Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 183 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 183 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Ainda há maus chefes
Página 1 de 1
Ainda há maus chefes
Antes de contratar um chefe capaz de gerir a sua equipa com mão de ferro, pense duas vezes
Por incrível que possa parecer, ainda sobrevivem em muitas estruturas profissionais chefes - não são líderes, são mesmo chefes, à antiga - que fazem valer as suas ordens pelo argumento preferido das crianças mimadas.
"Porque sim", "porque eu quero" e "porque eu mando" são a máxima variação da escala argumentativa com que se vai deparar se lhe calhar um destes em sorte. Independentemente da lógica e eloquência das justificações que lhe sejam apresentadas para seguir um rumo diferente, a resposta será sempre a mesma. E o caminho um único: aquele que o chefe definiu - e nem um milímetro ao lado.
Muitas vezes, estes profissionais até têm qualidades: são interessados nos assuntos e empenhados em procurar saídas, reflectem sobre os temas, deitam mãos à obra. Porém, uma vez encontrado um caminho, dificilmente cederão a optar por uma via diferente para um problema semelhante. Por uma razão: tomam toda e qualquer ideia alheia por tentativas de tomada do seu poder. Um poder que é exercido de forma orgulhosamente solitária - coisa que já nem se usa.
O principal efeito deste tipo de atitude - fruto de uma verticalização absoluta da hierarquia - é ser capaz de destruir toda a cadeia de valor de uma empresa. Para começar, porque anula a vontade de pensar dos restantes membros da equipa - se as sugestões não serão ouvidas, para quê ter trabalho a tentar sair da caixa? Por outro lado, em pouco tempo o ânimo e empenho dos trabalhadores que estão sob as ordens de um chefe destes são arrasados. E antes que tenha tempo para se aperceber do problema, a equipa estará reduzida a um conjunto de robôs que se limitam a cumprir escrupulosamente as ordens que lhes são dadas, sem pensar, problematizar ou evoluir.
Ora uma força de trabalho que não se desafia ou melhora torna-se obsoleta, ultrapassada, inútil.
Antes de contratar ou promover um chefe capaz de gerir a sua equipa com mão de ferro, pense duas vezes. Um líder capaz de motivar, delegar e ouvir aqueles que trabalham com ele - e não para ele - será sempre uma melhor escolha.
Em vez de uma pessoa válida a comandar um monte de autómatos, poderá contar com as qualidades e capacidades diversificadas de pelo menos uma dezena de profissionais a trabalhar para o sucesso da sua empresa.
Subdirectora do Diário de Notícias
Escreve à segunda-feira
Escreve de acordo com a antiga ortografia
Por Joana Petiz
22/09/2014 | 23:00 | Dinheiro Vivo
Por incrível que possa parecer, ainda sobrevivem em muitas estruturas profissionais chefes - não são líderes, são mesmo chefes, à antiga - que fazem valer as suas ordens pelo argumento preferido das crianças mimadas.
"Porque sim", "porque eu quero" e "porque eu mando" são a máxima variação da escala argumentativa com que se vai deparar se lhe calhar um destes em sorte. Independentemente da lógica e eloquência das justificações que lhe sejam apresentadas para seguir um rumo diferente, a resposta será sempre a mesma. E o caminho um único: aquele que o chefe definiu - e nem um milímetro ao lado.
Muitas vezes, estes profissionais até têm qualidades: são interessados nos assuntos e empenhados em procurar saídas, reflectem sobre os temas, deitam mãos à obra. Porém, uma vez encontrado um caminho, dificilmente cederão a optar por uma via diferente para um problema semelhante. Por uma razão: tomam toda e qualquer ideia alheia por tentativas de tomada do seu poder. Um poder que é exercido de forma orgulhosamente solitária - coisa que já nem se usa.
O principal efeito deste tipo de atitude - fruto de uma verticalização absoluta da hierarquia - é ser capaz de destruir toda a cadeia de valor de uma empresa. Para começar, porque anula a vontade de pensar dos restantes membros da equipa - se as sugestões não serão ouvidas, para quê ter trabalho a tentar sair da caixa? Por outro lado, em pouco tempo o ânimo e empenho dos trabalhadores que estão sob as ordens de um chefe destes são arrasados. E antes que tenha tempo para se aperceber do problema, a equipa estará reduzida a um conjunto de robôs que se limitam a cumprir escrupulosamente as ordens que lhes são dadas, sem pensar, problematizar ou evoluir.
Ora uma força de trabalho que não se desafia ou melhora torna-se obsoleta, ultrapassada, inútil.
Antes de contratar ou promover um chefe capaz de gerir a sua equipa com mão de ferro, pense duas vezes. Um líder capaz de motivar, delegar e ouvir aqueles que trabalham com ele - e não para ele - será sempre uma melhor escolha.
Em vez de uma pessoa válida a comandar um monte de autómatos, poderá contar com as qualidades e capacidades diversificadas de pelo menos uma dezena de profissionais a trabalhar para o sucesso da sua empresa.
Subdirectora do Diário de Notícias
Escreve à segunda-feira
Escreve de acordo com a antiga ortografia
Por Joana Petiz
22/09/2014 | 23:00 | Dinheiro Vivo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin