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Reformem o sistema económico agora ou os populistas fá-lo-ão

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Mensagem por Admin Seg Dez 19, 2016 11:54 am

Uma coisa é dizer, como alguns de nós fizeram, que as elites liberais ocidentais devem parar de arriscar quando enfrentam uma ameaça populista. Mas, para além disso, o que deveriam elas realmente fazer?

Eu começaria com uma reavaliação fundamental da gestão macroeconómica moderna, desde os bancos centrais independentes e a deliberação das metas de inflação até aos mercados financeiros desregulamentados e as metas da política orçamental. Simplificando, se nós, que somos a ordem estabelecida liberal, não fizermos isso, os populistas fá-lo-ão por nós.

Marine Le Pen como presidente, por exemplo, poderia retirar a França da zona euro e instruir o seu banco central para financiar as despesas do seu governo.

Mas também precisamos de pensar mais aprofundadamente sobre os profundos laços entre as nossas instituições, as regras sob as quais operam e a teoria macroeconómica predominante. Muito daquilo que hoje consideramos normal foi instituído recentemente. Os bancos centrais nem sempre foram independentes. O estabelecimento direto das metas da inflação é hoje comum, mas era desconhecido antes dos anos 90. Os objetivos de política orçamental de médio prazo são também uma invenção moderna, assim como os conselhos orçamentais independentes. Atrás dessas instituições e políticas está uma base teórica - a nova macroeconomia keynesiana. O próprio John Maynard Keynes caracterizaria provavelmente o seu proponente médio como "um economista extinto".

A teoria estabelece três pontos-chave. O primeiro afirma que uma taxa de inflação baixa é consistente com o pleno emprego, por isso a um banco central basta estabelecer a meta de uma baixa taxa de inflação. O segundo, que a política orçamental não deve ser utilizada para fins de ajustamento económico, mas deve seguir metas de estabilidade de médio prazo. E o terceiro, que nem a política monetária nem a política orçamental fazem a diferença a longo prazo.

Claro que nada disso explica as coisas que vemos à nossa volta: crises financeiras sem fim; uma perda permanente da produção económica; desequilíbrios persistentes, incapacidade dos bancos centrais de cumprirem os seus objetivos de inflação; taxas de juro zero. Não devemos ficar surpreendidos por as pessoas se terem tornado céticas em relação a especialistas que vendem teorias que resultam em previsões comicamente erradas e que não encaixam com a realidade de que elas se apercebem.

Estas observações são leves em comparação com as de Paul Romer, economista-chefe do Banco Mundial, que escreveu uma crítica devastadora da sua profissão, comparando-a com a teoria das cordas na física. Esta última foi uma vez criticada por físicos bem conhecidos como "não estando sequer errada".

Romer retrata a macroeconomia moderna como um esquema mantido por pessoas que protegem a sua influência. A maioria das suas críticas específicas é de natureza técnica e vão além do que posso transmitir aqui. Ele começa por citar Lee Smolin, um físico, que observou em 2007 que a física não tinha feito nenhum progresso no último quarto de século. Romer afirma que o estado da macroeconomia é pior. Ele tem regredido.

As suas observações são perturbadoras por direito próprio. Mas o que as torna relevantes no contexto desta discussão é que as nossas instituições de política económica estão baseadas na ideia de que essas teorias estão corretas. Os nossos banqueiros centrais independentes são macroeconomistas, que foram treinados nos mesmos modelos que o Sr. Romer critica.

Até ao início dos anos 90, a independência do banco central era a exceção. A Reserva Federal norte--americana e o Deutsche Bundesbank eram independentes antes de 1990, mas a maioria dos outros bancos centrais não o era. Há bons argumentos a favor, mas não é uma evidência por si. A maioria das pessoas, por exemplo, não apoia provavelmente a opinião de que as forças armadas de um país devem ser independentes com base no facto de que os generais sabem melhor o que é bom para nós e não devem ser perturbados pelas flutuações quotidianas da política.

Se Romer tiver razão, e a macroeconomia tiver vindo a regredir, aqueles de nós que procuram defender a ordem liberal devem considerar a reivindicação das áreas centrais da política económica. Devemos tirar a política orçamental do piloto automático e desafiar a tirania da omnipresente meta de inflação de 2%. E devemos começar a fazer uma distinção entre os interesses do setor financeiro e da economia em geral. Isso não ter sido feito foi uma das razões para a votação a favor do brexit.

Embora a argumentação a favor da mudança da doutrina da política macroeconómica seja esmagadora, duvido que o poder estabelecido da política ocidental o faça. Como aconteceu durante a crise financeira, os interesses instituídos irão intervir. Os macroeconomistas que desenharam os modelos são os guardiães e os beneficiários do sistema. Eles são os banqueiros centrais independentes. Eles dirigem os conselhos orçamentais independentes. Alguns são ministros das Finanças.

Não é por acaso que uma famosa série de televisão da década passada, Os Homens do Presidente, apresentava um economista vencedor do Prémio Nobel como presidente fictício dos EUA. Essa versão do filósofo-rei de Platão está muito desatualizada hoje em dia.

Com uma ordem estabelecida que se recusa a tirar qualquer lição das suas derrotas de 2016, o nosso sistema está muito mais em risco de ser demolido pelos populistas a partir de fora do que de ser reformado por dentro.

19 DE DEZEMBRO DE 2016
00:02
Wolfgang Münchau
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