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Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
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Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Maior navio do mundo em Sines. A vinda do MSC Zoe demonstra que se deveria apostar a sério no Porto de Sines.
Maior navio do mundo em SinesA vinda do MSC Zoe demonstra que se deveria apostar a sério no Porto de Sines.Apoie esta Candidatura!http://www.faz-acontecer.pt/faca-parte-deste-projectoPreencha a Propositura!http://goo.gl/Rl1zZp#henriqueneto #porumanovarepublica
Posted by Henrique Neto on Quarta-feira, 12 de agosto de 2015
O porto de Sines pode ser a porta da Europa para as oportunidades do Atlântico, se funcionar com porto de transhipment, recebendo grandes navios com contentores, que são transferidos para navios mais pequenos, e daí seguem para outros países. Sines apenas tem um cais com capacidade para receber um navio de grandes dimensões, o ideal seria alargar essa capacidade para poder receber dois ou três em simultâneo.
Sines, numa Visão euro-atlântica, é fulcral para uma estratégia de futuro para Portugal: por um lado, para fazer aumentar os fluxos comerciais entre a Europa e o resto do globo. Por outro, através da sua capacidade para acolher navios de alto calado.
Se as indústrias portuguesas do calçado, dos moldes, dos componentes de automóvel e muitas outras têm ganho a batalha contra os seus concorrentes internacionais, porque não o transporte marítimo? A única diferença é que Sines depende do Estado e de haver uma estratégia nacional Euro Atlântica, que aproveite as grandes mudanças do comércio no espaço do Atlântico, o abatimento das barreiras alfandegárias, e o decréscimo do custo dos transportes para afirmar Portugal, para atrair investimento estrangeiro de empresas industriais integradoras, para fazer crescer a economia e criar empregos.
A construção em excesso de auto estradas à custa da ferrovia, transformando Portugal numa ilha ferroviária e o aeroporto de Beja são alguns exemplos de erros fundamentais causados pelos partidos do arco da governação.
O endividamento excessivo é, porventura, o sintoma mais seguro da má gestão prosseguida por muitos governos de Portugal ao longo da nossa história. Foi todavia o endividamento recente, criado pelos governos de José Sócrates, que atingiu foros de verdadeiro desvario e se tornou mais grave por três razões: não ter havido durante o período crescimento económico; terem sido feitos investimentos de baixa rentabilidade; ter tornado Portugal refém de um sistema financeiro globalizado, que sabíamos ter enorme poder sobre todos os regimes democráticos e, em particular, sobre as políticas europeias.
Ao ignorarem propostas vindas dos cidadãos e da sociedade, os três principais partidos, PSD, CDS e PS, persistem em erros como a política de habitação, pela via de casa própria na periferia dos centros urbanos, e com o abandono dos centros históricos ou a criação de uma indústria de construção e obras públicas insustentável, que chegou a ser de 16% do PIB, o que em grande parte está na origem do actual nível de desemprego.
Os partidos políticos insistem em ignorar os avisos e as propostas vindas dos cidadãos e da sociedade. O resultado desta prática reiterada está agora à vista na crise que vivemos e na imensa destruição de riqueza a que Portugal está sujeito, com obras inúteis, estratégias erradas, enriquecimentos ilícitos e corrupção dominante.
A Europa não tem uma resposta para a especulação financeira de entidades exteriores à Europa, como as três principais agências de rating norte-americanas. Países como os EUA ou o Japão têm hoje um volume de dívida pública muito superior ao que registava no início da crise Portugal, a Irlanda ou a Espanha, e mesmo assim mantêm um rating máximo nessas agências, sabendo-se que nem o Japão nem mesmo os EUA terão condições de honrar as suas responsabilidades financeiras governamentais nas próximas décadas.
Nem a coligação nem o PS apresentam ideias claras para o crescimento da economia. O PS espera que a economia cresça através de alguma animação do mercado interno. Eu tenho muitas dúvidas dessa animação. Não acredito que Portugal possa resolver os seus problemas antes de ter 60% do PIB em exportações.
A nossa presença na União Europeia, ou a acção dos mercados, não asseguram automaticamente, e só por si, a gestão rigorosa e produtiva dos recursos nacionais, a salvaguarda dos nossos interesses estratégicos e a mobilização duma sociedade que perdeu vitalidade e coesão social, perdeu ânimo colectivo, perdeu recursos humanos, e, por fim, prestígio internacional.
Henrique Neto
Candidato interdependente Socialista e ex. empregador de Aveiro.
Facebook - https://www.facebook.com/henriquenetofazacontecer
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Sines foi um projecto de uma grande visão, feito por pessoas de grande craveira como o engenheiro Rogério Martins. Mas nesse tempo não tinha contentores. Não foi previsto naquela época. Na altura pensava-se que o porto era estratégico mas para a energia, o petróleo. Mais tarde, adicionou-se gás e depois o carvão. A adição dos contentores foi mais recente, no tempo do engenheiro Guterres. Já tem tempo suficiente para ser melhor aproveitado. O projecto de Sines é uma questão central no próximo crescimento da economia portuguesa, quer do ponto de vista da energia, quer do ponto de vista petroquímico, quer do ponto de vista do aproveitamento da localização de Portugal para se tornar na porta favorita da Europa para o Atlântico, oportunidade muito mal aproveitada no campo dos contentores.
Henrique Neto
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Como qualquer pessoa de bom senso sabe, seja nas famílias, seja nas empresas, seja no Estado, o excesso de dinheiro, principalmente o dinheiro adquirido com pouco ou nenhum esforço, tende a ser consumido da forma errada e a ser usado sem critérios seguros de rentabilidade. Foi o que aconteceu nas décadas perdidas, situação que agora herdámos e a que dificilmente poderemos fugir. Resta agora voltar atrás e começar a fazer o que deveríamos ter feito há quinze anos: organizar e modernizar o Estado nas sua diferentes vertentes; atrair o investimento estrangeiro de empresas industriais integradoras; apoiar o investimento privado numa estratégia Euro Atlântica clara e no crescimento da actividade de transhipment em Sines; promover as exportações, mesmo se à custa do mercado interno, e desenvolver a pedagogia do exemplo no sentido de uma melhor distribuição de riqueza numa sociedade mais frugal e menos gastadora, nomeadamente nas classes sociais onde isso ainda pode acontecer.
Henrique Neto
Henrique Neto
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
O porto de Sines tem condições para ser o mais competitivo porto europeu, nomeadamente em número de movimentos por hora, reduzindo o tempo de paragem dos navios, factor essencial da competitividade do porto. Com esta estratégia ganhamos duas coisas para a economia portuguesa: atracção de investimento estrangeiro de empresas industriais integradoras e aumento das exportações e emprego. Havendo essa competitividade a atracção de investimento estrangeiro é natural e não consigo encontrar melhor argumento do que Sines para atrair investimento estrangeiro para Portugal.
O caminho para o crescimento económico do País e consequente criação de emprego, além do debate junto players de todos os sectores da economia, passa também pela «questão de Sines. A “questão de Sines” trata-se de definir este como um porto de transhipment no panorama portuário nacional, actuando em conformidade na sua promoção, com o objectivo de atrair o investimento estrangeiro de empresas integradoras que aproveitem as vantagens da localização próxima das rotas do Atlântico e da paragem frequente de navios de ligação a todos os outros continentes.
Portugal não tem uma estratégia económica desde o 25 de Abril. Não podemos continuar a “navegar à vista”, o País tem de ter uma estratégia. Se já tivéssemos definido uma não estaríamos na situação complicada em que estamos e Portugal teria hoje uma dinâmica bem diferente.
No século XVI, os nossos antepassados definiram uma estratégia e colocaram-na em prática. Tudo indica que o Atlântico terá o seu período de renascimento com o fim das barreiras alfandegárias entre os Estados Unidos e a Europa, com repercussões no comércio pela via atlântica, que vai crescer enormemente. Nós temos que aproveitar a oportunidade de ser a porta marítima da Europa.
O Ramal da Lousã é mais um exemplo da má gestão dos governos, da inconsequência das promessas eleitorais, do desrespeito pelos interesses das populações, da falta de visão e de estratégia em relação ao futuro e às necessidades de desenvolvimento económico das regiões e do país. O que aconteceu aqui não devia ter acontecido, não deveria voltar a acontecer em lado algum.
Portugal está no centro do mapa do Ocidente, entre a Europa e os Estados Unidos: sabendo que a componente logística é muito importante para a economia, temos de potenciar a nossa localização no Atlântico para aproveitar o crescimento do tráfego e das transacções comerciais, que vai existir nos próximos anos, seja por força do normal crescimento do comércio mundial, seja como resultado do acordo de livre comércio que está em negociação com os Estados Unidos, ou seja, ainda, pelo decréscimo do custo dos transportes.
Um dos grandes problemas da democracia portuguesa, nos últimos 20 anos, foi o facto de os partidos terem cerceado a liberdade dos cidadãos e essa menor participação das pessoas tem como consequência a degradação da vida pública, nomeadamente do ponto de vista ético, do ponto de vista do crescimento da corrupção, dos interesses, da relação promíscua entre os negócios e a política.
As más decisões políticas e as ilegalidades cometidas nos casos que ajudaram a afundar a economia portuguesa estão directamente relacionadas, e de forma dolosa. Todos aqueles com responsabilidades políticas, Presidente da República, governos e oposições, tentam agora disfarçar as suas responsabilidades por mais de uma década de erros políticos e irresponsabilidades económicas e financeiras, que arruinaram Portugal e empobreceram os portugueses.
O que eu defendo é uma estratégia euro-atlântica contrariando o que tem sido feito até aqui. Há, nesta estratégia três recursos essenciais:
1. Os recursos humanos;
2. Os sistemas de informação e comunicação (onde estamos bem, até a nível europeu);
3. A logística (onde estamos imensamente atrasados).
A actual situação do País, uma das mais graves da nossa história, deve-se a um conjunto de factores e dinâmicas internas e externas, mas em primeiro lugar, aos erros duma má gestão política. Erros que foram provocados em grande parte por falta duma visão estratégica para Portugal, pela impreparação, egoísmo e também venalidade de uma parte importante da nossa classe política, que conta com o funcionamento do sistema político para se beneficiar a si própria e aos sectores mais privilegiados e protegidos da sociedade portuguesa, ao mesmo tempo que utiliza a acção política para agradar ao eleitorado e anestesiá-lo com promessas não cumpridas.
Com a entrada na União Europeia, mudámos aquilo que sabíamos fazer. Durante séculos fomos um pais agrícola e quando tínhamos uma oportunidade de modernizar a nossa agricultura, abandonámo-la. Sempre fomos um pais marítimo, e quando tivemos uma oportunidade de reforçar a nossa capacidade de pesca e da marinha mercante (como os espanhóis aliás fizeram), nos não resistimos e tornámo-nos o "bom aluno" europeu.
Com a adesão à União Europeia os governantes de então acharam que Portugal poderia ser essencialmente um país europeu e criou-se esse dogma do "bom aluno europeu" e isso teve consequências desastrosas para o país, já que Portugal nunca foi - na sua História - apenas um país europeu. Sempre foi um país atlântico e universalista. Ora, ao enfraquecer essa dimensão, enfraquecemos a nossa presença na União Europeia.
Prometo aos portugueses que me baterei para que o País se abra ao debate aberto sobre os problemas que têm bloqueado a vida nacional, e que acorde numa estratégia onde tenham lugar as soluções que nos podem colocar na via da sua superação.
Às forças políticas exige-se hoje uma nova abordagem da realidade nacional e internacional, mais inovadora e mais responsável, e uma nova atitude de confiança, de competência e de disponibilidade para as reformas necessárias no Estado e na sociedade. Enquanto aos cidadãos se pede uma atitude mais exigente e não complacente relativamente ao jogo dos interesses ilegítimos, libertando a sociedade e a economia da promiscuidade entre a política e os negócios, através da transparência e do exercício dum escrutínio atento e activo.
Ao longo da minha vida, nunca deixei de dizer aquilo que pensava, mas procuro sempre o consenso e pontes de compreensão. O grande problema dos partidos é que eles cortaram as pontes com a sociedade. Um dos grandes objectivos que eu tenho é trazer os empresários para a definição de políticas. É impensável que os empresários estejam tão afastados da vida política. São eles que criam a riqueza. Os partidos chamam economistas para fazerem os programas, mas não chamam empresários. Como se explica isto?
O caminho para o crescimento económico do País e consequente criação de emprego, além do debate junto players de todos os sectores da economia, passa também pela «questão de Sines. A “questão de Sines” trata-se de definir este como um porto de transhipment no panorama portuário nacional, actuando em conformidade na sua promoção, com o objectivo de atrair o investimento estrangeiro de empresas integradoras que aproveitem as vantagens da localização próxima das rotas do Atlântico e da paragem frequente de navios de ligação a todos os outros continentes.
Portugal não tem uma estratégia económica desde o 25 de Abril. Não podemos continuar a “navegar à vista”, o País tem de ter uma estratégia. Se já tivéssemos definido uma não estaríamos na situação complicada em que estamos e Portugal teria hoje uma dinâmica bem diferente.
No século XVI, os nossos antepassados definiram uma estratégia e colocaram-na em prática. Tudo indica que o Atlântico terá o seu período de renascimento com o fim das barreiras alfandegárias entre os Estados Unidos e a Europa, com repercussões no comércio pela via atlântica, que vai crescer enormemente. Nós temos que aproveitar a oportunidade de ser a porta marítima da Europa.
O Ramal da Lousã é mais um exemplo da má gestão dos governos, da inconsequência das promessas eleitorais, do desrespeito pelos interesses das populações, da falta de visão e de estratégia em relação ao futuro e às necessidades de desenvolvimento económico das regiões e do país. O que aconteceu aqui não devia ter acontecido, não deveria voltar a acontecer em lado algum.
Portugal está no centro do mapa do Ocidente, entre a Europa e os Estados Unidos: sabendo que a componente logística é muito importante para a economia, temos de potenciar a nossa localização no Atlântico para aproveitar o crescimento do tráfego e das transacções comerciais, que vai existir nos próximos anos, seja por força do normal crescimento do comércio mundial, seja como resultado do acordo de livre comércio que está em negociação com os Estados Unidos, ou seja, ainda, pelo decréscimo do custo dos transportes.
Um dos grandes problemas da democracia portuguesa, nos últimos 20 anos, foi o facto de os partidos terem cerceado a liberdade dos cidadãos e essa menor participação das pessoas tem como consequência a degradação da vida pública, nomeadamente do ponto de vista ético, do ponto de vista do crescimento da corrupção, dos interesses, da relação promíscua entre os negócios e a política.
As más decisões políticas e as ilegalidades cometidas nos casos que ajudaram a afundar a economia portuguesa estão directamente relacionadas, e de forma dolosa. Todos aqueles com responsabilidades políticas, Presidente da República, governos e oposições, tentam agora disfarçar as suas responsabilidades por mais de uma década de erros políticos e irresponsabilidades económicas e financeiras, que arruinaram Portugal e empobreceram os portugueses.
O que eu defendo é uma estratégia euro-atlântica contrariando o que tem sido feito até aqui. Há, nesta estratégia três recursos essenciais:
1. Os recursos humanos;
2. Os sistemas de informação e comunicação (onde estamos bem, até a nível europeu);
3. A logística (onde estamos imensamente atrasados).
A actual situação do País, uma das mais graves da nossa história, deve-se a um conjunto de factores e dinâmicas internas e externas, mas em primeiro lugar, aos erros duma má gestão política. Erros que foram provocados em grande parte por falta duma visão estratégica para Portugal, pela impreparação, egoísmo e também venalidade de uma parte importante da nossa classe política, que conta com o funcionamento do sistema político para se beneficiar a si própria e aos sectores mais privilegiados e protegidos da sociedade portuguesa, ao mesmo tempo que utiliza a acção política para agradar ao eleitorado e anestesiá-lo com promessas não cumpridas.
Com a entrada na União Europeia, mudámos aquilo que sabíamos fazer. Durante séculos fomos um pais agrícola e quando tínhamos uma oportunidade de modernizar a nossa agricultura, abandonámo-la. Sempre fomos um pais marítimo, e quando tivemos uma oportunidade de reforçar a nossa capacidade de pesca e da marinha mercante (como os espanhóis aliás fizeram), nos não resistimos e tornámo-nos o "bom aluno" europeu.
Com a adesão à União Europeia os governantes de então acharam que Portugal poderia ser essencialmente um país europeu e criou-se esse dogma do "bom aluno europeu" e isso teve consequências desastrosas para o país, já que Portugal nunca foi - na sua História - apenas um país europeu. Sempre foi um país atlântico e universalista. Ora, ao enfraquecer essa dimensão, enfraquecemos a nossa presença na União Europeia.
Prometo aos portugueses que me baterei para que o País se abra ao debate aberto sobre os problemas que têm bloqueado a vida nacional, e que acorde numa estratégia onde tenham lugar as soluções que nos podem colocar na via da sua superação.
Às forças políticas exige-se hoje uma nova abordagem da realidade nacional e internacional, mais inovadora e mais responsável, e uma nova atitude de confiança, de competência e de disponibilidade para as reformas necessárias no Estado e na sociedade. Enquanto aos cidadãos se pede uma atitude mais exigente e não complacente relativamente ao jogo dos interesses ilegítimos, libertando a sociedade e a economia da promiscuidade entre a política e os negócios, através da transparência e do exercício dum escrutínio atento e activo.
Ao longo da minha vida, nunca deixei de dizer aquilo que pensava, mas procuro sempre o consenso e pontes de compreensão. O grande problema dos partidos é que eles cortaram as pontes com a sociedade. Um dos grandes objectivos que eu tenho é trazer os empresários para a definição de políticas. É impensável que os empresários estejam tão afastados da vida política. São eles que criam a riqueza. Os partidos chamam economistas para fazerem os programas, mas não chamam empresários. Como se explica isto?
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Sines foi um projecto de uma grande visão, feito por pessoas de grande craveira como o engenheiro Rogério Martins. Mas nesse tempo não tinha contentores. Não foi previsto naquela época. Na altura pensava-se que porto era estratégico mas para a energia, o petróleo. Mais tarde adicionou-se gás e depois o carvão. A adição dos contentores foi mais recente, no tempo do engenheiro Guterres. Já tem tempo suficiente para ser melhor aproveitado. O projecto de Sines é uma questão central no próximo crescimento da economia portuguesa, quer do ponto de vista da energia, quer do ponto de vista petroquímico, quer do ponto de vista do aproveitamento da localização de Portugal para se tornar na porta favorita da Europa para o Atlântico, oportunidade muito mal aproveitada no campo dos contentores.
Mesmo na indústria pesada e até no sector ferroviário, diminuímos a nossa capacidade de fazer para aceitar aquilo que a União Europeia e os países do norte da Europa achavam que era o futuro de Portugal.
Não há economia portuguesa que possa sobreviver em boas condições com 40% das exportações. Nenhum país da nossa dimensão, com um pequeno mercado interno, pode sobreviver com 40% das exportações. As empresas não conseguem rentabilizar investimentos em tecnologia, em reformas empresariais no sentido da modernização das empresas com um mercado de dez milhões, não é possível.
O endividamento agravou-se devido ao facto do dinheiro colocado à disposição da sociedade e da economia, como resultado da entrada na moeda única e da redução dos juros, ter sido consumido em obras faraónicas e desnecessárias, ao arrepio de qualquer estratégia de crescimento económico, além de ter permitido o aumento incontrolado da corrupção, a meias com um certo sentimento de impunidade geral. E, sendo certo que as auto-estradas favoreceram a mobilidade interna, teria sido a mobilidade externa – ferrovia e portos – que teria sido o objectivo correcto, além de que o excesso de investimento em obras públicas e habitação criou uma indústria de construção insustentável, a qual acabaria, mais tarde ou mais cedo, por provocar desemprego em massa.
O dinheiro recebido dos trabalhadores e das empresas, regime contributivo, não pode ser tratado como um saco azul do Estado, trata-se de dinheiro dos trabalhadores a ser usado para garantir as suas reformas e deve ser uma questão quantificada de forma autónoma. Por sua vez o regime não contributivo, dos trabalhadores que não descontaram para o sistema, foi uma decisão do poder político, com que é fácil concordar, mas que, como tal, deve ser tratada unicamente ao nível do Orçamento do Estado, sem mais confusões.
A inadaptação do País ao mercado de trabalho nacional deve-se a um nível muito elevado de insucesso escolar e à proliferação de cursos de baixa exigência no ensino superior. Por outro lado, a sobrevivência de sectores da sociedade que vivem na mais extrema pobreza tem a sua origem, em larga medida, no ambiente familiar que limita o normal desenvolvimento das crianças e, suponho, a não frequência, ou a frequência irregular de creches e do ensino pré-escolar, que deve ser da mais elevada qualidade.
Mesmo na indústria pesada e até no sector ferroviário, diminuímos a nossa capacidade de fazer para aceitar aquilo que a União Europeia e os países do norte da Europa achavam que era o futuro de Portugal.
Não há economia portuguesa que possa sobreviver em boas condições com 40% das exportações. Nenhum país da nossa dimensão, com um pequeno mercado interno, pode sobreviver com 40% das exportações. As empresas não conseguem rentabilizar investimentos em tecnologia, em reformas empresariais no sentido da modernização das empresas com um mercado de dez milhões, não é possível.
O endividamento agravou-se devido ao facto do dinheiro colocado à disposição da sociedade e da economia, como resultado da entrada na moeda única e da redução dos juros, ter sido consumido em obras faraónicas e desnecessárias, ao arrepio de qualquer estratégia de crescimento económico, além de ter permitido o aumento incontrolado da corrupção, a meias com um certo sentimento de impunidade geral. E, sendo certo que as auto-estradas favoreceram a mobilidade interna, teria sido a mobilidade externa – ferrovia e portos – que teria sido o objectivo correcto, além de que o excesso de investimento em obras públicas e habitação criou uma indústria de construção insustentável, a qual acabaria, mais tarde ou mais cedo, por provocar desemprego em massa.
