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A TAP da ideologia
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A TAP da ideologia
Não consta que as funções de soberania do Estado incluam a propriedade de uma companhia de aviação comercial. Também não sinto que o contribuinte deseje ardentemente ser sócio maioritário de uma tal companhia. Como em tudo na vida material, o que o cidadão médio espera de um meio de transporte aéreo é que lhe preste um serviço com um módico de qualidade, de eficiência e de segurança. E que o binómio custo-benefício seja satisfatório e razoável face à oferta. Ninguém, salvo António-Pedro Vasconcelos, vai esguedelhar-se para viajar especificamente nesta ou naquela companhia por causa da "bandeira" ou da "estratégia", ou porque o avião se chama "Humberto Delgado". A TAP estava famosamente falida.
Tanto assim que, mal entraram alguns milhões na empresa por conta da alienação da posição maioritária do Estado, o grosso deles foi logo gasto. As imposições comunitárias nesta matéria, bem como a periclitante saúde das finanças públicas domésticas, para já não falar no mais puro bom senso, aconselhavam a concluir o processo iniciado com a governação Guterres. Todavia, a "ideologia" e as circunstâncias pós-eleitorais falaram mais alto e as esquerdas querem reverter o negócio para, "com ou sem acordo", devolver patrioteiramente aos contribuintes algo que eles dispensam: ser "donos" da TAP ou pagar indemnizações e custos judiciais brutais por voltar a ser. O ministro Pedro Marques é uma das melhores cabeças do Executivo e, decerto, ponderará tudo isto, apesar da "ideologia" e da política. Porque as coisas chegaram ao que chegaram por anos e anos de porfiada largueza de mãos e de estreiteza de espírito. Aqueles que assinam manifestos e petições, ou entregam providências cautelares por dá cá aquela palha, ainda vivem na galáxia exaurida da subsídio-dependência, da qual nunca chegaram a sair. São os mesmos a circular de empresa em empresa "pública", aos berros, sempre a meio caminho entre a irresponsabilidade e a "ideia" bronca da solvência permanente do Estado.
Talvez não lhes fizesse mal escutar, por exemplo, o dr. Jorge Coelho, que é insuspeito de ser reaccionário ou daltónico político na questão da TAP. O resto é como escreveu Vasco Pulido Valente, há uns meses. "A lusofonia, de facto, não existe e a TAP esta(va) falida. Não importa: a nossa putativa importância no Mundo continua a ser um bom pretexto para o sentimentalismo de cançoneta e algumas palhaçadas na praça pública. O contribuinte, esse, que se lixe".
O autor escreve segundo a antiga ortografia
21.12.2015
JOÃO GONÇALVES
Jornal de Notícias
Tanto assim que, mal entraram alguns milhões na empresa por conta da alienação da posição maioritária do Estado, o grosso deles foi logo gasto. As imposições comunitárias nesta matéria, bem como a periclitante saúde das finanças públicas domésticas, para já não falar no mais puro bom senso, aconselhavam a concluir o processo iniciado com a governação Guterres. Todavia, a "ideologia" e as circunstâncias pós-eleitorais falaram mais alto e as esquerdas querem reverter o negócio para, "com ou sem acordo", devolver patrioteiramente aos contribuintes algo que eles dispensam: ser "donos" da TAP ou pagar indemnizações e custos judiciais brutais por voltar a ser. O ministro Pedro Marques é uma das melhores cabeças do Executivo e, decerto, ponderará tudo isto, apesar da "ideologia" e da política. Porque as coisas chegaram ao que chegaram por anos e anos de porfiada largueza de mãos e de estreiteza de espírito. Aqueles que assinam manifestos e petições, ou entregam providências cautelares por dá cá aquela palha, ainda vivem na galáxia exaurida da subsídio-dependência, da qual nunca chegaram a sair. São os mesmos a circular de empresa em empresa "pública", aos berros, sempre a meio caminho entre a irresponsabilidade e a "ideia" bronca da solvência permanente do Estado.
Talvez não lhes fizesse mal escutar, por exemplo, o dr. Jorge Coelho, que é insuspeito de ser reaccionário ou daltónico político na questão da TAP. O resto é como escreveu Vasco Pulido Valente, há uns meses. "A lusofonia, de facto, não existe e a TAP esta(va) falida. Não importa: a nossa putativa importância no Mundo continua a ser um bom pretexto para o sentimentalismo de cançoneta e algumas palhaçadas na praça pública. O contribuinte, esse, que se lixe".
O autor escreve segundo a antiga ortografia
21.12.2015
JOÃO GONÇALVES
Jornal de Notícias
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