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Regresso à política
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Regresso à política
Eis-nos a torcer por um belo combate. Marcelo, Rio e Santana à direita; Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa à esquerda. É bom pela qualidade, rico pela alternativa que tanto tem escasseado no quadrado nacional.
E é necessário por contrariar espíritos que passam o tempo a marcar a carta vencedora.
Sem uma maioria absoluta expectável em Outubro, o país - que, como o primeiro-ministro diz, sem mentir, começou a recuperar dos dias de chumbo - pode precisar como nunca de um Presidente que saiba fazer dos débeis poderes constitucionais uma poderosa força de intervenção. E que saiba exigir ao país, civil e político, energia, senso e garra para ir de vez ao que interessa. As presidenciais vão ter importância. E errar na escolha pode ter, desta vez, sequelas suplementares.
Mas nada disto justifica o medo de um combate à altura. Se há Sampaio da Nóvoa deve haver Belém. Se a direita tem dúvidas de que Marcelo é o melhor, então Marcelo deve ficar, mesmo com Rio e Santana. Se Santana Lopes defende, há muito, um Chefe de Estado sentado à mesa do Conselho de Ministros, é bom que o país discuta isso. Os nomes alistados prometem. Maria de Belém, a última a chegar ao combate, é uma candidata forte. Tem experiência e sensatez, características essenciais para dar confiabilidade a uma proposta política. E tem mais: atravessa, sem sobressalto, um espaço que pensa para além da cor partidária. É um problema para António Costa, poderá ser a melhor solução para o PS. Sampaio da Nóvoa não consegue deixar o banco de suplentes - onde, preventivamente, foi sentado.
É uma saída confortável para quem tudo apostou na carta consensual e perdeu a corrida - Guterres não veio, Costa ficou refém de uma segunda escolha. Preveniu-se, mas calculou mal a consequência de uma proposta excessivamente conotada com a ala mais à esquerda do partido. Com Maria de Belém, Nóvoa não tem qualquer possibilidade de sucesso, terá mesmo dificuldades em chegar a uma segunda volta. Marcelo, Rio e Santana, parece que desta vez vai ser. Marcelo é, indiscutivelmente, um valor seguro. Inteligente, conhecedor do mundo e com gosto pelo mundo, um homem, mais do que um político, capaz de despentear o respeitinho português. Há quem pense, e com argumentos, que o salto será de risco: Marcelo já não muda porque nunca mudou. Um pormenor que, no tempo que aí vem, representa uma mais-valia para vencer obstáculos e construir desafios. Tem condições para ganhar desde que não tenha medo de perder. Rui Rio desiste de ser o que, aparentemente, lhe estava destinado.
É dos três o único que não chegou à liderança do partido, mas também aquele que o partido há anos olha como solução. Esta condição limita-o e, paradoxalmente, favorece-o. Caso Passos se aguente nas legislativas, Rio preenche o ticket para jogar "dois em um". Perdendo, e se não se precipitar, tem condições para regressar à casa de partida. Pedro Santana Lopes permanece o político que nunca se despede. Parece disposto a ajudar a partir a direita, em nome de um debate de ideias sobre a função presidencial que convida a pensar. Seria uma pena não ir a jogo. Depois de quatro anos mergulhado em números, previsões, folhas de Excel e discursos monocórdicos, o país tem a oportunidade de regressar à política.
14:10 h
Raul Vaz
Económico
E é necessário por contrariar espíritos que passam o tempo a marcar a carta vencedora.
Sem uma maioria absoluta expectável em Outubro, o país - que, como o primeiro-ministro diz, sem mentir, começou a recuperar dos dias de chumbo - pode precisar como nunca de um Presidente que saiba fazer dos débeis poderes constitucionais uma poderosa força de intervenção. E que saiba exigir ao país, civil e político, energia, senso e garra para ir de vez ao que interessa. As presidenciais vão ter importância. E errar na escolha pode ter, desta vez, sequelas suplementares.
Mas nada disto justifica o medo de um combate à altura. Se há Sampaio da Nóvoa deve haver Belém. Se a direita tem dúvidas de que Marcelo é o melhor, então Marcelo deve ficar, mesmo com Rio e Santana. Se Santana Lopes defende, há muito, um Chefe de Estado sentado à mesa do Conselho de Ministros, é bom que o país discuta isso. Os nomes alistados prometem. Maria de Belém, a última a chegar ao combate, é uma candidata forte. Tem experiência e sensatez, características essenciais para dar confiabilidade a uma proposta política. E tem mais: atravessa, sem sobressalto, um espaço que pensa para além da cor partidária. É um problema para António Costa, poderá ser a melhor solução para o PS. Sampaio da Nóvoa não consegue deixar o banco de suplentes - onde, preventivamente, foi sentado.
É uma saída confortável para quem tudo apostou na carta consensual e perdeu a corrida - Guterres não veio, Costa ficou refém de uma segunda escolha. Preveniu-se, mas calculou mal a consequência de uma proposta excessivamente conotada com a ala mais à esquerda do partido. Com Maria de Belém, Nóvoa não tem qualquer possibilidade de sucesso, terá mesmo dificuldades em chegar a uma segunda volta. Marcelo, Rio e Santana, parece que desta vez vai ser. Marcelo é, indiscutivelmente, um valor seguro. Inteligente, conhecedor do mundo e com gosto pelo mundo, um homem, mais do que um político, capaz de despentear o respeitinho português. Há quem pense, e com argumentos, que o salto será de risco: Marcelo já não muda porque nunca mudou. Um pormenor que, no tempo que aí vem, representa uma mais-valia para vencer obstáculos e construir desafios. Tem condições para ganhar desde que não tenha medo de perder. Rui Rio desiste de ser o que, aparentemente, lhe estava destinado.
É dos três o único que não chegou à liderança do partido, mas também aquele que o partido há anos olha como solução. Esta condição limita-o e, paradoxalmente, favorece-o. Caso Passos se aguente nas legislativas, Rio preenche o ticket para jogar "dois em um". Perdendo, e se não se precipitar, tem condições para regressar à casa de partida. Pedro Santana Lopes permanece o político que nunca se despede. Parece disposto a ajudar a partir a direita, em nome de um debate de ideias sobre a função presidencial que convida a pensar. Seria uma pena não ir a jogo. Depois de quatro anos mergulhado em números, previsões, folhas de Excel e discursos monocórdicos, o país tem a oportunidade de regressar à política.
14:10 h
Raul Vaz
Económico
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