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Boas notícias
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Boas notícias
As exportações líquidas só são relevantes na perspetiva nominal e não na real em que entram nas contas do PIB.
A FRASE...
"Centeno: défice não ficará acima de 2,1%."
Jornal de Negócios, 15 de fevereiro de 2017
A ANÁLISE...
No segundo semestre de 2016, a economia portuguesa teve um desempenho muito positivo e que superou largamente as expetativas. Com uma taxa trimestral média de 0,7% nos últimos seis meses do ano passado, Portugal foi das economias mais dinâmicas da área do euro. O turismo e as exportações de bens para uma Europa em franca expansão foram os elementos-chave para tão robusta prestação.
O mau arranque do ano implicou que no seu cômputo a evolução tenha sido menos lustrosa, com a atividade económica a desacelerar face a 2015, ficando abaixo da estimativa inscrita no Orçamento do Estado de 2016.
No que concerne especificamente ao quarto trimestre, o INE estimou a expansão trimestral do PIB em 0,6% e atribuiu esse crescimento ao reforço do consumo privado e à recuperação do investimento, o qual se tinha contraído no terceiro trimestre. Podia dizer-se que a única pecha foi o contributo negativo das exportações líquidas - exportações menos importações - para o crescimento. Mas na verdade, nem isso. As exportações líquidas só são relevantes na perspetiva nominal e não na real em que entram nas contas do PIB. Isto porque as exportações são um mal necessário, cuja única função é financiar as importações com que os residentes satisfazem as necessidades de consumo e de investimento. Ora, as exportações líquidas nominais, ao contrário das reais, tiveram um excelente ano de 2016, com saldos comerciais de bens e serviços aos mais elevados níveis de sempre.
A presente circunstância, que combina um desempenho económico positivo com excedentes comerciais e uma execução orçamental melhor do que o esperado, deveria concorrer para uma redução das taxas de juro implícitas nas obrigações da dívida pública portuguesa, desde que o alívio macroeconómico permitido por estes resultados favoráveis não seja desbaratado em políticas económicas insustentáveis.
Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
José M. Brandão de Brito
20 de fevereiro de 2017 às 21:05
Negócios
A FRASE...
"Centeno: défice não ficará acima de 2,1%."
Jornal de Negócios, 15 de fevereiro de 2017
A ANÁLISE...
No segundo semestre de 2016, a economia portuguesa teve um desempenho muito positivo e que superou largamente as expetativas. Com uma taxa trimestral média de 0,7% nos últimos seis meses do ano passado, Portugal foi das economias mais dinâmicas da área do euro. O turismo e as exportações de bens para uma Europa em franca expansão foram os elementos-chave para tão robusta prestação.
O mau arranque do ano implicou que no seu cômputo a evolução tenha sido menos lustrosa, com a atividade económica a desacelerar face a 2015, ficando abaixo da estimativa inscrita no Orçamento do Estado de 2016.
No que concerne especificamente ao quarto trimestre, o INE estimou a expansão trimestral do PIB em 0,6% e atribuiu esse crescimento ao reforço do consumo privado e à recuperação do investimento, o qual se tinha contraído no terceiro trimestre. Podia dizer-se que a única pecha foi o contributo negativo das exportações líquidas - exportações menos importações - para o crescimento. Mas na verdade, nem isso. As exportações líquidas só são relevantes na perspetiva nominal e não na real em que entram nas contas do PIB. Isto porque as exportações são um mal necessário, cuja única função é financiar as importações com que os residentes satisfazem as necessidades de consumo e de investimento. Ora, as exportações líquidas nominais, ao contrário das reais, tiveram um excelente ano de 2016, com saldos comerciais de bens e serviços aos mais elevados níveis de sempre.
A presente circunstância, que combina um desempenho económico positivo com excedentes comerciais e uma execução orçamental melhor do que o esperado, deveria concorrer para uma redução das taxas de juro implícitas nas obrigações da dívida pública portuguesa, desde que o alívio macroeconómico permitido por estes resultados favoráveis não seja desbaratado em políticas económicas insustentáveis.
Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
José M. Brandão de Brito
20 de fevereiro de 2017 às 21:05
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