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Henrique Neto: Novo terminal no Barreiro “não serve para nada”
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Henrique Neto: Novo terminal no Barreiro “não serve para nada”
Crítico da aposta nas obras públicas da última década, o candidato à presidência, considera que o interesse na construção do terminal no Barreiro não está explicado. E crítica os “interesses organizados”.
"Está-se a pensar fazer um porto no Barreiro, que não serve para nada", afirmou Henrique Neto, candidato a Presidente da República, num encontro com jornalistas esta segunda-feira em Lisboa. O empresário e membro do partido socialista diz que o sistema político esteve sempre refém de "interesses organizados".
"No momento em que todas as grandes cidades estão a tirar as grandes infraestruturas para fora, nós queremos fazer um grande porto no Barreiro. Para que serve? Em que estratégia é que se insere?", questiona o candidato.
Segundo lhe explicou o Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, "é um investimento privado", relata. E replica: "Se existe investimento privado interessado no porto, era interessante que dissessem qual é o objectivo".
Henrique Neto promete que, se for Presidente, "terão de ser bem explicados ao País quais os objectivos e custos dos grandes investimentos".
O ministro da Economia, Pires de Lima, anunciou no final de Fevereiro a opção pelo Barreiro para a construção do novo terminal de contentores de Lisboa. Um projecto que irá beneficiar 11 concelhos da região e empresas como a Siderurgia Nacional e a Cimpor. Ainda antes do anúncio, a Ordem dos Engenheiros veio alertar para a possibilidade de os custos da obra chegarem aos 827 milhões de euros, muito acima dos cerca de 600 milhões avançados pelo Executivo.
Contrário ao investimento no Barreiro, Henrique Neto defende o investimento no terminal de contentores de Sines, que considera poder ser um grande motor de investimento estrangeiro, atraindo novas indústrias para o País. "Já perguntei ao primeiro-ministro porque não foi aprovado o investimento de 130 milhões da PSA no alargamento do cais do porto de Sines. E há ainda o investimento no cais seguinte, o Vasco da Gama".
"Interesses organizados"
"Não desejo ser uma força de bloqueio, é coisa que não me passa pela cabeça. Mas se houver projectos contraditórios, como o porto do Barreiro, vão ter de me ouvir", afiançou Henrique Neto, que antes já tinha apontado a existência de "interesses organizados", entre o poder político e as empresas.
A rede de postos de carregamento para carros eléctricos, auto-estradas onde não anda ninguém, as PPP – são, para o empresário, obras que serviram para "dar encomendas às empresas". "Há algum português que não saiba disto?"
11 Maio 2015, 14:26 por André Veríssimo | averissimo@negocios.pt
Negócios
Henrique Neto, candidato a Presidente da República «Está-se a pensar fazer um porto no Barreiro que não serve para nada»
Em entrevista ao jornal «Público», em 26 de Março, Henrique Neto, candidato a Presidente da República, referia que – «Não é normal que um governo decida um investimento como previsto para o Barreiro sem o explicar.
Hoje, em entrevista ao «Jornal de Negóciso» afirma:“Está-se a pensar fazer um porto no Barreiro que não serve para nada”.
"No momento em que todas as grandes cidades estão a tirar as grandes infraestruturas para fora, nós queremos fazer um grande porto no Barreiro. Para que serve? Em que estratégia é que se insere?", questiona o candidato na entrevista publicada pelo «Jornal de Negócios».
"Não desejo ser uma força de bloqueio, é coisa que não me passa pela cabeça. Mas se houver projectos contraditórios, como o porto do Barreiro, vão ter de me ouvir", sublinha Henrique Neto, na entrevista.
Porta da Europa para as Américas, África e Oriente
O candidato a presidente da República, na entrevista ao jornal Público, defendia que Portugal devia ter uma estratégia euro-atlântica e que devia afirmar-se como a “porta da Europa para as Américas, África e Oriente”.
Neste contexto sublinhava a importância do Porto de Sines como porto «trans-shipment», onde se cruzam os grandes navios com contentores – “um local onde descarregam e depois, outros navios distribuem pelo Norte da Europa”
“Um local onde os navios passam trazem os componentes de todo o mundo de forma barata para uma empresa que se queira localizar nessa região. E depois os produtos são enviados para o mundo com o mínimo de custos”, referiu Henrique Neto
11.05.2015 - 17:38
rostos.pt
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