Cartas à Directora

A democracia chegou à Madeira

Os deputados eleitos pelo PSD Madeira propõem aquilo que muitos cidadãos, entre os quais me incluo, exigem, há anos: – círculos eleitorais uninominais, referendos à Constituição, redução do número de deputados, etc.. Isto mostra que prestam atenção às opiniões dos cidadãos. Vamos, portanto, ter melhor democracia!

Mas devo fazer dois reparos a esta iniciativa dos deputados da Madeira:

– primeiro: escolheram o pior momento para proporem a substituição do TC por uma secção do STJ, porque este TC está a demonstrar verdadeira independência do poder político;

– segundo: esqueceram-se de um problema muito mais preocupante, que é o dos abusos que as imunidades permitem; resquício da imunidade (sacrossanta) dos senadores da Antiga Roma, a imunidade não tem qualquer justificação nos tempos actuais, sobretudo num País de eleitores corruptos (nos quais me incluo) e, por consequência, de governantes corruptos.

Por favor, senhores deputados, incluí no rol das vossas preocupações a abolição do maligno artigo constitucional que vos confere imunidade, e pressionai os vossos colegas da Assembleia Regional a levantarem as imunidade aos deputados alvos de processos crime bloqueados em Tribunal por causa desse "cancro" da democracia.

José Madureira, Porto

 

Em Sines acontece

Maio de 2004 ficou na história de Sines com a chegada do primeiro navio de contentores ao Terminal XXI, daquele Porto, o que daria inicio a uma actividade que se tem vindo a revelar um sucesso, que além de contribuir para reduzir os números de desemprego nesta região, tem contribuído também para desenvolver o país.

Proveniente da Bélgica, o navio MSC Cristiana, com um comprimento de 184 metros, foi o primeiro de muitos navios a cujo terminal a Sul de Portugal, em apenas 10 anos, já chegaram mais 4500, somando ao mesmo tempo uma movimentação de Teus, superior a 2.100.000 Teus, e com o mês de Maio de 2014, a acrescentar mais um recorde de 112.979 Teus movimentados.

A modernização e ampliação desta estrutura portuária, é pois uma necessidade que vai permitir a atracação em simultâneo de dois navios de 400 metros, com uma capacidade de 18.000 Teus cada, o que dará uma imagem que importa divulgar como aposta ganha no presente, com reflexos positivos no futuro.

Em 1563 a nossa frota ficou enfraquecida com o afundamento da Nau, Flor de la mar, que estava ao serviço de D. Manuel, mas se naquela época a história ficou manchada com acontecimentos trágicos, hoje podemos também fazer história pelas melhores razões, com uma mudança de página em Portugal.

Américo Lourenço, Sines

30/06/2014 - 00:08
Público