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O ambiente económico melhorou. E agora?
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O ambiente económico melhorou. E agora?
Portugal subiu 15 posições no ranking da competitividade internacional em 2014, depois de nove anos de queda e estagnação, precisamente no ano em que o país termina o programa de ajustamento assinado com a ‘troika' e regressa aos mercados.
Não é um indicador objectivo, mas é fundamental, porque é a medida pela qual os investidores internacionais avaliam o nosso desempenho económico.
É uma ironia: quando os sinais que temos à nossa frente do ponto de vista orçamental e económico são no mínimo preocupantes, Portugal é o país europeu que mais sobe na lista dos mais competitivos do mundo. A evolução do ranking de competitividade internacional do Fórum Económico Mundial, o mesmo que organiza anualmente o encontro de Davos, é há quase uma década uma das evidências da degradação relativa e absoluta de Portugal no contexto das economias mais atractivas do mundo para investir.
No primeiro ano em que este ranking foi elaborado, em 2004, ano do Europeu de futebol, Portugal estava na 24ª posição e, a partir daí, foi quase sempre a descer. Em 2013, o Portugal intervencionado estava na 51ª posição, em 2014, já sem ‘troika', passou para a 36ª, à frente de economias como a Itália, a Polónia ou a República Checa, para citar apenas três casos. A dúvida é legítima: melhorámos assim tanto nos indicadores de competitividade de um ano para o outro?
Do ponto de vista absoluto, não, e há até indicadores recentes como a evolução das exportações e a dívida pública, que contrariam esta visão mais positiva do País. Mas este resultado do inquérito do Fórum Económico Mundial é um dos de referência internacional, é um barómetro de sensibilidade, do que foi feito em Portugal e do que os outros países fizeram ou não. E esta comparação é particularmente importante quando avaliamos o nosso desempenho.
Os trabalhos feitos na área do mercado de trabalho e de produto foram essenciais para mudar a percepção que os investidores têm do País. E, claro, o encerramento do programa da ‘troika' com sucesso, leia-se com a recuperação da capacidade do Estado de se financiar no mercado, fizeram o resto. Na verdade, Portugal é mais bem visto no estrangeiro do que no próprio país, e isso é da responsabilidade do Governo, pelo que fez nos primeiros três anos de governação, pelos sinais que está agora a dar.
O País continua a ter problemas, e muitos deles são directamente dependentes do poder político, dos políticos que estão no exercício da governação e dos que estão na oposição. Um exemplo: a elevada carga fiscal sobre o trabalho e sobre o capital. Como é evidente, só será possível descer os impostos se o poder político, o que está em funções e o que estará a partir de Outubro de 2015, for capaz de cortar na despesa pública.
António Costa
00.06 h
Económico
Não é um indicador objectivo, mas é fundamental, porque é a medida pela qual os investidores internacionais avaliam o nosso desempenho económico.
É uma ironia: quando os sinais que temos à nossa frente do ponto de vista orçamental e económico são no mínimo preocupantes, Portugal é o país europeu que mais sobe na lista dos mais competitivos do mundo. A evolução do ranking de competitividade internacional do Fórum Económico Mundial, o mesmo que organiza anualmente o encontro de Davos, é há quase uma década uma das evidências da degradação relativa e absoluta de Portugal no contexto das economias mais atractivas do mundo para investir.
No primeiro ano em que este ranking foi elaborado, em 2004, ano do Europeu de futebol, Portugal estava na 24ª posição e, a partir daí, foi quase sempre a descer. Em 2013, o Portugal intervencionado estava na 51ª posição, em 2014, já sem ‘troika', passou para a 36ª, à frente de economias como a Itália, a Polónia ou a República Checa, para citar apenas três casos. A dúvida é legítima: melhorámos assim tanto nos indicadores de competitividade de um ano para o outro?
Do ponto de vista absoluto, não, e há até indicadores recentes como a evolução das exportações e a dívida pública, que contrariam esta visão mais positiva do País. Mas este resultado do inquérito do Fórum Económico Mundial é um dos de referência internacional, é um barómetro de sensibilidade, do que foi feito em Portugal e do que os outros países fizeram ou não. E esta comparação é particularmente importante quando avaliamos o nosso desempenho.
Os trabalhos feitos na área do mercado de trabalho e de produto foram essenciais para mudar a percepção que os investidores têm do País. E, claro, o encerramento do programa da ‘troika' com sucesso, leia-se com a recuperação da capacidade do Estado de se financiar no mercado, fizeram o resto. Na verdade, Portugal é mais bem visto no estrangeiro do que no próprio país, e isso é da responsabilidade do Governo, pelo que fez nos primeiros três anos de governação, pelos sinais que está agora a dar.
O País continua a ter problemas, e muitos deles são directamente dependentes do poder político, dos políticos que estão no exercício da governação e dos que estão na oposição. Um exemplo: a elevada carga fiscal sobre o trabalho e sobre o capital. Como é evidente, só será possível descer os impostos se o poder político, o que está em funções e o que estará a partir de Outubro de 2015, for capaz de cortar na despesa pública.
António Costa
00.06 h
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