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As leis do poder. Religião, imigração e tolerância
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As leis do poder. Religião, imigração e tolerância
“Não podemos resignar-nos a um Médio Oriente sem cristãos, que professaram o nome de Jesus ali durante dois mil anos” Declaração conjunta do Papa Francisco e do patriarca ortodoxo Bartolomeu I
No século xxi, a intolerância religiosa tem-se feito sentir de forma acentuada em vários continentes. Mais nuns que noutros, é certo. Mas tem assumido contornos que ultrapassam os limites do que é tolerável no século do movimento dos povos, em que a circulação de pessoas é inexorável, independentemente das suas motivações e das suas origens territoriais. Até porque o fenómeno das migrações tem na variável religiosa uma das suas razões mais determinantes para a sua qualificação e projecção futura, a par de outras variáveis igualmente relevantes ou mais, como são os casos da sua percepção e catalogação política, económica, social, cultural e antropológica.
Esta vaga de intolerância, que impende sobre a religião e sobre a imigração, tem aspectos que não devemos deixar de abordar em tempos tão complexos, exigentes e de perda (muitas vezes) de valores de vida, em que o diálogo inter-religioso deve estar acima de querelas e rivalidades. Aliás, a ciência das religiões permite-nos perceber, enquadrar, valorar e projectar como foi, é e será importante a religião nas várias sociedades contemporâneas. De resto, não é despiciendo que se tenha presente que, enquanto em muitas sociedades, em pleno século XXI, a religião é em regra a resposta, no Ocidente, em particular na Europa (mais na velha que na nova) a religião é a dúvida. Aliás, na senda do relativismo e dos seus filhos dilectos que são o materialismo (em certo sentido meio escondido) e o generalismo dos pensamentos e das opiniões estruturadas em meia dúzia de palavras e linhas. Exemplos não faltam. A propósito de quase tudo. Da onda de laicismo contra os símbolos religiosos à proibição dos véus, passando pela estigmatização dos valores de vida católicos, pelo esquecimento jurídico comunitário nos tratados europeus, da nossa herança cristã na Europa, etc.
O mais curioso é que a religião maioritária durante séculos na Europa e com sede nas terras europeias é a mais perseguida no mundo neste momento. Bem se poderá perguntar se os europeus dela não cuidam o que fará os de fora. Veja-se o que se passa com as perseguições em barda aos cristãos no Médio Oriente. Terra onde o cristianismo nasceu. Jesus Cristo nasceu na Palestina e muitos dos seus seguidores em vários dos países onde hoje ser cristão é ter passaporte para a morte. Abraão nasceu no Iraque, S. Paulo no que é hoje a Turquia, etc.
Razão teve o Papa Francisco ao afirmar e pedir, quer em Estrasburgo, quer em Istambul, que se acabe com este esquecimento, esta mortandade e intolerância. Será que mesmo os laicos com responsabilidades o percebem? Ou como muitos europeus, da europa cristã, já só estão a pensar na Europa natalícia, das pontes, dos feriados, das prendas, das festas, da comida e da bebida? Fazendo e pensando o mesmo em relação à imigração, de que tanto precisa a Europa, velha e consumista?
Imigração nos EUA
A ordem executiva que o presidente dos EUA anunciou, com vista a travar deportações de milhões de imigrantes, é uma decisão corajosa e que considero muito pertinente. Ao contrário do que se sugere nesse debate americano sobre a temática, o futuro dos americanos e da América está inexoravelmente associado à forma como a sua política pública de imigração for aplicada. A imigração, também nos EUA, é uma oportunidade. Para os estrangeiros e para os americanos.
Lampedusa – o cemitério mediterrânico
A fortaleza europeia, alimentada pela veia securitária, continua a fazer de Lampedusa e do Mediterrâneo um grande cemitério, para nossa vergonha. O colapso da Líbia, da Síria e de outros países do Norte de África continua a fazer da costa sul europeia um território da morte, do desespero e do sofrimento. Quando é que os europeus irão meter as mãos nas suas coincidências?
Suíça e migrações
A obsessão suíça contra os imigrantes está a fazer com que os referendos se realizem uns atrás dos outros. Desta vez, no passado fim-de-semana, foram às urnas e reprovaram mais limites à entrada de estrangeiros – aliás de que precisam para fazer com que a sua economia mantenha o crescimento acima da média de muitos países europeus. Até quando?
A Subir
União das igrejas católicas
A visita do Papa Francisco à Turquia teve vários efeitos. Um dos mais importantes é sem dúvida o reinício do diálogo e da união das igrejas católicas. Rumo à plena comunhão. A declaração conjunta, assinada pelo patriarca ortodoxo Bartolomeu I e pelo Papa Francisco é um importante sinal, após a sua separação com o Grande Cisma de 1054.
Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR)
Segundo o ACNUR, existem 10 milhões de apátridas. Isso mesmo. Dez milhões de pessoas que não têm país. Esta exclusão silenciosa, em pleno século xxi, vai ser uma das prioridades das Nações Unidas na próxima década. Um desafio que deve merecer dos estados e das organizações internacionais, toda a atenção.
A Descer
Intolerância religiosa
O que se tem passado em vários territórios e “países”
do Médio Oriente com perseguições e massacres religiosos por parte sobretudo do Estado islâmico (EI) é vergonhoso. O mundo não pode continuar a fechar os olhos a uma situação gravíssima, que poderá alastrar a vários outros territórios do mundo. Com epicentro no Médio Oriente.
David Cameron
O tempo passa e o primeiro--ministro inglês continua o seu caminho de minar e pôr em causa um dos pilares mais importantes do projecto europeu – a livre circulação de pessoas dos vários países membros da União Europeia. Nos últimos dias as instituições da Europa para o contrariar falaram tão baixo que se teme o pior.
Por Feliciano Barreiras Duarte
publicado em 3 Dez 2014 - 08:00
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