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Cuidado com a moleirinha…
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Cuidado com a moleirinha…
De poeta e de louco, todos temos um pouco…A sabedoria popular justifica assim os picos que, todos e cada um de nós, vamos tendo pela vida fora. De facto, há momentos em que temos rasgos de inteligência e visão sobre determinadas matérias que se aproximam da genialidade. Em contraposição, temos outros que, posteriormente, com o distanciamento que o tempo permite e a razão se impõe ao coração, verificamos que, afinal, “as coisas” não eram bem assim…
No futebol, pela natureza imediatista do resultado, é relativamente comum, verificar-se a passagem de bestial a besta. As chicotadas psicológicas e não só.
Noutras áreas da vida, acontece semelhante, como é o caso da política. Mesmo assim, há épocas mais propícias a estas incursões que têm contornos de irracionalidade. O mês de Agosto é o período alto da silly season. Talvez o sol e o calor afectem o cérebro. É que a concentração de asneiradas é tão grande que a sabedoria popular poderá explicar com o excesso de “sol na moleirinha”. Por outro lado, os alertas, mais do que muitos, oriundos de todo o lado estão apenas orientados para os problemas de cancro de pele. Mas, julgo eu, que não será menos grave os problemas relacionados com a moleirinha…
Vem isto a propósito de várias situações que ocorreram com os nossos políticos, neste período mais recente, desde o “trabalho político” desenvolvido pelos nossos deputados nos estádios franceses do Euro 2016, passando pelas viagens “com o inimigo” para apoiar os vencedores do mesmo Euro 2016. Mas, para mim, o sintoma mais grave de que o sol afectou mesmo a moleirinha dos nossos políticos foi a proposta aquando dos incêndios que atravessaram e devastaram o país e, sobretudo, a região. Quando ouvi um responsável afirmar que se iria propor legislação no sentido de que o Estado, lato sensu, se deveria apoderar dos prédios abandonados, com carácter de medida preventiva, como forma de combater ou pelo menos atenuar os incêndios, fiquei estarrecido. Então quem é o maior proprietário das zonas abandonadas? Quem tem mais prédios votados a um total abandono do que o próprio Estado? Muitos deles, referências históricas, culturais… Comecemos pelos que nos estão mais próximos. Por toda a região e pelo país, quantos monumentos seculares ficaram abandonados à erosão dos tempos e hoje aparecem as suas ruínas depois dos fogos terem limpado as ervas e os matos circundantes? Dos prédios ardidos, no centro do nosso Funchal, quantos são património do tal Estado que quererá alargar a já manifesta incompetência e incapacidade de combater os incêndios pela prevenção? Medida acertada, seria a de atribuir competências aos diversos organismos existentes para transferir as responsabilidades de administração e gestão desses patrimónios e os correspondentes meios financeiros para suportar os gastos de manutenção e prevenção.
Um senhorio que não tem capacidade de “administrar” o seu património como é que vai ser capaz de gerir o património dos outros?
Enfim, para evitar muitas destas “maluqueiras”, simultaneamente com a proposta sugerida, deveria apresentada uma norma consagrando o uso obrigatório de protecção da moleirinha, durante toda a época balnear.
Manuel Vieira
Diário de Notícias da Madeira
Sexta, 26 de Agosto de 2016
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