O dinheiro recebido dos trabalhadores e das empresas, regime contributivo, não pode ser tratado como um saco azul do Estado, trata-se de dinheiro dos trabalhadores a ser usado para garantir as suas reformas e deve ser uma questão quantificada de forma autónoma. Por sua vez o regime não contributivo, dos trabalhadores que não descontaram para o sistema, foi uma decisão do poder político, com que é fácil concordar, mas que, como tal, deve ser tratada unicamente ao nível do Orçamento do Estado, sem mais confusões.
A inadaptação do País ao mercado de trabalho nacional deve-se a um nível muito elevado de insucesso escolar e à proliferação de cursos de baixa exigência no ensino superior. Por outro lado, a sobrevivência de sectores da sociedade que vivem na mais extrema pobreza tem a sua origem, em larga medida, no ambiente familiar que limita o normal desenvolvimento das crianças e, suponho, a não frequência, ou a frequência irregular de creches e do ensino pré-escolar, que deve ser da mais elevada qualidade.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Portugal está numa "ilha ferroviária": enquanto os espanhóis mudaram a sua rede ferroviária para a bitola europeia, nós, teimosamente, investimos nas auto-estradas, apenas em auto-estradas, numa mobilidade interna, em vez de uma mobilidade externa que é aquela que facilita o escoamento dos nossos produtos para os outros mercados.
O facto de as empresas e de os Estados serem cada vez mais geridos por critérios meramente financeiros tem consequências que considero graves, porque deixa de fora uma grande parte do progresso até aqui obtido pela via tecnológica, o que prejudica a solução de necessidades das sociedades modernas, atrasa o aparecimento de novos sectores da economia e reduz fortemente a possibilidade de criar empregos.
Não há economia portuguesa que possa sobreviver em boas condições com 40% das exportações. Nenhum país da nossa dimensão, com um pequeno mercado interno, pode sobreviver com 40% das exportações. As empresas não conseguem rentabilizar investimentos em tecnologia, em reformas empresariais no sentido da modernização das empresas com um mercado de dez milhões, não é possível.
O endividamento agravou-se devido ao facto do dinheiro colocado à disposição da sociedade e da economia, como resultado da entrada na moeda única e da redução dos juros, ter sido consumido em obras faraónicas e desnecessárias, ao arrepio de qualquer estratégia de crescimento económico, além de ter permitido o aumento incontrolado da corrupção, a meias com um certo sentimento de impunidade geral. E, sendo certo que as auto-estradas favoreceram a mobilidade interna, teria sido a mobilidade externa – ferrovia e portos – que teria sido o objectivo correcto, além de que o excesso de investimento em obras públicas e habitação criou uma indústria de construção insustentável, a qual acabaria, mais tarde ou mais cedo, por provocar desemprego em massa.
O facto de as empresas e de os Estados serem cada vez mais geridos por critérios meramente financeiros tem consequências que considero graves, porque deixa de fora uma grande parte do progresso até aqui obtido pela via tecnológica, o que prejudica a solução de necessidades das sociedades modernas, atrasa o aparecimento de novos sectores da economia e reduz fortemente a possibilidade de criar empregos.
Não há economia portuguesa que possa sobreviver em boas condições com 40% das exportações. Nenhum país da nossa dimensão, com um pequeno mercado interno, pode sobreviver com 40% das exportações. As empresas não conseguem rentabilizar investimentos em tecnologia, em reformas empresariais no sentido da modernização das empresas com um mercado de dez milhões, não é possível.
O endividamento agravou-se devido ao facto do dinheiro colocado à disposição da sociedade e da economia, como resultado da entrada na moeda única e da redução dos juros, ter sido consumido em obras faraónicas e desnecessárias, ao arrepio de qualquer estratégia de crescimento económico, além de ter permitido o aumento incontrolado da corrupção, a meias com um certo sentimento de impunidade geral. E, sendo certo que as auto-estradas favoreceram a mobilidade interna, teria sido a mobilidade externa – ferrovia e portos – que teria sido o objectivo correcto, além de que o excesso de investimento em obras públicas e habitação criou uma indústria de construção insustentável, a qual acabaria, mais tarde ou mais cedo, por provocar desemprego em massa.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
O actual governo tem há dois anos e meio um projeto de investimento em Sines, da PSA (a empresa que detém a exploração do porto de Sines). Trata-se de investimento privado e o governo não aprova este investimento. O actual Presidente da República fala muito da "economia do mar", mas o que fez para que o governo aprovasse ou reprovasse este investimento?
A austeridade é, infelizmente, uma fatalidade dos erros cometidos antes e agora temos que os pagar. Agora, a maneira de quem paga é que já é questionável. Defendo que a austeridade deve ser melhor dividida. Critico o Estado por continuar a gastar o dinheiro em hábitos sumptuários que não mudaram até agora. Entendo que os grupos de bens não transacionáveis têm que pagar uma parte mais importante da austeridade.
Ao longo dos últimos vinte anos os partidos que detiveram o poder político em Portugal sempre ignoraram os avisos, precauções e conselhos vindos de fora do sistema político, actuando apenas na superfície dos problemas e com base na convicção da infalibilidade partidária e governativa. Isso só conduzirá a mais erros e a mais empobrecimento dos portugueses. Enquanto for assim, continuarei a denunciar esses erros e a propor alternativas.
O endividamento crescente das famílias e do Estado, retirou recursos financeiros aos sectores produtivos da economia, reduziu a capacidade de investimento privado e tornou Portugal menos interessante para o investimento externo, até porque embarcámos alegremente na euforia do alargamento da União Europeia.
A austeridade é, infelizmente, uma fatalidade dos erros cometidos antes e agora temos que os pagar. Agora, a maneira de quem paga é que já é questionável. Defendo que a austeridade deve ser melhor dividida. Critico o Estado por continuar a gastar o dinheiro em hábitos sumptuários que não mudaram até agora. Entendo que os grupos de bens não transacionáveis têm que pagar uma parte mais importante da austeridade.
Ao longo dos últimos vinte anos os partidos que detiveram o poder político em Portugal sempre ignoraram os avisos, precauções e conselhos vindos de fora do sistema político, actuando apenas na superfície dos problemas e com base na convicção da infalibilidade partidária e governativa. Isso só conduzirá a mais erros e a mais empobrecimento dos portugueses. Enquanto for assim, continuarei a denunciar esses erros e a propor alternativas.
O endividamento crescente das famílias e do Estado, retirou recursos financeiros aos sectores produtivos da economia, reduziu a capacidade de investimento privado e tornou Portugal menos interessante para o investimento externo, até porque embarcámos alegremente na euforia do alargamento da União Europeia.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Se as indústrias portuguesas do calçado, dos moldes, dos componentes de automóvel e muitas outras têm ganho a batalha contra os seus concorrentes internacionais, porque não o transporte marítimo? A única diferença é que Sines depende do Estado e de haver uma estratégia nacional Euro Atlântica, que aproveite as grandes mudanças do comércio no espaço do Atlântico, o abatimento das barreiras alfandegárias, e o decréscimo do custo dos transportes para afirmar Portugal, para atrair investimento estrangeiro de empresas industriais integradoras, para fazer crescer a economia e criar empregos.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Sines, numa Visão euro-atlântica, é fulcral para uma estratégia de futuro para Portugal: por um lado, para fazer aumentar os fluxos comerciais entre a Europa e o resto do globo. Por outro, através da sua capacidade para acolher navios de alto calado.
