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O que ainda falta
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O que ainda falta
Desde 2008, com a crise internacional, os portugueses passaram a familiarizar-se com termos e noções do domínio da atividade económica e financeira, de que em épocas anteriores raramente tinham ouvido falar: sub prime, ativos tóxicos, rendibilidade dos títulos do Tesouro (vulgarizados como juros), mercados primário e secundário de dívida, spreads free aos bund alemães, volumes anuais de desembolso de fatias da dívida, PPP, contratos de hedging do risco cambial, rendas excessivas na energia, etc. O que a irrupção desta linguagem cifrada significa para a generalidade dos portugueses é que as suas vidas se viram fortemente condicionadas, de há 3 anos a esta parte, por uma fortíssima situação de emergência das finanças públicas.
O Tesouro de Portugal voltou, entretanto, a colocar bilhetes do Tesouro a 3 e a 12 meses num montante superior ao indicativo (1,5 mil milhões de euros). A este alargamento em 250 milhões a mais não será alheio o facto de os juros contratados serem notoriamente inferiores aos de operações anteriores na mesma maturidade. Estamos numa nova situação, a da normalidade. Este tema só justifica ser destacado porque essa realidade ainda não entrou na rotina das idas ao mercado por parte do IGCP, aos olhos dos cidadãos deste país.
Passada a emergência financeira, o pior já ficou para trás, em Portugal e na Europa? Nesse campo específico, sim. Mas não menos difícil é o que falta fazer: o de firmar uma economia nacional, sustentável e competitiva, no atual contexto do Tratado Orçamental europeu. Isso só será possível com a energia criativa dos portugueses e não com um clima de desânimo nacional. Até agora, com o agravamento da quebra de rendimentos e de emprego, prevalece o salve-se quem puder no recrudescer da economia informal e de um novo surto migratório.
Só quando assistirmos a uma mobilização produtiva em frente alargada, visível no crescimento do investimento e do emprego se poderá falar, com sentido para a generalidade da população, que os dias do desalento estão ultrapassados.
Os desafios de Felipe
Felipe VI chega ao poder num momento sensível da vida do reino. A crise económica, os escândalos que atingiram a monarquia e lhe retiraram apoios, os movimentos separatistas, como o da Catalunha, são outros tantos desafios a que o jovem monarca tem de dar resposta. Tal como o seu pai, o rei Juan Carlos, foi o garante da jovem democracia, que elementos ligados à velha ordem estavam apostados em destruir, cabe agora a Felipe ajudar a sarar as feridas do seu povo, massacrado pela crise, e dar-lhe ânimo para seguir em frente. Assim como terá também de recuperar a popularidade da monarquia e procurar, pelo diálogo, impedir que o reino se desintegre.
19-06-2014
DN
O Tesouro de Portugal voltou, entretanto, a colocar bilhetes do Tesouro a 3 e a 12 meses num montante superior ao indicativo (1,5 mil milhões de euros). A este alargamento em 250 milhões a mais não será alheio o facto de os juros contratados serem notoriamente inferiores aos de operações anteriores na mesma maturidade. Estamos numa nova situação, a da normalidade. Este tema só justifica ser destacado porque essa realidade ainda não entrou na rotina das idas ao mercado por parte do IGCP, aos olhos dos cidadãos deste país.
Passada a emergência financeira, o pior já ficou para trás, em Portugal e na Europa? Nesse campo específico, sim. Mas não menos difícil é o que falta fazer: o de firmar uma economia nacional, sustentável e competitiva, no atual contexto do Tratado Orçamental europeu. Isso só será possível com a energia criativa dos portugueses e não com um clima de desânimo nacional. Até agora, com o agravamento da quebra de rendimentos e de emprego, prevalece o salve-se quem puder no recrudescer da economia informal e de um novo surto migratório.
Só quando assistirmos a uma mobilização produtiva em frente alargada, visível no crescimento do investimento e do emprego se poderá falar, com sentido para a generalidade da população, que os dias do desalento estão ultrapassados.
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