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Governo aldraba fisco
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Governo aldraba fisco
A época estival vai tão parva que tinha de surgir uma polémica da treta para ocupar os espíritos mais puritanos, mas igualmente mais demagogos e populistas. Secretários de Estado a viajar para França, para apoiar a selecção, a convite de um patrocinador oficial, a Galp, e quase caía o Carmo e a Trindade. Só para lembrar que ando nas cortes de Lisboa há mais de duas décadas e sempre vi isto a acontecer assim. Jornalistas, muitos, políticos, muitos, governantes, muitos, empresários, muitos... Todos eles a fazer de VIP (very important person) e a beneficiar desse estatuto. Em Portugal, aliás, VIP é quem pode pagar alguma coisa, mas não tem necessidade de o fazer porque alguém o convida.
O que mais estranhei foi ver e ouvir jornalistas que já beneficiaram deste estatuto a atirar pedras ao telhado dos secretários de Estado. E partidos, em que muitos dirigentes já estiveram nas mesmas circunstâncias, a pedir a demissão destes governantes. Só há uma palavra para descrever esta polémica de Verão: hipocrisia!
Estive em muitos estádios de futebol, cá e lá fora, como estive em festivais de música e outros eventos convidado por empresas e sempre vi na comitiva políticos, principalmente do arco do poder. Estes eventos e estas comitivas VIP servem, muitas vezes, para fortalecer relações entre pessoas que se conhecem e que têm carreiras profissionais que se cruzam. São operações de marketing montadas pelas grandes empresas, a maioria delas com camarotes nos clubes que patrocinam, quase sempre ocupados por convidados exteriores a essas empresas. São operações de marketing, não são lóbis organizados e, menos ainda, tentativas de corrupção a quem se predispõe ir apoiar a sua selecção ou o seu clube.
Dito isto, convém dizer igualmente que o que não surpreendeu nada foi ver o governo responder com mais demagogia à demagogia que a falta de notícias e as redes sociais alimentaram a grande velocidade. Que tristeza ver um secretário de Estado responder com firmeza quando foi confrontado com o convite da Galp, para umas horas depois ficar muito mole e apressar-se a pagar a viagem. E, no dia seguinte, o governo anunciar um código de conduta.
Mas, como Marcelo não conseguiu pagar a viagem de Falcon, porque a Força Aérea não é uma agência de viagens que aceite pagamentos, também tenho umas perguntas a fazer sobre o pagamento que os secretários de Estado vão fazer à Galp. Como gostam tanto de demagogia, comecei pelo título. Seguem-se as perguntas: A que título vai a Galp cobrar as viagens realizadas? O secretário de Estado vai exigir factura? Com IVA ou sem IVA? O valor será simbólico ou a preços de mercado? E os bilhetes da bola, a Galp podia revendê-los? Sai uma comissão de inquérito parlamentar.
07 DE AGOSTO DE 2016
00:03
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
O que mais estranhei foi ver e ouvir jornalistas que já beneficiaram deste estatuto a atirar pedras ao telhado dos secretários de Estado. E partidos, em que muitos dirigentes já estiveram nas mesmas circunstâncias, a pedir a demissão destes governantes. Só há uma palavra para descrever esta polémica de Verão: hipocrisia!
Estive em muitos estádios de futebol, cá e lá fora, como estive em festivais de música e outros eventos convidado por empresas e sempre vi na comitiva políticos, principalmente do arco do poder. Estes eventos e estas comitivas VIP servem, muitas vezes, para fortalecer relações entre pessoas que se conhecem e que têm carreiras profissionais que se cruzam. São operações de marketing montadas pelas grandes empresas, a maioria delas com camarotes nos clubes que patrocinam, quase sempre ocupados por convidados exteriores a essas empresas. São operações de marketing, não são lóbis organizados e, menos ainda, tentativas de corrupção a quem se predispõe ir apoiar a sua selecção ou o seu clube.
Dito isto, convém dizer igualmente que o que não surpreendeu nada foi ver o governo responder com mais demagogia à demagogia que a falta de notícias e as redes sociais alimentaram a grande velocidade. Que tristeza ver um secretário de Estado responder com firmeza quando foi confrontado com o convite da Galp, para umas horas depois ficar muito mole e apressar-se a pagar a viagem. E, no dia seguinte, o governo anunciar um código de conduta.
Mas, como Marcelo não conseguiu pagar a viagem de Falcon, porque a Força Aérea não é uma agência de viagens que aceite pagamentos, também tenho umas perguntas a fazer sobre o pagamento que os secretários de Estado vão fazer à Galp. Como gostam tanto de demagogia, comecei pelo título. Seguem-se as perguntas: A que título vai a Galp cobrar as viagens realizadas? O secretário de Estado vai exigir factura? Com IVA ou sem IVA? O valor será simbólico ou a preços de mercado? E os bilhetes da bola, a Galp podia revendê-los? Sai uma comissão de inquérito parlamentar.
07 DE AGOSTO DE 2016
00:03
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
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