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Viva Viagem ou a corrida da incompetência
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Viva Viagem ou a corrida da incompetência
Em alguns países africanos que passaram por guerras terríveis até há bem pouco tempo ou que ainda estão em estado de semiguerra é natural, por exemplo, que os serviços na restauração deixem muito a desejar. Durante os anos da guerra não foi possível, como é natural, preparar convenientemente os trabalhadores da restauração, como de muitas outras atividades. O ensino reduzia-se ao mínimo possível e a recuperação dos anos perdidos não se faz de um dia para o outro. Quando as principais preocupações das populações passavam por sobreviver, desde logo procurando alimentos e um lugar seguro, era natural que o ensino fosse praticamente abandonado.
Posto isto, para um europeu que chegasse a um desses países era natural que se deparasse com situações caricatas. Aquela com que me confrontei mais vezes foi com a de pedir uma bebida num restaurante e esperar longos minutos pela mesma. Quando finalmente o empregado chegava perto de nós e lhe perguntávamos pela bebida, a resposta, muitas vezes, era: “Tem mas não há.” O que significava que constava na lista, mas “estava faltando”.
Pois bem, Portugal não esteve em guerra até há poucos anos, tem a ajuda da União Europeia também há uns bons anos, mas comporta-se, nalguns casos, como se tivesse saído da guerra recentemente. Acredito que um turista que chegue ao metro de Lisboa e se confronte com o facto de não haver cartões Viva Viagem que lhe permitam “comprar” as viagens que deseja pense que chegou ao Terceiro Mundo.
O mais grave é que esta mesma situação já se tinha passado no verão, no Porto, com os cartões Andante, e pouco se aprendeu com ela. Como se explica a um norueguês, por exemplo, que a administração do Metro de Lisboa não conseguiu prever que iam faltar os tais cartões e que não pode fazer a viagem para onde desejam por isso? Que terão de ir a pé até uma estação que tenha cabinas onde os funcionários ainda têm alguns cartões que lhes podem vender? É difícil acreditar nesta história, mas é mesmo assim. Lamentável. E assim se dão pontapés no turismo, a nova galinha dos ovos de ouro.
30/09/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
Posto isto, para um europeu que chegasse a um desses países era natural que se deparasse com situações caricatas. Aquela com que me confrontei mais vezes foi com a de pedir uma bebida num restaurante e esperar longos minutos pela mesma. Quando finalmente o empregado chegava perto de nós e lhe perguntávamos pela bebida, a resposta, muitas vezes, era: “Tem mas não há.” O que significava que constava na lista, mas “estava faltando”.
Pois bem, Portugal não esteve em guerra até há poucos anos, tem a ajuda da União Europeia também há uns bons anos, mas comporta-se, nalguns casos, como se tivesse saído da guerra recentemente. Acredito que um turista que chegue ao metro de Lisboa e se confronte com o facto de não haver cartões Viva Viagem que lhe permitam “comprar” as viagens que deseja pense que chegou ao Terceiro Mundo.
O mais grave é que esta mesma situação já se tinha passado no verão, no Porto, com os cartões Andante, e pouco se aprendeu com ela. Como se explica a um norueguês, por exemplo, que a administração do Metro de Lisboa não conseguiu prever que iam faltar os tais cartões e que não pode fazer a viagem para onde desejam por isso? Que terão de ir a pé até uma estação que tenha cabinas onde os funcionários ainda têm alguns cartões que lhes podem vender? É difícil acreditar nesta história, mas é mesmo assim. Lamentável. E assim se dão pontapés no turismo, a nova galinha dos ovos de ouro.
30/09/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
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