Portugal precisa de um porto de transhipment como Espanha tem dois e Marrocos um. E esse porto pode ser Sines, onde possam desembarcar os grandes porta-contentores de onde depois partiria 95% da mercadoria descarregada. Este investimento daria a Portugal condições para atrair investimentos e empresas de todo o mundo, aproveitando os baixos custos decorrentes da proximidade de um tal tipo de porto.
Portugal sempre foi um pais muito centralista. Por exemplo, as associações empresariais sempre foram dominadas pelo Estado através dos apoios comunitários e de vantagens de várias ordens.
Um erro que aponto aos três partidos do arco da governação, PSD, CDS e PS, é o anunciado terminal portuário no Barreiro. É um investimento incompreensível porque esse terminal não tem qualquer viabilidade técnica, económica e de mercado.
A Europa não tem uma resposta para a especulação financeira de entidades exteriores à Europa, como as três principais agências de rating norte-americanas. Países como os EUA ou o Japão têm hoje um volume de dívida pública muito superior ao que registava no início da crise Portugal, a Irlanda ou a Espanha, e mesmo assim mantêm um rating máximo nessas agências, sabendo-se que nem o Japão nem mesmo os EUA terão condições de honrar as suas responsabilidades financeiras governamentais nas próximas décadas.
Com a adesão à União Europeia os governantes de então acharam que Portugal poderia ser essencialmente um país europeu e criou-se esse dogma do "bom aluno europeu" e isso teve consequências desastrosas para o país, já que Portugal nunca foi - na sua História - apenas um país europeu. Sempre foi um país atlântico e universalista. Ora, ao enfraquecer essa dimensão, enfraquecemos a nossa presença na União Europeia.
O que vem nos jornais e se sabe vem frequentemente deturpado. Mas sei por experiência que a União Europeia criou condições económicas e financeiras para alguns países claramente insustentáveis. Por exemplo, incentivou os países a investir na crise de 2008-2009. Incentivou os países a investir, o engenheiro Sócrates queixava-se disso mesmo, e os que investiram demasiadamente e sem critério querem agora que sejam os trabalhadores e os reformados que paguem e isso parece-me inaceitável. O que deveria ter acontecido era não terem investido demasiadamente e se Bruxelas não viu então é tão culpada como os governos nacionais.
No momento em que entrámos na União Europeia era compreensível que houvesse grandes diferenças de nível de vida entre os países europeus do norte da Europa e do sul da Europa. Se queríamos realmente construir uma Europa que valesse a pena, teríamos rapidamente que ter políticas que equilibrassem os níveis de desenvolvimento entre o norte e o sul.
As actuais políticas energéticas manterão altos os preços por muitos anos já que propiciam um mercado de electricidade disfuncional, factor limitador do crescimento económico e da criação de empregos. A manutenção de um preço garantido aos produtores de electricidade por via eólica é um dos factores disfuncionais, já que além de garantir um preço acima do valor de mercado não evita que a EDP tenha de manter as centrais a carvão e a gás em actividade mesmo a horas em que não há necessidade de produzir energia. Acresce que a EDP, tem em construção uma série de barragens que se destinam a bombear a água que já passou nos geradores colocados a montante, investimentos muito avultados que irão onerar ainda mais os custos da energia que já são suportados pelas famílias e empresas nacionais.
Dois anos depois de estar no parlamento, eu já dizia que não queria continuar. As cartas estão viciadas no parlamento. Disse isso, mas agora dizem que eu queria continuar. O que é espantoso é que as pessoas julgam-me a mim com os critérios que eles próprios têm. Como a única coisa que querem é ocupar lugares, acham que toda a gente tem a mesma motivação. Eu não tenho.
Se um Presidente se deparar com intransigência em medidas claramente lesivas para o país, como com os exemplos do passado: as PPPs, as autoestradas sem fim ou do parqueamento de dívida por tudo aquilo que era empresa pública, perante um cenário destes, o Presidente não pode ficar quieto e calado.
No século XVI, os nossos antepassados definiram uma estratégia e colocaram-na em prática. Tudo indica que o Atlântico terá o seu período de renascimento com o fim das barreiras alfandegárias entre os Estados Unidos e a Europa, com repercussões no comércio pela via atlântica, que vai crescer enormemente. Nós temos que aproveitar a oportunidade de ser a porta marítima da Europa.
É urgente a definição de uma estratégia efectiva de combate ao desemprego face aos níveis insustentáveis que este atingiu em Portugal. Muitos desempregados já perderam o respectivo subsídio, deixando as famílias na mais extrema pobreza e que os cortes nos rendimentos do trabalho e dos reformados impedem as tradicionais formas de apoio das famílias, em particular aos jovens sem emprego, muitos obrigados a emigrar.
Segundo dados internacionais, Portugal é campeão do Mundo em número de PPP. O próprio Eurostat afirma que Portugal era, em 2013, o segundo país europeu, depois da Grécia, em encargos com as PPP! Segundo dados que vieram a público, a rendibilidade dos investimentos privados nas PPP não será actualmente inferior a 5-8% ao ano. Tais investimentos são praticamente isentos de risco, uma vez que o Estado compensa os investidores em caso de receitas abaixo das previsões de rendibilidade insertas nesses contratos.
Recursos Humanos, Tecnologias de Informação e Logística: são os três recursos essenciais para criar uma nova estratégia de desenvolvimento e crescimento para Portugal.
Tem de haver outras medidas no plano europeu para pagar a dívida: uma é aquilo a que chamam a competitividade fiscal, ou seja a fuga de impostos que deveriam de ser pagos em Portugal, em Espanha e França, mas são pagos na Holanda ou na Inglaterra num offshore qualquer. E existe a negociação da União Europeia com os outros blocos económicos, criadora de regras para a economia que prejudicam de forma sistemática países como Portugal e a Grécia e favorecem os produtos alemães. E isso não é aceitável. Com a União Europeia a dinamizar políticas prejudiciais para alguns Estados-membros e com uma política fiscal que permite a fuga aos impostos, os países não podem naturalmente pagar as suas dívidas porque não têm produção de receita suficiente, nem é previsível que a venham a ter no curto prazo.
Depois do 25 de Abril, por força da saída das colónias, nós acabámos por envergar por um país apenas europeu e isso foi um erro grave, talvez o grande erro pós-25 de Abril.
Pessoalmente, dado que me preocupa o médio prazo, julgo essencial um entendimento estratégico prévio sobre o futuro de Portugal, que una os portugueses e que detalhe as políticas nacionais essenciais para o crescimento económico, para a criação de empregos e para as reformas do Estado, coisas que não são de esquerda ou de direita, mas apenas soluções há muito devidas e necessárias, soluções que possam sobreviver ao curto prazo e tenham em conta o futuro previsível da Europa e do Mundo.
Portugal deu um grande salto na educação para os dois terços da classe média e classe alta, mas marginalizámos neste processo as crianças das classes mais baixas que vão ao pré-escolar quando vão, que não têm creches, que estão nos bairros de lata, que ficam o dia inteiro a ver televisão mesmo quando há pré-escolar. Como consequência chegam ao ensino obrigatório completamente excluídas dos outros porque não têm o mesmo desenvolvimento físico e intelectual.
