Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 410 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 410 visitantes :: 2 motores de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
FMI – vão em paz e que o Sr. Subir vos acompanhe
Página 1 de 1
FMI – vão em paz e que o Sr. Subir vos acompanhe
E quando a voz de uma instituição como o FMI se reduz à voz do senhor Subir, mesmo que do Fundo seja, sentimos o látego do vento e queremos ser definitivamente livres
Em 2011, quando, no fio da navalha, o governo Sócrates já nada mais conseguia esconder debaixo do tapete, acabado o dinheiro, esgotados os recursos, fomos obrigados a pedir uma tábua de salvação. Estendemos a mão, magoámo-nos dos pregos desta mesma tábua e colocámo-nos na dependência dos nossos credores-salvadores. O FMI, o BCE e a CE, reunidos em troika, ditaram as condições para podermos sobreviver ao naufrágio.
Quando o que se tem não chega e o desastre é total, só nos resta pedir dinheiro emprestado para pagar as dívidas contraídas. Ficamos diminuídos na nossa liberdade, limitados na autonomia, espartilhados nas opções.
Se a alguém passava pela cabeça que esta continuava a ser a terra do mel, a experiência ensinou-o.
O “programa” exigia cortes na despesa em geral, particularmente nos salários e nas pensões e aumenta da receita, o que não podia deixar de significar aumentos nos impostos.
As privações por que os portugueses passaram nos últimos anos marcaram-nos, não se esquecem facilmente.
Diz o senhor Subir, do Fundo, que o “programa” foi um êxito. Há recuperação económica, há algumas reformas, há subida da competitividade, há inversão para a descida da taxa de desemprego, há uma descida das taxas de juro a valores nunca vistos, há procura de dívida pública em melhores condições, há, como dizia a senhora ministra das Finanças, cofres cheios para finalmente pagar a dívida.
Consciente de que a sua intervenção directa nas condições impostas terminou com o fim do resgate, o senhor Subir, do Fundo, faz-nos sentir a indispensabilidade da sua supervisão e do seu acompanhamento crítico.
E não se coíbe de dar entrevistas e conferências de imprensa para tornar mais marcantes as suas opiniões e, estranhamente, colocar os mercados de pé atrás.
Há perigos, há incertezas, há dúvidas sobre o caminho futuro.
E, num país em que o valor do salário mínimo é o que é e em que as condições dos mais pobres e vulneráveis são o que são, o senhor Subir, do Fundo, é contra a subida daquele salário mínimo. Um erro, uma medida ao contrário em relação ao resultado pretendido, afirma.
Não queria o senhor Subir, do Fundo, que se aumentasse em quinze euros por mês quem menos tem e mais privações passa, que não vive, sobrevive.
Lembra-nos que estamos obrigados a ouvir a voz do credor, mesmo que essa seja a voz da insensibilidade. Esquece que um país só se governa em estabilidade social.
Razão tem a ministra das Finanças em querer antecipar o pagamento de quanto devemos a estes senhores, sobretudo a senhores destes.
Não sendo inconscientes, sabemos que o país irá continuar a ter muitas dificuldades nos anos próximos, mas anima-nos a ideia de que a concertação social pode realizar um trabalho útil, pode criar condições para o equilíbrio, agora na subida do salário mínimo, amanhã na responsabilidade social das empresas.
Cada investimento a mais, gerador de emprego, é um FMI a menos. E, no dia em que se aliar a acção do governo responsável com a percepção das condições de crescimento por parte de todos os intervenientes (patrões, trabalhadores, financiadores), o FMI passará à história. Nesse mesmo dia, talvez a União Europeia também seja diferente e mais solidária. Difícil é o caminho para a fuga às dependências. Não é diferente na dependência financeira.
E quando a voz de uma instituição como o FMI se reduz à voz do senhor Subir, mesmo que do Fundo seja, sentimos o látego do vento e queremos ser definitivamente livres.
Desta vez, o prazer é todo nosso, nós acompanhamos-vos à porta Sr. Subir Lall.
Não precisam de voltar!
Deputado do PSD
Escreve à sexta-feira
Por Nuno Encarnação
publicado em 20 Mar 2015 - 09:55
Jornal i
Tópicos semelhantes
» Subir a estrada
» Dívida de Portugal a subir a 2, 5 e 10 anos
» Mapa quantifica pela primeira vez água escondida debaixo da terra no mundo
» Dívida de Portugal a subir a 2, 5 e 10 anos
» Mapa quantifica pela primeira vez água escondida debaixo da terra no mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin