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O chamamento da história
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O chamamento da história
Ban Ki-moon era já o mais desejado pelos sul-coreanos ainda antes de Park Geun-hye cair em desgraça e até se falar numa saída sua da presidência antes do final do mandato único, previsto para fevereiro de 2018. Mas com um bizarro escândalo, ligado às vantagens tiradas por uma amiga, a destruir da noite para o dia a imagem de uma mulher com fama de incorruptível, o ainda secretário-geral das Nações Unidas tem agora o perfil mais do que certo para renovar a crença dos sul--coreanos na sua elite política. Veremos se avança mesmo.
É já a 1 de janeiro que Ban cederá o cargo ao português António Guterres. Com 72 anos, é normal que hesite entre o descanso do guerreiro (talvez a lideranca de uma fundação) e o envolver-se em batalhas eleitorais. E a experiência dos seus antecessores na ONU aconselha cautelas. O ganês Kofi Annan foi tentado por uma candidatura a chefe de Estado mas não arriscou, o peruano Javier Pérez de Cuéllar foi a votos e perdeu, o austríaco Kurt Waldheim foi eleito mas quando o seu passado nazi veio à luz do dia passou a ser um pária internacional e não tentou a reeleição. Dos mais recentes líderes da ONU, o egípcio Butros Ghali foi quem teve a escolha mais fácil, pois ficou a chefiar a Francofonia e com Hosni Mubarak então no poder também não havia outras tentações possíveis, ainda por cima para um cristão casado com uma judia num país de maioria islâmica.
Ban, contudo, pode querer contrariar os ensinamentos do passado. E, em vez de uma nota de rodapé nos livros (como um ministro dos Negócios Estrangeiros que se tornou um discreto secretário-geral da ONU), ocupar páginas e páginas se chegar a presidente e fizer a paz com a Coreia do Norte. Nascido ainda no tempo da colonização japonesa, tinha 9 anos quando a guerra entre as duas Coreias terminou. Lembra-se de certeza do que sofreram os coreanos e tudo fará para que não se repita. Percebe-se o entusiasmo dos sul-coreanos com Ban, orgulhosos da sua democracia e sucesso económico mas sempre com medo de que o imprevisível líder norte-coreano, Kim Jong-un, ponha tudo em causa.
30 DE NOVEMBRO DE 2016
00:00
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
É já a 1 de janeiro que Ban cederá o cargo ao português António Guterres. Com 72 anos, é normal que hesite entre o descanso do guerreiro (talvez a lideranca de uma fundação) e o envolver-se em batalhas eleitorais. E a experiência dos seus antecessores na ONU aconselha cautelas. O ganês Kofi Annan foi tentado por uma candidatura a chefe de Estado mas não arriscou, o peruano Javier Pérez de Cuéllar foi a votos e perdeu, o austríaco Kurt Waldheim foi eleito mas quando o seu passado nazi veio à luz do dia passou a ser um pária internacional e não tentou a reeleição. Dos mais recentes líderes da ONU, o egípcio Butros Ghali foi quem teve a escolha mais fácil, pois ficou a chefiar a Francofonia e com Hosni Mubarak então no poder também não havia outras tentações possíveis, ainda por cima para um cristão casado com uma judia num país de maioria islâmica.
Ban, contudo, pode querer contrariar os ensinamentos do passado. E, em vez de uma nota de rodapé nos livros (como um ministro dos Negócios Estrangeiros que se tornou um discreto secretário-geral da ONU), ocupar páginas e páginas se chegar a presidente e fizer a paz com a Coreia do Norte. Nascido ainda no tempo da colonização japonesa, tinha 9 anos quando a guerra entre as duas Coreias terminou. Lembra-se de certeza do que sofreram os coreanos e tudo fará para que não se repita. Percebe-se o entusiasmo dos sul-coreanos com Ban, orgulhosos da sua democracia e sucesso económico mas sempre com medo de que o imprevisível líder norte-coreano, Kim Jong-un, ponha tudo em causa.
30 DE NOVEMBRO DE 2016
00:00
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
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