O acesso aos meios de comunicação é reservado aos membros escolhidos dos partidos políticos, aos habituais comentadores de serviço e aos fazedores de escândalos e de acusações bizarras. Experimentem publicar nos jornais ou levar à televisão uma ideia para resolver um problema nacional e verão rapidamente que o acesso aos meios de comunicação é limitado. Entretanto, a vida dos partidos, os jantares organizados e os mais pequenos acontecimentos da vida dos líderes e dos amigos do líder, enchem diariamente os telejornais.
Portugal precisa de um porto de transhipment como Espanha tem dois e Marrocos um. E esse porto pode ser Sines, onde possam desembarcar os grandes porta-contentores de onde depois partiria 95% da mercadoria descarregada. Este investimento daria a Portugal condições para atrair investimentos e empresas de todo o mundo, aproveitando os baixos custos decorrentes da proximidade de um tal tipo de porto.
Portugal sempre foi um pais muito centralista. Por exemplo, as associações empresariais sempre foram dominadas pelo Estado através dos apoios comunitários e de vantagens de várias ordens.
Um erro que aponto aos três partidos do arco da governação, PSD, CDS e PS, é o anunciado terminal portuário no Barreiro. É um investimento incompreensível porque esse terminal não tem qualquer viabilidade técnica, económica e de mercado.
A Europa não tem uma resposta para a especulação financeira de entidades exteriores à Europa, como as três principais agências de rating norte-americanas. Países como os EUA ou o Japão têm hoje um volume de dívida pública muito superior ao que registava no início da crise Portugal, a Irlanda ou a Espanha, e mesmo assim mantêm um rating máximo nessas agências, sabendo-se que nem o Japão nem mesmo os EUA terão condições de honrar as suas responsabilidades financeiras governamentais nas próximas décadas.
Com a adesão à União Europeia os governantes de então acharam que Portugal poderia ser essencialmente um país europeu e criou-se esse dogma do "bom aluno europeu" e isso teve consequências desastrosas para o país, já que Portugal nunca foi - na sua História - apenas um país europeu. Sempre foi um país atlântico e universalista. Ora, ao enfraquecer essa dimensão, enfraquecemos a nossa presença na União Europeia.
O que vem nos jornais e se sabe vem frequentemente deturpado. Mas sei por experiência que a União Europeia criou condições económicas e financeiras para alguns países claramente insustentáveis. Por exemplo, incentivou os países a investir na crise de 2008-2009. Incentivou os países a investir, o engenheiro Sócrates queixava-se disso mesmo, e os que investiram demasiadamente e sem critério querem agora que sejam os trabalhadores e os reformados que paguem e isso parece-me inaceitável. O que deveria ter acontecido era não terem investido demasiadamente e se Bruxelas não viu então é tão culpada como os governos nacionais.
No momento em que entrámos na União Europeia era compreensível que houvesse grandes diferenças de nível de vida entre os países europeus do norte da Europa e do sul da Europa. Se queríamos realmente construir uma Europa que valesse a pena, teríamos rapidamente que ter políticas que equilibrassem os níveis de desenvolvimento entre o norte e o sul.
As actuais políticas energéticas manterão altos os preços por muitos anos já que propiciam um mercado de electricidade disfuncional, factor limitador do crescimento económico e da criação de empregos. A manutenção de um preço garantido aos produtores de electricidade por via eólica é um dos factores disfuncionais, já que além de garantir um preço acima do valor de mercado não evita que a EDP tenha de manter as centrais a carvão e a gás em actividade mesmo a horas em que não há necessidade de produzir energia. Acresce que a EDP, tem em construção uma série de barragens que se destinam a bombear a água que já passou nos geradores colocados a montante, investimentos muito avultados que irão onerar ainda mais os custos da energia que já são suportados pelas famílias e empresas nacionais.
Dois anos depois de estar no parlamento, eu já dizia que não queria continuar. As cartas estão viciadas no parlamento. Disse isso, mas agora dizem que eu queria continuar. O que é espantoso é que as pessoas julgam-me a mim com os critérios que eles próprios têm. Como a única coisa que querem é ocupar lugares, acham que toda a gente tem a mesma motivação. Eu não tenho.
Se um Presidente se deparar com intransigência em medidas claramente lesivas para o país, como com os exemplos do passado: as PPPs, as autoestradas sem fim ou do parqueamento de dívida por tudo aquilo que era empresa pública, perante um cenário destes, o Presidente não pode ficar quieto e calado.
No século XVI, os nossos antepassados definiram uma estratégia e colocaram-na em prática. Tudo indica que o Atlântico terá o seu período de renascimento com o fim das barreiras alfandegárias entre os Estados Unidos e a Europa, com repercussões no comércio pela via atlântica, que vai crescer enormemente. Nós temos que aproveitar a oportunidade de ser a porta marítima da Europa.
É urgente a definição de uma estratégia efectiva de combate ao desemprego face aos níveis insustentáveis que este atingiu em Portugal. Muitos desempregados já perderam o respectivo subsídio, deixando as famílias na mais extrema pobreza e que os cortes nos rendimentos do trabalho e dos reformados impedem as tradicionais formas de apoio das famílias, em particular aos jovens sem emprego, muitos obrigados a emigrar.
Segundo dados internacionais, Portugal é campeão do Mundo em número de PPP. O próprio Eurostat afirma que Portugal era, em 2013, o segundo país europeu, depois da Grécia, em encargos com as PPP! Segundo dados que vieram a público, a rendibilidade dos investimentos privados nas PPP não será actualmente inferior a 5-8% ao ano. Tais investimentos são praticamente isentos de risco, uma vez que o Estado compensa os investidores em caso de receitas abaixo das previsões de rendibilidade insertas nesses contratos.
Recursos Humanos, Tecnologias de Informação e Logística: são os três recursos essenciais para criar uma nova estratégia de desenvolvimento e crescimento para Portugal.
Tem de haver outras medidas no plano europeu para pagar a dívida: uma é aquilo a que chamam a competitividade fiscal, ou seja a fuga de impostos que deveriam de ser pagos em Portugal, em Espanha e França, mas são pagos na Holanda ou na Inglaterra num offshore qualquer. E existe a negociação da União Europeia com os outros blocos económicos, criadora de regras para a economia que prejudicam de forma sistemática países como Portugal e a Grécia e favorecem os produtos alemães. E isso não é aceitável. Com a União Europeia a dinamizar políticas prejudiciais para alguns Estados-membros e com uma política fiscal que permite a fuga aos impostos, os países não podem naturalmente pagar as suas dívidas porque não têm produção de receita suficiente, nem é previsível que a venham a ter no curto prazo.
Depois do 25 de Abril, por força da saída das colónias, nós acabámos por envergar por um país apenas europeu e isso foi um erro grave, talvez o grande erro pós-25 de Abril.
Pessoalmente, dado que me preocupa o médio prazo, julgo essencial um entendimento estratégico prévio sobre o futuro de Portugal, que una os portugueses e que detalhe as políticas nacionais essenciais para o crescimento económico, para a criação de empregos e para as reformas do Estado, coisas que não são de esquerda ou de direita, mas apenas soluções há muito devidas e necessárias, soluções que possam sobreviver ao curto prazo e tenham em conta o futuro previsível da Europa e do Mundo.
