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O preço de uma pechincha
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O preço de uma pechincha
Finalmente de férias e o dia amanhece fechado em nevoeiro, por vezes regado ainda por uma fina chuva fria. O cenário é típico ao longo da costa a norte do Tejo, da praia do Guincho até à de Moledo, na foz do Minho. Para quem gosta de praia, é o stress dos meses de julho a setembro, invariavelmente combatido com uma surtida à feira mais próxima à procura das últimas pechinchas lá para casa, para os miúdos regressarem à escola vestidos e calçados com o número certo, roupa tão em conta que não se resiste a comprar já mesmo que seja para usar só no próximo verão. É tudo mais barato, até parece de marca e a tentação é grande. Na verdade é difícil, muitas vezes impossível, distinguir entre o verdadeiro e o falso. É até provável que, na esmagadora maioria das grandes e pequenas feiras que se realizam um pouco por todo o país, os produtos à venda cumpram todas as regras. O problema são os outros, os falsificados e as cópias ilegais, as pechinchas que afinal não saem ao preço da chuva se olharmos para os efeitos do comércio de produtos falsificados. Só nos países da União Europeia, o mais recente estudo calcula que a venda de roupa, sapatos e acessórios falsificados corresponde a quase 10% das vendas totais, causando todos os anos perdas anuais de mais de 26 mil milhões de euros para as empresas e o desaparecimento de mais de 360 mil postos de trabalho. As estimativas também incluem números para Portugal. Aqui, os prejuízos chegam quase aos mil milhões de euros por ano, correspondendo à destruição de mais de 25 mil empregos. Nos 28 países da UE, e considerando apenas a falsificação associada ao vestuário, os cofres dos Estados perdem anualmente oito mil milhões de euros em impostos e contribuições sociais. Quase tanto quanto custaram os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, um pouco mais do que a Grécia recebeu na segunda-feira do Mecanismo Europeu de Estabilidade para reembolsar o BCE e fazer os pagamentos em atraso ao FMI. Por cá, o que as redes de falsificadores tiram à tesouraria do Estado talvez aliviasse a sobretaxa, ou o IVA nos restaurantes. Há pechinchas que saem caras.
por MÓNICA BELLO
Diário de Notícias
por MÓNICA BELLO
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