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CULTURA PORTUGUESA: Introdução ao estudo da cultura portuguesa
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CULTURA PORTUGUESA: Introdução ao estudo da cultura portuguesa
O termo genérico ‘cultura portuguesa’ designa o resultado da conjunção, única em Portugal, de um pequeno número coeso de almas corruptas e corpos em sofrimento.
Há poucos portugueses, e quase todos têm até três opiniões: a de que os portugueses que não são como eles são corruptos; a de que os portugueses que são como eles estão adoentados; e a de que os produtos portugueses de exportação são incomparáveis. Há um grande consenso em Portugal sobre o sofrimento dos corpos, a corrupção das almas, e o comércio externo.
Os dois primeiros tópicos foram já tratados pelos principais sábios. Não tem sido porém dedicada atenção suficiente ao comércio externo. As convicções generalizadas sobre justiça e saúde obscurecem uma dificuldade que a qualquer marciano pareceria evidente. A dificuldade exprime-se na seguinte pergunta: como é possível que uma população corrupta e doente produza quase sem esforço produtos tão apreciados no estrangeiro?
Existe uma ligação profunda entre a corrupção de terceiros, as desconfianças sobre a saúde própria e alheia, e o comércio externo. Foi sobretudo estudada por críticos literários e historiadores das artes. Estas profissões estão há vários séculos habituadas a lidar com espécies inclinadas à meliância, v.g. pintores, músicos e escritores, que, muitas vezes em condições precárias de saúde, produziram o que de melhor se fez à face da terra. Ao seu objecto genérico de eleição chamam, e com eles o resto de nós civis, cultura. É uma combinação feliz de maldade e hipocondria que explica que os portugueses sejam sobretudo conhecidos em todo o mundo como produtores de cultura.
A origem da cultura parece estar na natureza. De facto, a natureza dá exemplos numerosos de animais de mau carácter e saúde precária cujas actividades conquistaram grandes êxitos junto de outras espécies. São animais culturais os gansos, que desenvolvem cirroses; os cisnes, que se colocam deliberadamente em perigo de vida por razões artísticas; e até os crocodilos, bichos particularmente maus, que por vezes concedem em se esfoliar. O foie-gras, a música e a marroquinaria são três das mais importantes áreas da cultura.
Também a cultura portuguesa é produzida em pequena escala por um número reduzido de animais tortos, adoentados e atentos ao comércio externo. É porque o número de produtores é pequeno que os produtos são poucos; e é porque são poucos que despertam mais entusiasmo entre aqueles que os procuram. Os seus compradores são no geral animais incorruptos e de saúde indiferente, e por essa razão exportam sobretudo produtos de interesse reduzido, como servo-mecanismos e adubos.
O termo genérico ‘cultura portuguesa’ designa assim o resultado da conjunção, única em Portugal, de um pequeno número coeso de almas corruptas e corpos em sofrimento. Esta conjunção parece explicar as enormes vantagens comparativas dos grandes produtos portugueses de exportação: o vinho, os sapatos, a arquitectura, o futebol e a poesia.
28/11/2014, 8:24
A nota final:
A história da corrupção não a conta em pouco anos e a conta em muito anos menor/mais um século, em todos regimes políticos, em ditadoras ou democráticas, não só esta nos alguns países e só esta no mundo, o problema esta os homem e as mulheres fracos(as) são fáceis a ser corrompidos com as suas riquezas e os seus interesses sem a sentir a causas da seu país ou da sua sociedade e a contra a corrupção esta nos sistemas de justiça e de transparência público ou privado nos serviços para a colocar o interesse público para a ser públicas as contas e a população a ser bem informada "a regra é dar as contas publicamente o que fazer no interno dos serviços ou das empresa o sistema de anti-corrupção no Estado Direito Português é a transparência pública dificilmente nos negócios ou nas negociações em no tecido empresarial público o exemplos no tecido empresarial portuário ou os outros transportes públicos e em privado dificilmente a transparência pública nos negócios ou nas negociações".
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