Portugal deu um grande salto na educação para os dois terços da classe média e classe alta, mas marginalizámos neste processo as crianças das classes mais baixas que vão ao pré-escolar quando vão, que não têm creches, que estão nos bairros de lata, que ficam o dia inteiro a ver televisão mesmo quando há pré-escolar. Como consequência chegam ao ensino obrigatório completamente excluídas dos outros porque não têm o mesmo desenvolvimento físico e intelectual.
O acesso aos meios de comunicação é reservado aos membros escolhidos dos partidos políticos, aos habituais comentadores de serviço e aos fazedores de escândalos e de acusações bizarras. Experimentem publicar nos jornais ou levar à televisão uma ideia para resolver um problema nacional e verão rapidamente que o acesso aos meios de comunicação é limitado. Entretanto, a vida dos partidos, os jantares organizados e os mais pequenos acontecimentos da vida dos líderes e dos amigos do líder, enchem diariamente os telejornais.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Porque é que o governo colocou na agenda a construção de um novo porto no Barreiro, onde se vai gastar 800 milhões de euros, apesar de ninguém descobrir para que serve esse novo porto - nem a Autoeuropa, nem a Ordem dos Engenheiros? Porque é que não se deixa que se invistam 130 milhões (de dinheiro privado) no desenvolvimento do porto de Sines?
Portugal depois da adesão à União Europeia porta-se como um país desorientado, sem sentido de direcção. Portugal, durante muitos anos, tinha uma estratégia, a de um país que não era verdadeiramente europeu, de um pais atlântico, um país universalista, com interesses nas cinco partes do mundo.
Sampaio da Nóvoa nunca levantou a sua voz contra aquilo que aconteceu, quer no período do ex-primeiro ministro José Sócrates, quer mesmo durante este governo. Agora está critico, sim, mas é só agora. Ora, não se tendo dito nada sobre as PPPs, sobre o excesso de construção civil e auto-estradas, sobre todos os erros que foram cometidos em governos anteriores e neste, penso que não tem legitimidade para que os portugueses pensem que será a mudança.
Os programas dos partidos sobre a questão da dívida pública oscilam entre um extremo de afrontamento da Europa, ao exigirem uma reestruturação da dívida pública, e o extremo de nada proporem, com medo de irritar alguns países europeus. Enquanto candidato presidencial, quero confrontar os partidos políticos sobre esta questão da dívida.
Todos sabemos que as empresas portuguesas estão em dificuldades financeiras, não é previsível que venham grandes investimentos em Portugal, temos de apostar no investimento externo. Nós temos, nesta conjuntura económica, uma grande quantidade de empresas, médias empresas principalmente, que têm inovado muito e temos um potencial enorme em diversos sectores da criação de novos produtos.
É possível acabar com a austeridade nos próximos anos se houver crescimento económico digno desse nome, à volta dos 3% ou 4%, como acontece na Irlanda, é fácil fazer toda essa reposição. Se não crescer, não vai ser fácil. E, contudo, as promessas são baseadas numa certa manipulação dos dados existentes.
A actual situação do País, uma das mais graves da nossa história, deve-se a um conjunto de factores e dinâmicas internas e externas, mas em primeiro lugar, aos erros duma má gestão política. Erros que foram provocados em grande parte por falta duma visão estratégica para Portugal, pela impreparação, egoísmo e também venalidade de uma parte importante da nossa classe política, que conta com o funcionamento do sistema político para se beneficiar a si própria e aos sectores mais privilegiados e protegidos da sociedade portuguesa, ao mesmo tempo que utiliza a acção política para agradar ao eleitorado e anestesiá-lo com promessas não cumpridas.
Critico as propostas para a dinamização do consumo à custa das reservas da Segurança Social, para mais sabendo-se que o crescimento do consumo é feito principalmente pelas classes sociais com maior poder de compra, afectando de imediato as importações e o défice da Balança Comercial.
As más decisões políticas e as ilegalidades cometidas nos casos que ajudaram a afundar a economia portuguesa estão directamente relacionadas, e de forma dolosa. Todos aqueles com responsabilidades políticas, Presidente da República, governos e oposições, tentam agora disfarçar as suas responsabilidades por mais de uma década de erros políticos e irresponsabilidades económicas e financeiras, que arruinaram Portugal e empobreceram os portugueses.
Em Portugal existe uma justiça para pobres e outra bem diferente para os ricos. Seja porque o rendimento muito baixo da esmagadora maioria das famílias portuguesas torna o custo da justiça um obstáculo relevante, seja porque o dinheiro permite o acesso aos melhores e mais influentes advogados, seja porque a ignorância e a pobreza andam entre nós de mãos dadas e os direitos dos cidadãos são mal compreendidos e mal praticados.
Portugal depois da adesão à União Europeia porta-se como um país desorientado, sem sentido de direcção. Portugal, durante muitos anos, tinha uma estratégia, a de um país que não era verdadeiramente europeu, de um pais atlântico, um país universalista, com interesses nas cinco partes do mundo.
Sampaio da Nóvoa nunca levantou a sua voz contra aquilo que aconteceu, quer no período do ex-primeiro ministro José Sócrates, quer mesmo durante este governo. Agora está critico, sim, mas é só agora. Ora, não se tendo dito nada sobre as PPPs, sobre o excesso de construção civil e auto-estradas, sobre todos os erros que foram cometidos em governos anteriores e neste, penso que não tem legitimidade para que os portugueses pensem que será a mudança.
Os programas dos partidos sobre a questão da dívida pública oscilam entre um extremo de afrontamento da Europa, ao exigirem uma reestruturação da dívida pública, e o extremo de nada proporem, com medo de irritar alguns países europeus. Enquanto candidato presidencial, quero confrontar os partidos políticos sobre esta questão da dívida.
Todos sabemos que as empresas portuguesas estão em dificuldades financeiras, não é previsível que venham grandes investimentos em Portugal, temos de apostar no investimento externo. Nós temos, nesta conjuntura económica, uma grande quantidade de empresas, médias empresas principalmente, que têm inovado muito e temos um potencial enorme em diversos sectores da criação de novos produtos.
É possível acabar com a austeridade nos próximos anos se houver crescimento económico digno desse nome, à volta dos 3% ou 4%, como acontece na Irlanda, é fácil fazer toda essa reposição. Se não crescer, não vai ser fácil. E, contudo, as promessas são baseadas numa certa manipulação dos dados existentes.
A actual situação do País, uma das mais graves da nossa história, deve-se a um conjunto de factores e dinâmicas internas e externas, mas em primeiro lugar, aos erros duma má gestão política. Erros que foram provocados em grande parte por falta duma visão estratégica para Portugal, pela impreparação, egoísmo e também venalidade de uma parte importante da nossa classe política, que conta com o funcionamento do sistema político para se beneficiar a si própria e aos sectores mais privilegiados e protegidos da sociedade portuguesa, ao mesmo tempo que utiliza a acção política para agradar ao eleitorado e anestesiá-lo com promessas não cumpridas.
Critico as propostas para a dinamização do consumo à custa das reservas da Segurança Social, para mais sabendo-se que o crescimento do consumo é feito principalmente pelas classes sociais com maior poder de compra, afectando de imediato as importações e o défice da Balança Comercial.
