Bancos dão créditos pessoais e deixam empresas a arder

Segundo dados recentes do Banco de Portugal, o crédito privado ao consumo atinge os seus níveis máximos em Portugal, tendo já chegado aos montantes anteriores à intervenção da troika. Mas como os Bancos ficaram com a sua capacidade de crédito restringida desde a troika (mais próxima, ou ‘alavancada a’, do dinheiro que realmente têm em depósitos), significa isto que as empresas é que ficam a arder. Mais um motivo para o sector financeiro ser claramente intervencionado e sujeito a legislação que prossiga o bem comum.

Claro que os Bancos, com a sua actividade restringida, seguem os caminhos mais simples, e que lhes parecem dar maiores garantias. Segundo o Banco de Portugal, o crédito privado ao consumo cresceu especialmente na compra de automóveis a prestações. Muito agradece quem os compra, quem os vende (e tem grande influência de lobby), e quem empresta. Tanto mais que é fácil penhorá-los, em caso de incumprimento.

Mas não é o melhor para o País. Nem isso, nem a proliferação de cartões de crédito, oferecidos a eito nos corredores dos centros comerciais (onde podem ser logo muito usados).

Pedro d´Anunciação | 12/06/2015 17:19:23
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