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Educação e preparação (na politica)
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Educação e preparação (na politica)
Precisa-se de mais educação e de concentração para acabar com exemplos tristes.
Hoje gostava de falar de dois defeitos graves na vida política, no caso, a portuguesa. Um dos defeitos tem que ver com a falta de nível no debate político. Neste caso, digo falta de nível por referência a falta de educação e a falta de respeito pelos adversários.
Infelizmente, isso não é exclusivo de Portugal, como se tem visto agora nos EUA com as intervenções de Donald Trump, que tem passado estes dias a tratar a sua adversária por a "vigarista" Hillary Clinton. Mas, por cá, ainda esta semana se ouviu falar de aldrabices, mentiras, em insinuações de desonestidade, quer ao nível do poder central, quer ao nível do poder local. A propósito dos temas mais importantes, distorcem-se as realidades e lançam-se ataques pessoais.
Há aqui uma diferença muito importante entre pessoas que estão na vida pública. Tenho para mim, e procuro dar constante testemunho disso, que em debates, em campanhas, em intervenções, podemos ser adversários, divergir, mas falar sempre com elevação e com a tal educação. Todos podemos errar, mas essa deve ser uma preocupação permanente da intervenção pública, até por causa do exemplo.
Outro defeito muito grave relaciona-se com a falta de rigor e de preparação naquilo que se faz ou naquilo que se deixa de fazer. Esta polémica da Caixa Geral de Depósitos é um bom exemplo disso, porque se o Decreto-Lei n.º 39/2016 de 28 de julho tivesse sido estudado a tempo, o que se justificaria até pela atualidade do tema, não estaríamos agora com todo este imbróglio.
Na verdade, nessa altura, a nova administração da Caixa ainda não tinha entrado em funções e, portanto, se esta polémica sobre a aceitação ou não da exceção que foi criada tivesse sido tratada em tempo, e se se tivesse chegado à conclusão de que não era possível, tinha-se evitado tudo isto.
É impressionante como a generalidade dos órgãos de soberania – excetuando os tribunais, claro – deixou este tema de lado. E mesmo a generalidade dos órgãos de comunicação social não deu por ele.
Como já disse noutro espaço, é, em certa medida, compreensível porque a questão dos salários poderia ser mais sensível. Mas se a consideram tão grave, é dificilmente aceitável que se tenha demorado tanto tempo a dar por ela. E isso só aconteceu depois da denúncia num espaço de comentário televisivo.
Precisa-se de mais educação e de mais concentração na ação política para acabar com exemplos tristes e para evitar problemas bem desagradáveis a Portugal.
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/pedro-santana-lopes/detalhe/educacao-e-preparacao?ref=opiniao_destaque
Por Pedro Santana Lopes|01:45
Correio da Manhã
Hoje gostava de falar de dois defeitos graves na vida política, no caso, a portuguesa. Um dos defeitos tem que ver com a falta de nível no debate político. Neste caso, digo falta de nível por referência a falta de educação e a falta de respeito pelos adversários.
Infelizmente, isso não é exclusivo de Portugal, como se tem visto agora nos EUA com as intervenções de Donald Trump, que tem passado estes dias a tratar a sua adversária por a "vigarista" Hillary Clinton. Mas, por cá, ainda esta semana se ouviu falar de aldrabices, mentiras, em insinuações de desonestidade, quer ao nível do poder central, quer ao nível do poder local. A propósito dos temas mais importantes, distorcem-se as realidades e lançam-se ataques pessoais.
Há aqui uma diferença muito importante entre pessoas que estão na vida pública. Tenho para mim, e procuro dar constante testemunho disso, que em debates, em campanhas, em intervenções, podemos ser adversários, divergir, mas falar sempre com elevação e com a tal educação. Todos podemos errar, mas essa deve ser uma preocupação permanente da intervenção pública, até por causa do exemplo.
Outro defeito muito grave relaciona-se com a falta de rigor e de preparação naquilo que se faz ou naquilo que se deixa de fazer. Esta polémica da Caixa Geral de Depósitos é um bom exemplo disso, porque se o Decreto-Lei n.º 39/2016 de 28 de julho tivesse sido estudado a tempo, o que se justificaria até pela atualidade do tema, não estaríamos agora com todo este imbróglio.
Na verdade, nessa altura, a nova administração da Caixa ainda não tinha entrado em funções e, portanto, se esta polémica sobre a aceitação ou não da exceção que foi criada tivesse sido tratada em tempo, e se se tivesse chegado à conclusão de que não era possível, tinha-se evitado tudo isto.
É impressionante como a generalidade dos órgãos de soberania – excetuando os tribunais, claro – deixou este tema de lado. E mesmo a generalidade dos órgãos de comunicação social não deu por ele.
Como já disse noutro espaço, é, em certa medida, compreensível porque a questão dos salários poderia ser mais sensível. Mas se a consideram tão grave, é dificilmente aceitável que se tenha demorado tanto tempo a dar por ela. E isso só aconteceu depois da denúncia num espaço de comentário televisivo.
Precisa-se de mais educação e de mais concentração na ação política para acabar com exemplos tristes e para evitar problemas bem desagradáveis a Portugal.
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/pedro-santana-lopes/detalhe/educacao-e-preparacao?ref=opiniao_destaque
Por Pedro Santana Lopes|01:45
Correio da Manhã
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