As más decisões políticas e as ilegalidades cometidas nos casos que ajudaram a afundar a economia portuguesa estão directamente relacionadas, e de forma dolosa. Todos aqueles com responsabilidades políticas, Presidente da República, governos e oposições, tentam agora disfarçar as suas responsabilidades por mais de uma década de erros políticos e irresponsabilidades económicas e financeiras, que arruinaram Portugal e empobreceram os portugueses.
Em Portugal existe uma justiça para pobres e outra bem diferente para os ricos. Seja porque o rendimento muito baixo da esmagadora maioria das famílias portuguesas torna o custo da justiça um obstáculo relevante, seja porque o dinheiro permite o acesso aos melhores e mais influentes advogados, seja porque a ignorância e a pobreza andam entre nós de mãos dadas e os direitos dos cidadãos são mal compreendidos e mal praticados.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Se as indústrias portuguesas do calçado, dos moldes, dos componentes de automóvel e muitas outras têm ganho a batalha contra os seus concorrentes internacionais, porque não o transporte marítimo? A única diferença é que Sines depende do Estado e de haver uma estratégia nacional Euro Atlântica, que aproveite as grandes mudanças do comércio no espaço do Atlântico, o abatimento das barreiras alfandegárias, e o decréscimo do custo dos transportes para afirmar Portugal, para atrair investimento estrangeiro de empresas industriais integradoras, para fazer crescer a economia e criar empregos.
Portugal está no centro do mapa do Ocidente, entre a Europa e os Estados Unidos: sabendo que a componente logística é muito importante para a economia, temos de potenciar a nossa localização no Atlântico para aproveitar o crescimento do tráfego e das transacções comerciais, que vai existir nos próximos anos, seja por força do normal crescimento do comércio mundial, seja como resultado do acordo de livre comércio que está em negociação com os Estados Unidos, ou seja, ainda, pelo decréscimo do custo dos transportes.
As políticas de investimento foram dedicadas pelos diferentes governos à construção e obras públicas, com a nota negativa de copiarem modelos europeus com 50 anos, tendo sido promovida uma indústria da construção mastodôntica e insustentável, para mais com recurso a mão de obra imigrante de baixo custo, sem os recursos financeiros necessários e sem terem sido feitas quaisquer análises de custo benefício para os investimentos feitos, comprometendo no processo as futuras gerações e o equilíbrio das contas do Estado.
A energia deve ser um elo de ligação ao crescimento económico, preservando o ambiente e proporcionando o desenvolvimento das mais essenciais actividades humanas, nomeadamente o fornecimento de água potável, saneamento, cuidados de saúde, iluminação, aquecimento, alimentação, agricultura, indústria, transportes e telecomunicações. A palavra-chave é descarbonizar a economia e fazê-la crescer em simultâneo, sendo que as políticas implementadas em Portugal têm prejudicado o desenvolvimento económico já que Portugal tem hoje os seus preços acima da média europeia em sacrifício dos interesses das famílias e empresas nacionais.
As ideias têm uma força enorme, são elas que fazem mover a economia e o mundo. Acredito que um Presidente da República que tenha boas ideias, mas sobretudo experiência e capacidade para as sustentar, pode influenciar a vida dos portugueses. O poder maior que um Presidente pode ter é a capacidade de convencer os agentes económicos a adoptar boas ideias que possam servir os interesses do País.
Votar é um acto com consequências sérias para a vida de todos nós. O país tem de ganhar consciência de que não podemos desperdiçar o voto em entertainers televisivos ou simplesmente em candidatos bem intencionados mas totalmente comprometidos com o sistema que nos tem governado até aqui, certamente incapazes de contribuir para a mudança necessária, porque isso implica coragem, experiência e a independência de quem há muito se bate contra a corrupção do sistema.
Este é um dos temas que verdadeiramente me interessa discutir, numa perspectiva construtiva para o desenvolvimento do país e para o bem comum. Infelizmente, estes temas parecem não interessar à maioria dos políticos e, por arrasto, poucos jornais, rádios e televisões pegam neles.
Portugal está no centro do mapa do Ocidente, entre a Europa e os Estados Unidos: sabendo que a componente logística é muito importante para a economia, temos de potenciar a nossa localização no Atlântico para aproveitar o crescimento do tráfego e das transacções comerciais, que vai existir nos próximos anos, seja por força do normal crescimento do comércio mundial, seja como resultado do acordo de livre comércio que está em negociação com os Estados Unidos, ou seja, ainda, pelo decréscimo do custo dos transportes.
As políticas de investimento foram dedicadas pelos diferentes governos à construção e obras públicas, com a nota negativa de copiarem modelos europeus com 50 anos, tendo sido promovida uma indústria da construção mastodôntica e insustentável, para mais com recurso a mão de obra imigrante de baixo custo, sem os recursos financeiros necessários e sem terem sido feitas quaisquer análises de custo benefício para os investimentos feitos, comprometendo no processo as futuras gerações e o equilíbrio das contas do Estado.
A energia deve ser um elo de ligação ao crescimento económico, preservando o ambiente e proporcionando o desenvolvimento das mais essenciais actividades humanas, nomeadamente o fornecimento de água potável, saneamento, cuidados de saúde, iluminação, aquecimento, alimentação, agricultura, indústria, transportes e telecomunicações. A palavra-chave é descarbonizar a economia e fazê-la crescer em simultâneo, sendo que as políticas implementadas em Portugal têm prejudicado o desenvolvimento económico já que Portugal tem hoje os seus preços acima da média europeia em sacrifício dos interesses das famílias e empresas nacionais.
As ideias têm uma força enorme, são elas que fazem mover a economia e o mundo. Acredito que um Presidente da República que tenha boas ideias, mas sobretudo experiência e capacidade para as sustentar, pode influenciar a vida dos portugueses. O poder maior que um Presidente pode ter é a capacidade de convencer os agentes económicos a adoptar boas ideias que possam servir os interesses do País.
Votar é um acto com consequências sérias para a vida de todos nós. O país tem de ganhar consciência de que não podemos desperdiçar o voto em entertainers televisivos ou simplesmente em candidatos bem intencionados mas totalmente comprometidos com o sistema que nos tem governado até aqui, certamente incapazes de contribuir para a mudança necessária, porque isso implica coragem, experiência e a independência de quem há muito se bate contra a corrupção do sistema.
Este é um dos temas que verdadeiramente me interessa discutir, numa perspectiva construtiva para o desenvolvimento do país e para o bem comum. Infelizmente, estes temas parecem não interessar à maioria dos políticos e, por arrasto, poucos jornais, rádios e televisões pegam neles.
Re: Henrique Neto o candidato da Presidência Republica a falar a reindustrializar do país a partir de Sines e de Alentejo
Num País de apenas dez milhões de habitantes, localizado no centro do Ocidente e entre duas das maiores economias mundiais, a da Europa e a dos Estados Unidos, com o Atlântico por parceiro logístico e criador de riqueza, o desemprego só pode existir por falência das elites dirigentes, que não conseguem equacionar a solução de vários problemas simultaneamente.
O endividamento crescente das famílias e do Estado, retirou recursos financeiros aos sectores produtivos da economia, reduziu a capacidade de investimento privado e tornou Portugal menos interessante para o investimento externo, até porque embarcámos alegremente na euforia do alargamento da União Europeia.
O endividamento crescente das famílias e do Estado, retirou recursos financeiros aos sectores produtivos da economia, reduziu a capacidade de investimento privado e tornou Portugal menos interessante para o investimento externo, até porque embarcámos alegremente na euforia do alargamento da União Europeia.
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