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Democracia 1 - Populismo 0
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Democracia 1 - Populismo 0
Ambiguidades, falsas garantias, promessas irrealistas são o cancro das democracias que criaram uma palavra para consagrar este mal: Populismo.
De direita ou de esquerda, os partidos do "arco populista" vivem da doce ilusão paternalista de que o Estado pode e deve tudo ao seu povo, suprimindo de uma linha num programa eleitoral o desemprego, os imigrantes, a pobreza, os ricos, a corrupção, a injustiça... Mas os Podemos, Syriza, Frente Nacional e Liga do Norte partilham um inimigo feroz chamado Euro. A moeda única demonstrou ser o contrapoder mais eficaz das democracias contra o populismo.
Atacar de frente o Euro seria um suicídio eleitoral, o que levou os partidos citados a procurar a quadratura do círculo programático: conseguir o benefício de uma saída do Euro sem o custo económico e político de uma saída efetiva. Sim, é possível, basta serem os outros a pagar! Perdão de dívida, financiamento "ad eternam" dos défices públicos a custo nulo pelo BCE, "desvalorização" cambial, tudo serve desde que os esforços recaiam sobre o vizinho.
A mentira só dura enquanto a verdade não chega e vencer as eleições é um drama para os partidos populistas. Syriza sendo o primeiro caso prático de populismo no poder na zona Euro, vejamos o que se passou. As "reuniões de vizinhos", Euro Group e Cimeiras Europeias, foram para o Syriza um primeiro despertar face a realidade de uma Europa pouco disposta a pagar as faturas gregas. Invocando a defesa da democracia, Tsipras faz de conta de não perceber que só representa um povo entre dezanove.
Esquece-se também de olhar para o que se passa no seu país: fuga de capitais, queda abrupta das receitas fiscais, banca à beira do colapso são os sinais de um fim próximo. Tsipras deverá muito brevemente escolher entre manter-se fiel às suas promessas e deixar a responsabilidade do poder, ou o contrário. Democracia 1 - Populismo 0.
Felizmente para a Europa, este ensaio populista acontece numa economia de tamanho reduzido, que beneficia da "assistência respiratória" do BCE, do FMI e da União Europeia, e que pouco impacto tem sobre as economias do resto da Europa. Se o mesmo acontecesse em Espanha, Itália ou França, os mecanismos de proteção seriam rapidamente ultrapassados e aí, salve-se quem puder...
*Opinião publicada no dia 19 de Junho de 2015, no suplemento "Finanças Pessoais"
22.06.2015 16:09 h
Diogo Teixeira
Económico
De direita ou de esquerda, os partidos do "arco populista" vivem da doce ilusão paternalista de que o Estado pode e deve tudo ao seu povo, suprimindo de uma linha num programa eleitoral o desemprego, os imigrantes, a pobreza, os ricos, a corrupção, a injustiça... Mas os Podemos, Syriza, Frente Nacional e Liga do Norte partilham um inimigo feroz chamado Euro. A moeda única demonstrou ser o contrapoder mais eficaz das democracias contra o populismo.
Atacar de frente o Euro seria um suicídio eleitoral, o que levou os partidos citados a procurar a quadratura do círculo programático: conseguir o benefício de uma saída do Euro sem o custo económico e político de uma saída efetiva. Sim, é possível, basta serem os outros a pagar! Perdão de dívida, financiamento "ad eternam" dos défices públicos a custo nulo pelo BCE, "desvalorização" cambial, tudo serve desde que os esforços recaiam sobre o vizinho.
A mentira só dura enquanto a verdade não chega e vencer as eleições é um drama para os partidos populistas. Syriza sendo o primeiro caso prático de populismo no poder na zona Euro, vejamos o que se passou. As "reuniões de vizinhos", Euro Group e Cimeiras Europeias, foram para o Syriza um primeiro despertar face a realidade de uma Europa pouco disposta a pagar as faturas gregas. Invocando a defesa da democracia, Tsipras faz de conta de não perceber que só representa um povo entre dezanove.
Esquece-se também de olhar para o que se passa no seu país: fuga de capitais, queda abrupta das receitas fiscais, banca à beira do colapso são os sinais de um fim próximo. Tsipras deverá muito brevemente escolher entre manter-se fiel às suas promessas e deixar a responsabilidade do poder, ou o contrário. Democracia 1 - Populismo 0.
Felizmente para a Europa, este ensaio populista acontece numa economia de tamanho reduzido, que beneficia da "assistência respiratória" do BCE, do FMI e da União Europeia, e que pouco impacto tem sobre as economias do resto da Europa. Se o mesmo acontecesse em Espanha, Itália ou França, os mecanismos de proteção seriam rapidamente ultrapassados e aí, salve-se quem puder...
*Opinião publicada no dia 19 de Junho de 2015, no suplemento "Finanças Pessoais"
22.06.2015 16:09 h
Diogo Teixeira
Económico
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