Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

cmtv  2018  2019  tvi24  2017  2014  2012  2015  2010  cais  2016  2013  2023  2011  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
O recuo da liberdade EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
O recuo da liberdade EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


O recuo da liberdade Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
196 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 196 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

O recuo da liberdade

Ir para baixo

O recuo da liberdade Empty O recuo da liberdade

Mensagem por Admin Qua Nov 30, 2016 12:14 pm

Os últimos dois anos mostram que a liberdade pode deixar de ser o valor central das nossas ordens políticas. Pela primeira vez na minha geração aparecem forças com relevo que a vêem como um princípio secundário ou acessório.

Uma das recordações favoritas que guardo do meu primeiro ano na faculdade em Coimbra é a do Professor Canotilho a recomendar livros nas aulas de Direito Constitucional. Tenho-me lembrado de uma aula em particular: por entre os habituais tomos obscuros sobre a Constituição Helvética, escritos em alemão, foi sugerido àqueles petizes de dezoito anos que, para conhecerem os principais debates intelectuais do seu tempo, lessem dois livros: "Uma Teoria da Justiça", a obra com que em 1971 John Rawls explicou como chegar ao objectivo da justiça social partindo dos princípios, prioritários, da liberdade individual; e "O Fim da História e o Último Homem", no qual em 1992 Francis Fukuyama argumentou que as formas de governo baseadas na democracia liberal são o ponto de chegada da evolução ideológica do ser humano.
 
Estávamos em 1998. O Ocidente vivia numa paz e prosperidade inéditas, enlevado por Estados democráticos de bem-estar social, respeitadores das liberdades e financiados pelos frutos económicos dessa liberdade.
 
Desde o pós-Guerra que a liberdade é o valor político central, em torno e dependência de cujas manifestações (individuais e políticas) todos os demais valores têm de ser doseados. Quando vejo a aspereza com que os debates políticos são travados hoje em dia nunca deixo de achar curioso que tamanha excitação seja possível num tempo de tão pequena amplitude ideológica. No grande esquema histórico das coisas, não há uma diferença extraordinária entre um governo "de direita", que defenda a liberdade com algum recuo do Estado, e um governo "de esquerda", que ache que a liberdade precisa de um pouco mais de responsabilidade do Estado. É deste contexto ocidental - liberal e moderado - que aquelas obras de Rawls e Fukuyama são um emblema.
 
Infelizmente, os últimos dois anos mostram que a liberdade pode deixar de ser o valor central das nossas ordens políticas. Pela primeira vez na minha geração aparecem forças com relevo que a vêem como um princípio secundário ou acessório, um luxo de tempos abastados que deve ceder perante a segurança, a protecção económica, a luta de classes ou o nacionalismo. Vemos esta tendência no avanço dos populistas europeus da esquerda revolucionária, como Tsipras e Iglesias. Vemo-la no crescimento de Le Pen e na vitória de Trump. Vimo-la no Brexit, que foi mais o sucesso do proteccionismo e da xenofobia do que obra de bons argumentos cosmopolitas contra a esclerose da União Europeia.
 
No fim-de-semana, vimos a fragilidade da liberdade nas reacções à morte de Fidel Castro. Não só nos elogios previsíveis do PCP e do Bloco, mas também no PS, essa cidadela da esquerda democrática, que apresentou na AR um voto de pesar que é um branqueamento abjecto da ditadura castrista. Aliás, vimo-la também em boa parte dos media, que não conseguiu mais do que descrever Fidel com recurso a factos anódinos e eufemismos ligeiros: um "ícone", um "revolucionário", um "líder histórico", uma "figura controversa".
 
A melhor resposta a este tipo de cobardia deu-a o jornalista britânico Tim Stanley, no Twitter: "Os Sex Pistols foram controversos. Nabokov foi controverso. A minissaia foi controversa. Castro foi um ditador." É desta clareza que precisamos, se acreditarmos que, com todos os erros e insuficiências, é da nossa ordem liberal que depende o bem-estar do futuro. O tempo não está para meias-palavras nem para argumentações desculpantes, que circum-navegam as evidências. À direita ou à esquerda, um inimigo da liberdade é um inimigo da liberdade.
 
Advogado

Francisco Mendes da Silva
29 de Novembro de 2016 às 20:35
Negócios
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos