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Ideologia aparte...
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Ideologia aparte...
Não, não sou de esquerda. Nem tão pouco alinho no pensamento e na visão do Sryza para a Grécia. Aliás, estou distante desse posicionamento e não gostava de ver o meu país seguir por um via extremada, tal como é proposta por esse Partido.
Mas, nasci um ano antes da entrada de Portugal para a então CEE. Já lá estavam os gregos. Eram membros de uma organização que tinha como pergaminhos a solidariedade, o humanismo e um sonho comum de paz e progresso para todos.
Parece que o sonho deu origem a um enorme pesadelo. Para além das enormes diferenças entre os Estados membros, temos uma União Europeia a várias velocidades.
E por ter nascido dentro desta Comunidade Europeia, não posso ver com bons olhos a pressão que alguns políticos têm exercido sobre a Grécia, como Angela Merkel ou Durão Barroso.
Cada Estado-membro da União Europeia tem na democracia a sua forma de governo.Já dizia Winston Churchill "Democracy is the worst form of government, except for all those other forms that have been tried from time to time". O voto popular escolhe quem nos governa. Ora, não admito que a Chanceler Merkel, legitimamente eleita pelos cidadãos alemães, venha condicionar a escolha de quem deve governar na Grécia ou em qualquer outro país europeu.
Esta histeria, alemã e de certos círculos eurocráticos, demonstra singelamente que não há estratégia europeia. Não há visão de futuro e não há capacidade da União perceber que no seu núcleo decisório, representando o respectivo país e povo, entra quem o povo de cada país decide no sufrágio livre e democrático. E é nesse sentido que devemos respeitar os eleitos de cada Estado-Membro, não significando isso que automaticamente estejam certos e que concordemos com tudo aquilo que propõem.
Quando muitos afirmam que não há, na Europa, dos nossos dias, líderes com estatura, este é só mais um dos maus exemplos que por aí pululam.
Quem teme a mudança num país por temer riscos para o projecto europeu e para a moeda única só põe a nu as fragilidades democráticas desse mesmo projecto.
Na Europa a união faz-se na diversidade. É um projecto tão grandioso e simultaneamente tão complexo que deve ter uma política de inclusão e diálogo e não um rumo estipulado exclusivamente pelo Directório europeu. Não é com voz grossa que se combatem os extremismos. É com inteligência e flexibilidade. Coisas deficitárias em muitos líderes europeus.
O Sryza ou outro Partido que respeite a democracia e se paute por lutar em prol do povo que representa deve ter todo o direito a ser Governo e tomar as suas opções, com as devidas consequências. Isto é liberdade, isto é a democracia: liberdade e responsabilidade. A liberdade é o fosso que separa o mundo ocidental dos outros recantos do mundo onde governam regimes mais "musculados".
É bom não esquecer que a Grécia, no final da Segunda Guerra Mundial, tendo sido devastada pela Alemanha abdicou de receber reparações de guerra. A história devia ser melhor estudada e compreendida.
Na vida é preciso cuidado. Se hoje estamos em cima, amanhã poderemos estar em baixo.
Juízo Europa.
Je suis Charlie
O que se passou na semana passada foi tão violento e tão bárbaro que nos tocou e emocionou a todos. A liberdade é um bem inestimável. É um pilar central de qualquer democracia. Que se ergam todas as canetas e lápis deste mundo. A palavra será sempre mais forte e mais poderosa do que qualquer bala.
Em França abriu-se, com terreno mais fértil para os ódios, o caminho para Marine Le Pen. Via aberta ao radicalismo e xenofobia.
Eu ainda acredito na democracia, na dignidade e no valor da vida humana e num mundo plural, com respeito pelas diferentes crenças, religiões e em que todos respeitem o seu espaço. Todavia o respeito não deve limitar absolutamente a actuação no espaço público democrático onde todos possam brincar, mesmo que ridicularizando e afrontando, criticar, falar e discutir.
Não há direito a tirar vidas humanas, porque há um insulto, a polémica faz parte da vida democrática. Em sociedade, e isso separa-nos da barbárie, a resposta não é a acção directa são os tribunais, guiados pelas leis democraticamente aprovadas e escrutinadas, que devem dirimir o conflito e avaliar a ofensa dos que se julgam lesados.
Porque, de facto, se a liberdade tivesse dono seria uma ditadura.
7:00 Segunda feira, 12 de janeiro de 2015
Expresso
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