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Virgens ofendidas
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Virgens ofendidas
Creio ser evidente que a forma como BE e PS geriram a questão do eventual aumento do IMI para património imobiliário de luxo foi profundamente errada. Dando a oportunidade à Direita para lançar o papão do "aumento dos impostos" numa altura em que o que verdadeiramente está em cima da mesa é a redução daqueles que foram impostos pelo Governo PSD/CDS.
Mas, verdade seja dita, este atabalhoamento teve um mérito: como diria Jorge Jesus, "fê-los sair da toca". Refiro-me aos dirigentes políticos, comentadores, jornalistas, ou ativistas das redes sociais, que saíram à liça a criticar um imposto que, a existir e dependendo das condições em que viesse a ser aplicado, incidiria sobre um reduzido número de portugueses que, indubitavelmente, integram o grupo dos mais poderosos economicamente.
Vimos, assim, um conjunto de artigos com títulos e frases semelhantes lidos de uma cartilha que demonstra que a cassete, afinal, é instrumento que continua a ser utilizado pela Direita... "República Socialista Portuguesa", "Pela Construção do Estado Socialista", "Venham para o Marxismo Leninismo e eles ainda aplaudem", "O PS converte-se ao socialismo da miséria" são alguns exemplos.
Alguns dos artigos eu compreendo: são de gente que pagaria mais impostos, pelo que, pelo menos e apesar da imoralidade, têm "o direito à indignação". Mas todos se inserem numa campanha que visa passar a mensagem de que, afinal, sem aumento de impostos não vamos lá - procurando "justificar", desse modo, os colossais aumentos de impostos que aplicaram aos portugueses entre 2011 e 2015.
Mas, tal como aconteceu aquando da formação do atual Governo e dos cortes nos financiamentos de colégios privados, esta campanha é feita com argumentos tão primariamente anticomunistas que mostram que, afinal, o 25 de Abril ainda está entalado em muitas gargantas. Do género "eles não querem acabar com os pobres, têm é inveja dos ricos". A que se somam as mentiras, "a classe média será mais taxada", e os falsos argumentos do tipo "estão a taxar a poupança".
Mas o que mais choca é estes "argumentos" virem de gente que não teve o mínimo pudor em impor ou defender sobretaxas de IRS, aumentar o IVA, reduzir salários e pensões, cortar apoios sociais aos mais desfavorecidos - tudo medidas que, além de atacarem brutalmente a classe média, levaram à forte penalização dos mais pobres.
Gente que é da mesma escola de Durão Barroso que, atolado nas negociatas, tem a distinta lata de dizer que está a ser "discriminado por ser português", quando o que devia dizer é que está a envergonhar os portugueses. Que eles acham (mas acham mesmo!) que, para além deles, são todos parvos!...
Rui Sá, Engenheiro
Hoje às 00:11, atualizado às 00:54
Jornal de Notícias
Mas, verdade seja dita, este atabalhoamento teve um mérito: como diria Jorge Jesus, "fê-los sair da toca". Refiro-me aos dirigentes políticos, comentadores, jornalistas, ou ativistas das redes sociais, que saíram à liça a criticar um imposto que, a existir e dependendo das condições em que viesse a ser aplicado, incidiria sobre um reduzido número de portugueses que, indubitavelmente, integram o grupo dos mais poderosos economicamente.
Vimos, assim, um conjunto de artigos com títulos e frases semelhantes lidos de uma cartilha que demonstra que a cassete, afinal, é instrumento que continua a ser utilizado pela Direita... "República Socialista Portuguesa", "Pela Construção do Estado Socialista", "Venham para o Marxismo Leninismo e eles ainda aplaudem", "O PS converte-se ao socialismo da miséria" são alguns exemplos.
Alguns dos artigos eu compreendo: são de gente que pagaria mais impostos, pelo que, pelo menos e apesar da imoralidade, têm "o direito à indignação". Mas todos se inserem numa campanha que visa passar a mensagem de que, afinal, sem aumento de impostos não vamos lá - procurando "justificar", desse modo, os colossais aumentos de impostos que aplicaram aos portugueses entre 2011 e 2015.
Mas, tal como aconteceu aquando da formação do atual Governo e dos cortes nos financiamentos de colégios privados, esta campanha é feita com argumentos tão primariamente anticomunistas que mostram que, afinal, o 25 de Abril ainda está entalado em muitas gargantas. Do género "eles não querem acabar com os pobres, têm é inveja dos ricos". A que se somam as mentiras, "a classe média será mais taxada", e os falsos argumentos do tipo "estão a taxar a poupança".
Mas o que mais choca é estes "argumentos" virem de gente que não teve o mínimo pudor em impor ou defender sobretaxas de IRS, aumentar o IVA, reduzir salários e pensões, cortar apoios sociais aos mais desfavorecidos - tudo medidas que, além de atacarem brutalmente a classe média, levaram à forte penalização dos mais pobres.
Gente que é da mesma escola de Durão Barroso que, atolado nas negociatas, tem a distinta lata de dizer que está a ser "discriminado por ser português", quando o que devia dizer é que está a envergonhar os portugueses. Que eles acham (mas acham mesmo!) que, para além deles, são todos parvos!...
Rui Sá, Engenheiro
Hoje às 00:11, atualizado às 00:54
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