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A lógica Pony Express
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A lógica Pony Express
O sector financeiro português transformou os decisores políticos portugueses numa espécie de mensageiros do Pony Express: cavalgam rápido para depositar as más notícias nas mãos de alguém que esteja longe do seu raio de acção.
Assim qualquer culpa será sempre de uma posta restante ou de um código postal mal colocado. Com o negócio do Novo Banco mais ou menos resolvido (ou iludido), as atenções viram-se agora para a última fronteira: o Montepio. Nele, Tomás Correia parece ter um secreto prazer em se sentir como uma espécie de último Davy Crockett. Isolado, na rua de Los Alamos, com um "rifle", resistindo, não a mexicanos, mas a uma tribo liderada por quem quer perceber o que aconteceu nestes anos. Tomás Correia quer ser o único herói do mutualismo, aquele que ficará na História do século XXI. O problema é a falta de munições: ou seja, dinheiro.
É isso que faz com que Mário Centeno pareça um ágil mensageiro do Pony Express. Em entrevista recente apressou-se a dizer que: "Estou descansado em relação ao meu trabalho." Ou seja, não tem nada que ver com a Associação Mutualista do Montepio. Como o Banco de Portugal só tem que ver com a Caixa Económica, a batata quente parece repousar agora nas mãos do ministro Vieira da Silva, o último a receber a mensagem do Pony Express. E sem hipótese de a passar para mais ninguém. Assim a solução parece desenhar-se de um formato de veludo, através da Santa Casa e de Santana Lopes. A suavidade poderá vencer o receio de que todos se piquem com a situação em Los Alamos. Ou seja, a equação está agora nas mãos de Vieira da Silva e de Carlos Costa. Mário Centeno olhará de longe, com uma máscara na face para evitar qualquer contaminação. Neste jogo de aparências e desculpas só resta saber o epílogo. Sun Tzu alinhavou, na "Arte da Guerra", uma série de princípios tácticos e estratégicos que se aplicam à guerra e à política. Uma das suas mensagens é profética: "Toda a campanha guerreira deve ser alinhada através da aparência." Não poderia ter mais razão.
Grande repórter
Fernando Sobral | fsobral@negocios.pt
02 de abril de 2017 às 20:00
Negócios
Assim qualquer culpa será sempre de uma posta restante ou de um código postal mal colocado. Com o negócio do Novo Banco mais ou menos resolvido (ou iludido), as atenções viram-se agora para a última fronteira: o Montepio. Nele, Tomás Correia parece ter um secreto prazer em se sentir como uma espécie de último Davy Crockett. Isolado, na rua de Los Alamos, com um "rifle", resistindo, não a mexicanos, mas a uma tribo liderada por quem quer perceber o que aconteceu nestes anos. Tomás Correia quer ser o único herói do mutualismo, aquele que ficará na História do século XXI. O problema é a falta de munições: ou seja, dinheiro.
É isso que faz com que Mário Centeno pareça um ágil mensageiro do Pony Express. Em entrevista recente apressou-se a dizer que: "Estou descansado em relação ao meu trabalho." Ou seja, não tem nada que ver com a Associação Mutualista do Montepio. Como o Banco de Portugal só tem que ver com a Caixa Económica, a batata quente parece repousar agora nas mãos do ministro Vieira da Silva, o último a receber a mensagem do Pony Express. E sem hipótese de a passar para mais ninguém. Assim a solução parece desenhar-se de um formato de veludo, através da Santa Casa e de Santana Lopes. A suavidade poderá vencer o receio de que todos se piquem com a situação em Los Alamos. Ou seja, a equação está agora nas mãos de Vieira da Silva e de Carlos Costa. Mário Centeno olhará de longe, com uma máscara na face para evitar qualquer contaminação. Neste jogo de aparências e desculpas só resta saber o epílogo. Sun Tzu alinhavou, na "Arte da Guerra", uma série de princípios tácticos e estratégicos que se aplicam à guerra e à política. Uma das suas mensagens é profética: "Toda a campanha guerreira deve ser alinhada através da aparência." Não poderia ter mais razão.
Grande repórter
Fernando Sobral | fsobral@negocios.pt
02 de abril de 2017 às 20:00
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