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O que é um bom gestor?
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O que é um bom gestor?
Este texto segue em continuidade ao pensamento do meu artigo anterior e servirá de palco para o próximo. Reforço que o mesmo é um ponto de vista de um trabalhador, não pautado por licenciatura em gestão ou em economia.
Escrevo como alguém que tenta desempenhar o melhor que sabe na gestão de uma empresa.
Um dos aspetos fundamentais, antes de precisar as qualidades que enalteço, prende-se com as mãos do bom gestor.
Aqui peço aos leitores um minuto para observarem as suas mãos: quantos de vós, pessoas que de uma forma ou de outra possuem posições de chefia ou coordenação, têm as mãos “calejadas”? Quantos de vós sentem o peso desta frase? Quantos de vós iniciaram as suas tarefas em posições inferiores do ponto de vista hierárquico à que possuem agora? Será que os ensinamentos antigos estarão assim tão obsoletos ou errados? Sei que muitos me dirão que, nesta era contemporânea em globalização crescente, em que o produto que produz riqueza não é mais quantificado materialmente mas em informação ou agilização da mesma, a passagem pelas diferentes posições numa empresa é desnecessária. Do meu ponto de vista, o percurso ascendente continua a ser indispensável.
Entendo que o presente e o futuro de uma empresa requerem o cuidado das pessoas que a compõem, assegurando sempre uma sustentabilidade financeira e social. Ser estratégico, pensar o futuro e o presente não significa somente ter um discurso atualizado, “fino”, centrado em sonhos, mas reverte-se numa prática compatível com o que se apregoa: o discurso e a parte prática devem ser iguais!
Os predicados que realço num gestor são: clareza, entendimento e humildade em relação à aprendizagem, definição da missão, da visão e dos valores da empresa. Mas estes não poderão ser os únicos predicados. É preciso ser preditivo, fazer o necessário para assegurar a sustentabilidade do negócio num futuro próximo e tentar encontrar indicadores de gestão de pessoas ou do próprio negócio que sirvam para diagnosticar o presente e direcionar as ações com vista a um futuro risonho.
Em termos de competências, destaco o conjunto dos conhecimentos, habilidades e atitudes reveladas na entrega a uma correta gestão. Não basta ter os saberes específicos e essenciais exigidos pelo trabalho em causa, é preciso ter habilidade, ou seja, capacidade de usar o conhecimento de forma adequada e de o demonstrar na prática, onde não cabe a velha máxima: “Faz o que eu digo, não faças o que eu faço”. Um bom líder tem de ter um comportamento adequado em todas as situações, tendo em conta que serve de exemplo para todos os seus trabalhadores. Mas a vida não deverá ser quadrada! Assim, além das competências essenciais e comportamentos-chave requeridos para todos os cargos, e em gestão não é diferente, devo destacar outros aspetos como o espírito de equipa, a humildade e bom humor. Chegar ao cimo em termos hierárquicos não deverá ser, portanto, um percurso fácil ou facilitado! Os bons gestores devem aprender a sobreviver, manter os pés bem assentes no chão e colocar, tanto quanto possível, os seus trabalhadores em primeiro lugar. O espírito empreendedor e a pró-atividade deve existir desde o ponto zero.
Sem paixão não temos energia e sem energia não existe estímulo para o sucesso. No caminho de uma empresa, as tarefas e as responsabilidades de um grande gestor nunca param de aumentar. Quanto estiver na fase de contratar, procure os melhores profissionais para os respetivos cargos, analise a melhor combinação de capacidades, a atitude empreendedora, a paixão e a integridade em cada candidato. Após esta fase, delegue. É importante fornecer as ferramentas adequadas para o desenvolvimento do trabalho, dar autonomia e delegar responsabilidades. Cair no erro de tentar fazer tudo sozinho e implementar uma micro gestão de tudo o que se passa na sua empresa implica necessariamente a perda do controlo da empresa. Quer ter sucesso? Dê ‘feedback’! Saiba cativar a sua equipa para que os seus colaboradores trabalhem consigo e não para si.
Tal como no dia a dia, há sempre ensinamentos que podem ser retirados dos maus momentos profissionais. Não tenha medo de falhar. É falhando que se aprende. O mais importante é nunca recuar ou desistir perante um obstáculo ou um fracasso. O segredo para o sucesso está em tentar e voltar a tentar até o alcançar. Não esqueça o seu passado, mas retire dele ensinamentos para o seu futuro.
João Miguel Freitas Médico
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 3 de Agosto de 2016
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