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Nem tanto ao mar, nem tanto à terra
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Nem tanto ao mar, nem tanto à terra
Portugal não está tão mal como António Costa o pinta nem tão bem como Pedro Passos Coelho o vende. É basicamente esta a conclusão das afirmações do líder do PS à evolução positiva da economia nos últimos quatro anos e a avaliação da Comissão Europeia à situação macroeconómica do país, agora sob vigilância.
A forma e a substância. É a diferença entre uma declaração (in)conveniente do líder do PS perante investidores estrangeiros muito relevantes e um relatório da Comissão Europeia que resulta, ele próprio, de uma avaliação prévia e aprofundada ao país. Os dois não têm o mesmo valor, mas têm mesmo o mesmo impacto político. Porque o País está melhor do que há quatro anos, mas ainda não ultrapassou alguns dos seus problemas mais graves.
Um programa de ajustamento tem o objectivo de corrigir desequilíbrios, foi, sabe-se, longe demais e ‘exigiu' uma recessão superior à necessária, com desemprego. O que Costa disse em privado, e não diz em público, é que, depois deste esforço, o país está mais equilibrado hoje, depois de ter crescido de forma artificial durante anos, o programa foi um mal necessário, mas o ponto mais baixo já foi ultrapassado. Os números provam-no. Chegámos a 2011 a precisar de assistência externa e em risco de bancarrota, hoje o Estado financia-se a taxas historicamente baixas. E só o cinismo político pode justificar o argumento que tudo se deve ao BCE, que o digam os gregos.
António Costa justifica a afirmação pelo facto de estar a falar para uma comunidade de investidores, mas se não acredita no que disse, ainda é pior. Se acredita, o copo está, afinal, meio-cheio, o que é um problema para um líder da oposição.
Afinal, em que ficámos? A Comissão Europeia dá a resposta. Depois de Portugal ser usado como exemplo do bom aluno da ‘troika' contra a Grécia, os riscos estão aí e não são apenas externos, como diz o primeiro-ministro. Portugal foi identificado como um dos 16 países com desequilíbrios graves. Em concreto, o endividamento externo, o privado, o público e a taxa de desemprego. São indicadores que pioraram e nos levaram ao programa de ajustamento com a ‘troika' e começaram a melhorar, alguns logo em 2012, o desemprego apenas em 2014. Mas estão ainda acima dos níveis adequados e, em seis níveis de gravidade, Portugal integra um lote de cinco países no quinto.
Para já, Portugal está apenas sob vigilância, mas o Governo precisa de tomar novas medidas correctivas, sob pena de cairmos numa situação de Procedimento por Desequilíbrios Excessivos ainda em 2015, tão grave como o dos défices excessivos, em que ainda estamos.
António Costa
00.06 h
Económico
A forma e a substância. É a diferença entre uma declaração (in)conveniente do líder do PS perante investidores estrangeiros muito relevantes e um relatório da Comissão Europeia que resulta, ele próprio, de uma avaliação prévia e aprofundada ao país. Os dois não têm o mesmo valor, mas têm mesmo o mesmo impacto político. Porque o País está melhor do que há quatro anos, mas ainda não ultrapassou alguns dos seus problemas mais graves.
Um programa de ajustamento tem o objectivo de corrigir desequilíbrios, foi, sabe-se, longe demais e ‘exigiu' uma recessão superior à necessária, com desemprego. O que Costa disse em privado, e não diz em público, é que, depois deste esforço, o país está mais equilibrado hoje, depois de ter crescido de forma artificial durante anos, o programa foi um mal necessário, mas o ponto mais baixo já foi ultrapassado. Os números provam-no. Chegámos a 2011 a precisar de assistência externa e em risco de bancarrota, hoje o Estado financia-se a taxas historicamente baixas. E só o cinismo político pode justificar o argumento que tudo se deve ao BCE, que o digam os gregos.
António Costa justifica a afirmação pelo facto de estar a falar para uma comunidade de investidores, mas se não acredita no que disse, ainda é pior. Se acredita, o copo está, afinal, meio-cheio, o que é um problema para um líder da oposição.
Afinal, em que ficámos? A Comissão Europeia dá a resposta. Depois de Portugal ser usado como exemplo do bom aluno da ‘troika' contra a Grécia, os riscos estão aí e não são apenas externos, como diz o primeiro-ministro. Portugal foi identificado como um dos 16 países com desequilíbrios graves. Em concreto, o endividamento externo, o privado, o público e a taxa de desemprego. São indicadores que pioraram e nos levaram ao programa de ajustamento com a ‘troika' e começaram a melhorar, alguns logo em 2012, o desemprego apenas em 2014. Mas estão ainda acima dos níveis adequados e, em seis níveis de gravidade, Portugal integra um lote de cinco países no quinto.
Para já, Portugal está apenas sob vigilância, mas o Governo precisa de tomar novas medidas correctivas, sob pena de cairmos numa situação de Procedimento por Desequilíbrios Excessivos ainda em 2015, tão grave como o dos défices excessivos, em que ainda estamos.
António Costa
00.06 h
Económico
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