Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 274 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 274 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Quando os políticos capitulam face ao poder das televisões e da publicidade
Página 1 de 1
Quando os políticos capitulam face ao poder das televisões e da publicidade
No confronto televisivo entre Passos Coelho e Catarina Martins, a líder do Bloco de Esquerda lançou uma reclamação: “Acho complicado que a coligação, e nomeadamente o PSD, não tenha permitido que estes debates estivessem em canal generalista, para não serem vistos só por quem tem de pagar a taxa”. Passos, solícito, não se ficou: “Eu por mim estaria muito de acordo em que pudesse ser em canal generalista”.
Mas a verdade é que foram os partidos que aceitaram este modelo restritivo de debates imposto pelas televisões. Em que só um, o megadebate entre Passos e Costa, passaria em todos os canais generalistas, chegando a um largo número de portugueses (quase três milhões e meio, e 69,5% de share). E em que todos os outros seis frente-a-frentes seriam remetidos para os canais de informação por cabo, com audiências minoritárias (a oscilar entre 100 mil e 220 mil telespetadores) e shares mínimos de 2% a 5%.
O que isto significa, sem disfarces nem meias palavras, é a capitulação da política perante os poderes mediático e económico. As televisões - TVI, SIC e RTP - colocam o critério das audiências e da publicidade acima de qualquer outra consideração, cívica, social ou de esclarecimento político. E não estão dispostas a sacrificar o share de uma das suas muitas novelas ou reality shows do prime-time por um frente-a-frente partidário que teria metade ou um terço da audiência.
Ora, quem se sujeita a este tratamento depreciativo, quem não se dá ao respeito, quem não sabe exercer a autoridade e a legitimidade de que está investido, não venha depois queixar-se de infortúnios e desconsiderações. Como fizeram Catarina e Passos. Foram eles que aceitaram os termos destes debatezinhos em modelo de vão de escada.
A comprovar e acentuar o desrespeito a que os políticos se resignam, os dois candidatos a primeiro-ministro permitiram, pela primeira vez, que se parasse o debate para entrar um intervalo de 6 minutos de publicidade. Só falta colocarem sponsors no cenário...
E até a Liga de Futebol já se atreve a marcar jogos dos ‘grandes’ para o dia das eleições, a ver se aumenta ainda mais a abstenção. Perante a inação do Governo que tutela o Desporto. Depois, não se queixem.
jal@sol.pt
José António Lima | 21/09/2015 17:42
SOL
Mas a verdade é que foram os partidos que aceitaram este modelo restritivo de debates imposto pelas televisões. Em que só um, o megadebate entre Passos e Costa, passaria em todos os canais generalistas, chegando a um largo número de portugueses (quase três milhões e meio, e 69,5% de share). E em que todos os outros seis frente-a-frentes seriam remetidos para os canais de informação por cabo, com audiências minoritárias (a oscilar entre 100 mil e 220 mil telespetadores) e shares mínimos de 2% a 5%.
O que isto significa, sem disfarces nem meias palavras, é a capitulação da política perante os poderes mediático e económico. As televisões - TVI, SIC e RTP - colocam o critério das audiências e da publicidade acima de qualquer outra consideração, cívica, social ou de esclarecimento político. E não estão dispostas a sacrificar o share de uma das suas muitas novelas ou reality shows do prime-time por um frente-a-frente partidário que teria metade ou um terço da audiência.
Ora, quem se sujeita a este tratamento depreciativo, quem não se dá ao respeito, quem não sabe exercer a autoridade e a legitimidade de que está investido, não venha depois queixar-se de infortúnios e desconsiderações. Como fizeram Catarina e Passos. Foram eles que aceitaram os termos destes debatezinhos em modelo de vão de escada.
A comprovar e acentuar o desrespeito a que os políticos se resignam, os dois candidatos a primeiro-ministro permitiram, pela primeira vez, que se parasse o debate para entrar um intervalo de 6 minutos de publicidade. Só falta colocarem sponsors no cenário...
E até a Liga de Futebol já se atreve a marcar jogos dos ‘grandes’ para o dia das eleições, a ver se aumenta ainda mais a abstenção. Perante a inação do Governo que tutela o Desporto. Depois, não se queixem.
jal@sol.pt
José António Lima | 21/09/2015 17:42
SOL
Tópicos semelhantes
» As leis do poder. O período de nojo em política - fraqueza ou poder?
» BANCA: O dinheiro dos portugueses e o poder dos políticos
» 2016: Investidores e emitentes face a face
» BANCA: O dinheiro dos portugueses e o poder dos políticos
» 2016: Investidores e emitentes face a face
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin