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O desespero do cidadão comum
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O desespero do cidadão comum
Escândalos sobre escândalos, demissões sobre demissões, “esquecimento” e “insignificâncias”, “desculpas” sobre “desculpas”, informações erradas sobre informações que não estão correctas, enfim, que dizer, mais do que já não se aguenta? É verdade, a situação não é brilhante para o cidadão comum neste país. Mais grave ainda nesta Europa. Se pensarmos no mundo, então a coisa ainda piora. Estamos realmente a atravessar um momento muito down. Há um filme com Alec Guiness, da década de 60, cujo título (quase) podia aplicar-se agora: “Situação desesperada... mas não grave” (Situation Hopeless... But Not Serious). Infelizmente a situação é desesperada e grave.
No caso português, governo e Presidente da República não poderiam estar mais desgastados. Há os irredutíveis e os apoiantes de toda a hora (há os inconscientes também), mas pouco mais. Mesmo assim, mais do que se poderia esperar. Depois há todos os outros à espera das eleições. E nós à espera deles. Para que algo mude, mas que sobretudo mude, para não ficar tudo na mesma. António Costa foi uma esperança, há uns meses, mas está a desbaratar esse capital de expectativa. Pode compreender-se a táctica, mas nesta altura começa muita gente a desesperar. Quanto aos movimentos mais à esquerda, Yanis Varoufakis com a sua rábula no “Paris Match” deixou o seu povo estupefacto. Não foram os peixes fritos, o vinho branco e a mulher modelo que criaram o facto. Nem a casa com vista para a Acrópole. Foram as poses do casal a armar a vedetas de revistas cor-de-rosa que destoaram no cenário da crise grega. Aquela necessidade de se pôr em pontas de pés para chegar à fotografia não lembra a ninguém, muito menos a quem tinha a comunicação social de todo o mundo a acompanhá-lo de perto.
Será que neste momento na Europa e no mundo não há leaders em quem apostar? Vivemos momentos difíceis, acredito. Este vasculhar do passado de toda a gente deixa os melhores fora dos elegíveis. Quase ninguém está para ser enxovalhado publicamente por isto ou por aquilo e, sejamos claros, não há ninguém impoluto. Faz parte da condição humana, e eu não sei se gostaria de ser governado por um puritano imaculado. Mas que diabo, ficar só a mediocridade arrivista e alguns espertalhões que se julgam acima de toda a suspeita (e, sim, meia dúzia de simpáticos honestos que ainda persistem em servir a comunidade) dá que pensar e desesperar.
Não fiquem depois espantados por existir uma abstenção recorde. Não se esqueçam também que esse é o maior perigo. Aos abstencionistas ninguém os controla.
Escreve à sexta-feira
Por Lauro António
publicado em 20 Mar 2015 - 09:51
Jornal i
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