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(Não) À procura do tempo perdido
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(Não) À procura do tempo perdido
Em França está-se à espera de conhecer o presidente. Na Alemanha aguarda-se que Merkel decida se é candidata às eleições do próximo ano, e também em Itália se está à espera.
Mais uma vez a Reserva Federal não subiu a taxa de juro, sobretudo pela incerteza quanto ao resultado das eleições presidenciais. Em Dezembro saberemos se será em 2016 que veremos a taxa subir ou se fica para o ano. Mas não é só do outro lado do Atlântico que estamos à espera que algo aconteça.
Em França está-se à espera de conhecer o presidente. Com 82 candidatos declarados, a Franceinfo criou um “trombinoscópio” para os eleitores poderem conhecer qualquer deles e identificá-los na rua. Um dos últimos a alargar a lista foi Macron (de quem Juppé disse que, como ministro, se dedicou mais à sua ‘startup’ política que à indústria francesa e a quem Attali chama “a encarnação do vazio na política”), tornando o resultado ainda mais incerto, até pelas divisões que provoca. É impossível prever quem vai disputar a segunda volta contra Marine Le Pen, que está tão certa de ser escolhida que tem aparecido a conta-gotas para não prejudicar as suas probabilidades. Hollande está em maus lençóis: só 15% dos franceses querem que se candidate. Nunca os franceses estiveram tão indecisos; a caricatura mensal de James no Immanquable mostra um francês a perguntar a outro se se vai abster, ao que aquele responde que sim, só falta decidir em quem não vai votar.
Na Alemanha, depois da segunda derrota de Merkel, em Berlim, há um compasso de espera enquanto se aguarda que decida se é candidata às eleições do próximo ano. Já foi obrigada a fazer marcha atrás na sua política de refugiados para apaziguar os aliados da CSU, cujo líder passou a principal rival. Seehofer considera-a responsável pela queda da CDU/CSU e pela subida da AfD, e Merkel pode tornar-se a chanceler que voltou a pôr a extrema-direita no parlamento.
Quanto ao Reino Unido, sabemos por um dos estrategas de Boris que, no referendo, ele desejava a derrota do Brexit “por um cabelo”, mas a coisa correu mal. Lançou o país na confusão e está tudo à espera de ver o que vai fazer a senhora May.
Também em Itália se está à espera. No final do ano joga-se o referendo da reforma constitucional preconizada por Renzi para pôr fim à instabilidade política, que deu ao país 63 governos em 60 anos. Veremos o que acontece se perder. Para já, voltou atrás na sua promessa de se demitir. De Espanha nem vale a pena falar.
Stephane Ratti fala do fim da esperança política, Peggy Noonan do eleitor reticente, Tonnelier da grande paralisia, Patricot do divórcio provocado pelo ataque dos governos às classes médias. Qualquer que seja a razão, tudo se traduz em perda de tempo.
Fernando Pacheco, Economista
02:05
Jornal Económico
Mais uma vez a Reserva Federal não subiu a taxa de juro, sobretudo pela incerteza quanto ao resultado das eleições presidenciais. Em Dezembro saberemos se será em 2016 que veremos a taxa subir ou se fica para o ano. Mas não é só do outro lado do Atlântico que estamos à espera que algo aconteça.
Em França está-se à espera de conhecer o presidente. Com 82 candidatos declarados, a Franceinfo criou um “trombinoscópio” para os eleitores poderem conhecer qualquer deles e identificá-los na rua. Um dos últimos a alargar a lista foi Macron (de quem Juppé disse que, como ministro, se dedicou mais à sua ‘startup’ política que à indústria francesa e a quem Attali chama “a encarnação do vazio na política”), tornando o resultado ainda mais incerto, até pelas divisões que provoca. É impossível prever quem vai disputar a segunda volta contra Marine Le Pen, que está tão certa de ser escolhida que tem aparecido a conta-gotas para não prejudicar as suas probabilidades. Hollande está em maus lençóis: só 15% dos franceses querem que se candidate. Nunca os franceses estiveram tão indecisos; a caricatura mensal de James no Immanquable mostra um francês a perguntar a outro se se vai abster, ao que aquele responde que sim, só falta decidir em quem não vai votar.
Na Alemanha, depois da segunda derrota de Merkel, em Berlim, há um compasso de espera enquanto se aguarda que decida se é candidata às eleições do próximo ano. Já foi obrigada a fazer marcha atrás na sua política de refugiados para apaziguar os aliados da CSU, cujo líder passou a principal rival. Seehofer considera-a responsável pela queda da CDU/CSU e pela subida da AfD, e Merkel pode tornar-se a chanceler que voltou a pôr a extrema-direita no parlamento.
Quanto ao Reino Unido, sabemos por um dos estrategas de Boris que, no referendo, ele desejava a derrota do Brexit “por um cabelo”, mas a coisa correu mal. Lançou o país na confusão e está tudo à espera de ver o que vai fazer a senhora May.
Também em Itália se está à espera. No final do ano joga-se o referendo da reforma constitucional preconizada por Renzi para pôr fim à instabilidade política, que deu ao país 63 governos em 60 anos. Veremos o que acontece se perder. Para já, voltou atrás na sua promessa de se demitir. De Espanha nem vale a pena falar.
Stephane Ratti fala do fim da esperança política, Peggy Noonan do eleitor reticente, Tonnelier da grande paralisia, Patricot do divórcio provocado pelo ataque dos governos às classes médias. Qualquer que seja a razão, tudo se traduz em perda de tempo.
Fernando Pacheco, Economista
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