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Afinal ainda não se esqueceram da dívida…
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Afinal ainda não se esqueceram da dívida…
Vivem-se tempos de incerteza na europa e no mundo, com o populismo a vencer eleições e referendos. As primeiras semanas da administração Trump nos EUA fazem corar os independentistas do Reino Unido e Marine Le Pen.
Em ano de eleições em França (segunda maior economia da União Europeia), Alemanha e Holanda, os investidores em dívida pública de países europeus recordam-se diariamente que sempre lhes disseram que Donald Trump nunca seria Presidente dos EUA e que o Reino Unido nunca votaria para sair da União Europeia.
Janeiro foi o mês com a maior subida mensal das taxas de juro implícitas das dívidas públicas de França, Itália e Portugal desde meados de 2015, com Portugal claramente na liderança. Para além da referida instabilidade política, o aumento acelerado da inflação e do crescimento económico na zona Euro, suportaram esta subida e deixam antever maiores aumentos das taxas de juro implícitas das dívidas soberanas em 2017.
Por cá continuamos a ver os políticos a desvalorizarem o problema, uma vez que já não é possível continuarem a negá-lo, após o anúncio recente do fim das compras de dívida pelo BCE, previsto para este ano.
O Banco de Portugal divulgou esta semana os dados estatísticos sobre a dívida pública nacional relativos a Dezembro de 2016. Sabemos agora que em 2016, a dívida pública portuguesa bruta aumentou 9,5 mil milhões de euros, atingindo os 241,1 mil milhões de euros, registando assim uma subida de 4,1%. No entanto, a dívida líquida subiu “apenas” 5,5 mil milhões de euros, pois as necessidades de financiamento das administrações públicas foram inferiores ao aumento da dívida.
É agora óbvio que as finanças públicas anémicas, o endividamento público com direito a lugar no pódio da Zona Euro (atrás da Grécia e em disputa com a Itália), os persistentes problemas do sector financeiro e o BCE prestes a atingir o limite de compras de dívida pública portuguesa são decisivos para Portugal estar debaixo de todos os holofotes dos investidores dos tão odiados “mercados” financeiros, que ainda assim continuavam a sustentar a vida dos portugueses acima das reais possibilidades da economia nacional.
A desaceleração das compras de dívida pelo BCE já se fez notar em Dezembro último, tendo passado dos permitidos 1,4 mil milhões de euros para 700 milhões de euros e prevendo-se que diminua para 440 milhões de euros durante este ano, até que desapareça por completo no final de 2017.
Mas tal como sempre, a culpa não deve ser nossa… mais uma vez os mercados, os investidores, o BCE, os alemães e todos no geral estão a ser injustos, para não dizer que são maus e que não gostam de nós… vá-se lá saber porquê!
07.02.2017 às 8h22
PAULO BARRADAS
Expresso
Em ano de eleições em França (segunda maior economia da União Europeia), Alemanha e Holanda, os investidores em dívida pública de países europeus recordam-se diariamente que sempre lhes disseram que Donald Trump nunca seria Presidente dos EUA e que o Reino Unido nunca votaria para sair da União Europeia.
Janeiro foi o mês com a maior subida mensal das taxas de juro implícitas das dívidas públicas de França, Itália e Portugal desde meados de 2015, com Portugal claramente na liderança. Para além da referida instabilidade política, o aumento acelerado da inflação e do crescimento económico na zona Euro, suportaram esta subida e deixam antever maiores aumentos das taxas de juro implícitas das dívidas soberanas em 2017.
Por cá continuamos a ver os políticos a desvalorizarem o problema, uma vez que já não é possível continuarem a negá-lo, após o anúncio recente do fim das compras de dívida pelo BCE, previsto para este ano.
O Banco de Portugal divulgou esta semana os dados estatísticos sobre a dívida pública nacional relativos a Dezembro de 2016. Sabemos agora que em 2016, a dívida pública portuguesa bruta aumentou 9,5 mil milhões de euros, atingindo os 241,1 mil milhões de euros, registando assim uma subida de 4,1%. No entanto, a dívida líquida subiu “apenas” 5,5 mil milhões de euros, pois as necessidades de financiamento das administrações públicas foram inferiores ao aumento da dívida.
É agora óbvio que as finanças públicas anémicas, o endividamento público com direito a lugar no pódio da Zona Euro (atrás da Grécia e em disputa com a Itália), os persistentes problemas do sector financeiro e o BCE prestes a atingir o limite de compras de dívida pública portuguesa são decisivos para Portugal estar debaixo de todos os holofotes dos investidores dos tão odiados “mercados” financeiros, que ainda assim continuavam a sustentar a vida dos portugueses acima das reais possibilidades da economia nacional.
A desaceleração das compras de dívida pelo BCE já se fez notar em Dezembro último, tendo passado dos permitidos 1,4 mil milhões de euros para 700 milhões de euros e prevendo-se que diminua para 440 milhões de euros durante este ano, até que desapareça por completo no final de 2017.
Mas tal como sempre, a culpa não deve ser nossa… mais uma vez os mercados, os investidores, o BCE, os alemães e todos no geral estão a ser injustos, para não dizer que são maus e que não gostam de nós… vá-se lá saber porquê!
07.02.2017 às 8h22
PAULO BARRADAS
Expresso
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