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Portugal perdido
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Portugal perdido
Infelizmente Portugal demora muito tempo a realizar os ajustamentos estruturais que necessitam de ser feitos.
O caso do BES é mais um dos exemplos prementes, pois bastava em 2012, ter-se olhado para alguns indicadores para se ficar com algumas dúvidas sobre o que se poderia estar a passar no Banco. Em 2012 a CGD, o Banif e o Millennium BCP apresentaram resultados líquidos negativos. No entanto, o BES, que tinha uma cultura ainda mais agressiva no passado ao nível comercial, o que poderia significar problemas adicionais ao nível da valoração dos colaterais, apresentou um resultado líquido positivo de 96 milhões de euros, quando no ano anterior, tinha tido um valor negativo de 109 mil milhões. Talvez tivesse valido a pena questionar o porquê desta súbita subida de lucro quando não existia qualquer enquadramento económico que o justificasse. Mas optou-se por nada se fazer, talvez com receios dos efeitos que tal teria na economia. Tudo isto tem impacto na economia, e quanto mais tarde soubermos, pior. Foi o que aconteceu agora. Quando se apontava para alguma recuperação da economia, temos 4,9 mil milhões de euros que são colocados no BES; um crédito mal parado de 14,7% e uma estimativa de crescimento do PIB de 1,5% para 2015, assente na expectativa de que o investimento das empresas e as exportações vão crescer. Ora, as empresas só investem se existir um contexto favorável e as exportações só crescem se a atividade económica da Europa também subir. Numa economia onde o estado demora em média 129 dias a pagar aos seus fornecedores e as empresas cerca de 83; onde as previsões europeias apontam para uma taxa de desemprego em 2015 de 16,5% e para um crescimento da zona euro de 1,8%, então estão reunidas as condições para que, Portugal seja considerada uma economia fraca onde a única vantagem de investimento será a aposta na especulação. Na realidade, a Fitch até está a analisar bem a coisa: não sabemos mesmo o que vai acontecer à economia portuguesa nos próximos 2 anos, e como tal somos apenas um bom local para especuladores investirem. É triste pensar que foi isto que uma abordagem liberal conseguiu fazer à economia. Faltou a presença da social democracia em todo este modelo.
Sofia Santo
00.04 h
Económico
O caso do BES é mais um dos exemplos prementes, pois bastava em 2012, ter-se olhado para alguns indicadores para se ficar com algumas dúvidas sobre o que se poderia estar a passar no Banco. Em 2012 a CGD, o Banif e o Millennium BCP apresentaram resultados líquidos negativos. No entanto, o BES, que tinha uma cultura ainda mais agressiva no passado ao nível comercial, o que poderia significar problemas adicionais ao nível da valoração dos colaterais, apresentou um resultado líquido positivo de 96 milhões de euros, quando no ano anterior, tinha tido um valor negativo de 109 mil milhões. Talvez tivesse valido a pena questionar o porquê desta súbita subida de lucro quando não existia qualquer enquadramento económico que o justificasse. Mas optou-se por nada se fazer, talvez com receios dos efeitos que tal teria na economia. Tudo isto tem impacto na economia, e quanto mais tarde soubermos, pior. Foi o que aconteceu agora. Quando se apontava para alguma recuperação da economia, temos 4,9 mil milhões de euros que são colocados no BES; um crédito mal parado de 14,7% e uma estimativa de crescimento do PIB de 1,5% para 2015, assente na expectativa de que o investimento das empresas e as exportações vão crescer. Ora, as empresas só investem se existir um contexto favorável e as exportações só crescem se a atividade económica da Europa também subir. Numa economia onde o estado demora em média 129 dias a pagar aos seus fornecedores e as empresas cerca de 83; onde as previsões europeias apontam para uma taxa de desemprego em 2015 de 16,5% e para um crescimento da zona euro de 1,8%, então estão reunidas as condições para que, Portugal seja considerada uma economia fraca onde a única vantagem de investimento será a aposta na especulação. Na realidade, a Fitch até está a analisar bem a coisa: não sabemos mesmo o que vai acontecer à economia portuguesa nos próximos 2 anos, e como tal somos apenas um bom local para especuladores investirem. É triste pensar que foi isto que uma abordagem liberal conseguiu fazer à economia. Faltou a presença da social democracia em todo este modelo.
Sofia Santo
00.04 h
Económico
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