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País de entretenimento, arte e cultura
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País de entretenimento, arte e cultura
Está à vista de todos o boom turístico em Portugal, alicerçado em diversas razões, mas sobretudo no nosso crescimento na oferta de produtos apelativos na sua relação qualidade/preço, na segurança, bem cada vez mais escasso e que nos torna mais interessantes em detrimento de outros países, na nossa simpatia e forma de receber, no sol, nas praias e em muitas outras. O que muitos tentam desvalorizar ou escamotear é a fatia importante do “bolo” que pode e deve ser atribuída ao desenvolvimento de áreas como a restauração e o entretenimento.
Só no último ano, enquanto a criação de novas empresas sofreu um significativo abrandamento, já nestas áreas específicas apareceram mais 3 mil, dando (como será fácil de imaginar) lugar a um sem-número de novos postos de trabalho sobretudo relacionados com o primeiro emprego e com os jovens, que tanto precisam de oportunidades. Parece, no entanto, que temos vergonha de nos assumirmos como um país com uma oferta extraordinária e com profissionais de luxo neste registo, o que nos tem valido, para além de inúmeros prémios, o reconhecimento internacional que atrai todos os anos milhares de curiosos ao nosso cantinho. E isto não é uma questão de somenos.
Vejamos com atenção a quantidade de festivais de música para todos os gostos e feitios, dos mais alternativos aos comerciais, dos que apostam em danças tradicionais até sons mais retro, mas também o facto de sermos um dos países que mais atrai interessados em arte urbana, com um espólio interessantíssimo, as feiras gastronómicas e os eventos assentes em novas experiências. Soubéssemos nós dar-lhes a devida importância e estaríamos neste momento a falar de um crescimento significativamente superior.
Veja-se a forma como o calçado português, mas também o vinho, se souberam posicionar com uma estratégia comum, bem gizada, que nos tem trazido enormes frutos no mercado global. Saibamos nós traduzir em prática, na oferta, toda a vontade que a procura tem demonstrado no nosso mercado e facilmente estaremos entre os melhores, com tudo aquilo que isso nos pode trazer de positivo. Mas para isso é importante começarmos a programar com tempo. Dá trabalho, exige pensar sobre o assunto, mas também só assim será possível.
O Algarve tem de deixar de ser dois meses por ano, Fátima tem de ser mais que o 13 de Maio, os festivais têm de ser comunicados em conjunto, têm de surgir mais Óbidos por aí, mas isso só vai lá com a coordenação de quem tutela o turismo. Roteiros, ofertas integradas, pacotes que introduzam novas zonas de Portugal e, acima de tudo, assumirmos para nós que, lá fora, os olhos estão postos aqui e nós temos qualidade para lhes oferecer, mas temos de saber chegar a eles com produtos apelativos. Sermos mais competitivos e organizados, porque bons naquilo que somos, disso não há qualquer dúvida. Já chega de lucrarmos milhões com quem nos procura pela oferta do entretenimento, da arte e da cultura e pelos nossos profissionais, mas depois esquecermo-nos deles quando o plano é fazer algo para estimular o seu crescimento. E se há espaço para crescer, não tenham dúvida de que também é por aqui.
23/09/2016
José Paulo do Carmo
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Só no último ano, enquanto a criação de novas empresas sofreu um significativo abrandamento, já nestas áreas específicas apareceram mais 3 mil, dando (como será fácil de imaginar) lugar a um sem-número de novos postos de trabalho sobretudo relacionados com o primeiro emprego e com os jovens, que tanto precisam de oportunidades. Parece, no entanto, que temos vergonha de nos assumirmos como um país com uma oferta extraordinária e com profissionais de luxo neste registo, o que nos tem valido, para além de inúmeros prémios, o reconhecimento internacional que atrai todos os anos milhares de curiosos ao nosso cantinho. E isto não é uma questão de somenos.
Vejamos com atenção a quantidade de festivais de música para todos os gostos e feitios, dos mais alternativos aos comerciais, dos que apostam em danças tradicionais até sons mais retro, mas também o facto de sermos um dos países que mais atrai interessados em arte urbana, com um espólio interessantíssimo, as feiras gastronómicas e os eventos assentes em novas experiências. Soubéssemos nós dar-lhes a devida importância e estaríamos neste momento a falar de um crescimento significativamente superior.
Veja-se a forma como o calçado português, mas também o vinho, se souberam posicionar com uma estratégia comum, bem gizada, que nos tem trazido enormes frutos no mercado global. Saibamos nós traduzir em prática, na oferta, toda a vontade que a procura tem demonstrado no nosso mercado e facilmente estaremos entre os melhores, com tudo aquilo que isso nos pode trazer de positivo. Mas para isso é importante começarmos a programar com tempo. Dá trabalho, exige pensar sobre o assunto, mas também só assim será possível.
O Algarve tem de deixar de ser dois meses por ano, Fátima tem de ser mais que o 13 de Maio, os festivais têm de ser comunicados em conjunto, têm de surgir mais Óbidos por aí, mas isso só vai lá com a coordenação de quem tutela o turismo. Roteiros, ofertas integradas, pacotes que introduzam novas zonas de Portugal e, acima de tudo, assumirmos para nós que, lá fora, os olhos estão postos aqui e nós temos qualidade para lhes oferecer, mas temos de saber chegar a eles com produtos apelativos. Sermos mais competitivos e organizados, porque bons naquilo que somos, disso não há qualquer dúvida. Já chega de lucrarmos milhões com quem nos procura pela oferta do entretenimento, da arte e da cultura e pelos nossos profissionais, mas depois esquecermo-nos deles quando o plano é fazer algo para estimular o seu crescimento. E se há espaço para crescer, não tenham dúvida de que também é por aqui.
23/09/2016
José Paulo do Carmo
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
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