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Empreendorismo em momentos de mudança
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Empreendorismo em momentos de mudança
As pessoas com um espírito empreendedor buscam ativamente oportunidades de mudança, em lugar de se acomodarem e esperarem que a mudança aconteça, para se depois se adaptarem a ela.
Os empreendedores questionam a realidade e por isso são muitas vezes os promotores do desenvolvimento. O seu exemplo é frequentemente fonte de inspiração.
Incorporar o espírito empreendedor no ADN de uma organização, significa construir uma equipa de pessoas que não têm medo de se sentar no lugar do condutor e que se sentem igualmente motivadas para se sentarem no lugar do passageiro, quando outros assumem a liderança de um projeto. As raízes desta cultura encontram-se na colaboração que nasce da interconectividade.
É mais comum encontrarmos este espírito nas estruturas ágeis das “start up’s” e talvez por isso sejam elas os motores da mudança de paradigma nos negócios, provocando a morte antecipada de alguns gigantes da indústria onde operam. Quando o negócio começa a crescer, esse espírito tende a perder-se. A burocracia aumenta com a crescente complexidade das dores de crescimento. As estruturas tornam-se mais pesadas e o negócio começa a sentir que tem mais a perder com a mudança. São então contratados gestores profissionais para criarem estruturas funcionais e de controlo que passam a ditar comportamentos e a própria interligação entre pessoas e departamentos. Depois são introduzidas medidas financeiras que criam aversão ao risco. Os mais disruptivos saem para montar o seu próprio negócio. Outros inicialmente movidos por sonhos e paixões, acomodam-se e com o tempo ganham os vícios que são impeditivos da inovação e não são capazes de mais do que mudanças incrementais. Perdem qualidades em nome da “carreira.”
Face ao cenário atual em que vivemos, este processo de crescimento é contra-intuitivo. Em primeiro lugar vivemos num mercado cada vez mais fragmentado e as mudanças que podem afetar o negócio positivamente ou negativamente são cada vez mais difíceis de prever. O crescimento de um negócio no mundo de hoje deixou de ser compatível com estruturas de controlo apertadas e com a rigidez de processos. Basta observar as empresas de maior dimensão que se mantêm competitivas no mercado global: Apple, Virgin, Google e Zappos, para nomear apenas algumas. Todas elas se distinguem pelo espírito empreendedor e pela busca do equilíbrio entre o crescimento e a agilização das suas estruturas. Outros gigantes seguem a mesma estratégia. A Procter and Gamble tem um empreendedor corporativo cuja função é procurar inovação no exterior e utilizar as capacidades internas para criar novos negócios.
Um empreendedor é uma pessoa com ideias e paixões que observa as necessidades do mundo e decide agir. Nasce das pessoas visionárias com sonhos e paixões.
Muitos possuíam estas qualidades na infância e viram os seus sonhos perder importância como resultado de uma sociedade, pais e escolas que estão a errar na educação para um novo mundo. Por um lado, a escola, com algumas exceções, não aproveita o potencial das crianças e dos jovens, preparando-os para virem a ser empreendedores. Do lado dos pais, muitos acham ainda que o que é importante é preparar os filhos para tirar um curso superior e ir trabalhar para uma organização. Raramente estimulam as paixões que os movem. Algumas universidades, felizmente já estão a ser lançadas as sementes de projetos pioneiros que contrariam esta tendência, ainda constroem os seus programas curriculares com o intuito de preparar gestores à luz do velho paradigma.
Em suma, não se criam as condições indispensáveis para que o espírito empreendedor, um potencial de qualquer ser humano, se manifeste. Sucede que cada vez mais empresas querem aliar o espírito empreendedor à sua cultura interna e para isso necessitam de contratar pessoas com um quociente de mudança elevado. Dentro de poucos anos, prevê-se que este quociente esteja na base da contratação de talentos e gestores.
SOFIA COSTA QUINTAS, DIRETORA-GERAL DA ASK FOR ALCHEMY
2014/10/10 00H15
OJE.pt
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