém parece muito interessado na eficiência. Lançam-se ideias para melhorar eficiência e são logo rejeitadas à partida, sem qualquer análise profunda.
E é bom lembrar que os navios utilizados hoje na cabotagem insular, alguns que beneficiaram de subsídios á aquisição, estão a chegar ao fim da sua vida útil. São navios já ultrapassados tecnologicamente com custos de manutenção e custos com combustível elevados. Como estarão os armadores a pensar substituir esses navios. A mudança já podia ter sido feito desde há 4 ou 5 anos, ir vendendo os navios quando o mercado de segunda mão estava numa situação razoável e os navios tinham valor, aproveitando assim o capital obtido para financiamento de novas aquisições. Hoje são necessárias elevadas participações com capital próprio para financiar a aquisição de um navio. Diz-se que poderá ser o fim da marinha mercante nacional, mas qual se esperava ser o resultado de políticas governamentais erradas e em grande parte condicionadas por interesses empresariais tão limitados?»
02/08/2016
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