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A arte e o poder
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A arte e o poder
A arte e o poder sempre estiveram de mãos dadas desde os tempos mais primordiais da existência humana, sendo a arte, em muitos desses momentos, uma ferramenta importante para a transmissão do poder.
Em Portugal é cada vez mais visível o domínio do poder sobre as manifestações artísticas e respetivos criadores.
Falta o atrevimento e a coragem no mundo artístico onde ainda predomina a cobardia que é alimentada injustamente pelas encomendas diretas dos trabalhos artísticos através do erário público e não pelos democráticos concursos públicos.
Desta forma insiste-se na tradicional escultura monumental que não apresenta novos conceitos estéticos mas que assegura as ditas encomendas prejudicando a real leitura do potencial criativo.
O futuro de Portugal está mergulhado num intenso marasmo e não sabemos em quem confiar com tanta corrupção do poder político desde a esquerda à direita. Os portugueses estão desiludidos, desencantados e precisam urgentemente de uma luz de forma a dissipar e clarear todos os vícios duma sociedade controlada pelo poder económico onde o pensamento é só um: eu posso, eu quero, eu mando!
Presentemente congratulo-me pelo facto deste novo governo ter recuperado o cargo de Ministro da Cultura valorizando corretamente a área das artes e do conhecimento, fomentando o aparecimento de projetos que venham beneficiar a nossa sociedade tornando-a mais dinâmica e participativa e desta forma gerando mais oportunidades para quem as procura, ao contrário de uma sociedade que só beneficia uma determinada elite.
Os portugueses continuam a ser os cidadãos da Europa com uma menor participação nas atividades culturais, num país que continua a ser retrógrado e complexado pois se observarmos as recentes manifestações na comunicação social e nas redes sociais em relação às nomeações dos novos ministros do nosso país com nomes de pessoas diferentes daquelas que seria o comum nomear representam sem dúvida um passo em frente no combate a um país preconceituoso.
Na Alemanha o então primeiro ministro das finanças Wolfgang Schäuble é paraplégico e tornou-se o grande senhor das finanças europeias onde tudo o que diz respeito à moeda única acaba passando pelas suas mãos. Ao contrário, em Portugal quantas pessoas com altos cargos de chefia e muito bem pagas apresentam um péssimo trabalho em prol de todos nós e da nossa economia?! Basta ver os sucessivos escândalos na banca portuguesa que tanto têm prejudicado as finanças do nosso país e de todos nós com consequências evidentes na nossa qualidade de vida.
E já que estamos a bem poucos dias de iniciar um novo ano deixo o meu apelo aos nossos governantes para repensarem a forma de como apoiar a cultura para que esta possa ser estimulada à participação do público e do seu potencial como motor da criação de mais emprego e de um maior crescimento intelectual.
É urgente estimular o ensino cultural nas escolas e para isso faltam aos decisores políticos e à sociedade em geral olharem para a cultura e para a arte como um bem essencial porque estas cumprem as suas razões de existência quando questionam e provocam a imaginação.
Tudo o que de mal se passa na cultura não se resume à falta de dinheiro, mas sim à falta de uma verdadeira aposta coerente, ousada e programada em prol dos verdadeiros criadores do país em vez de se continuar a financiar uma elite complexada e acomodada.
Boas festas!
Patrícia Sumares Professora
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 23 de Dezembro de 2015
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