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Quando os políticos se portam como crianças
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Quando os políticos se portam como crianças
A política é uma arte de difícil compreensão e, por vezes, parece que os atores dessa arte se comportam como crianças. O caso mais recente é dado pela história da natalidade que está hoje em discussão no parlamento.
As propostas do CDS, do PCP e do BE até podem ser coincidentes em muitos aspetos, mas logo surgem os ataques referentes ao passado. Se o que está em causa é combater a baixa de natalidade que faz de Portugal um dos países mais velhos da Europa, qual o sentido de se usar retórica política sobre uma questão tão concreta? Calculo que no passado os papéis tenham estado invertidos, já que nesta questão é o BE e o PCP que não querem olhar para as coincidências das suas propostas com a do CDS.
A política teria tudo a ganhar se estas parvoíces fossem só usadas em questões menores, onde cada um vincava bem a sua ideologia. Mas o que se passa, normalmente, não é isso. O que coloca uma questão de fundo: se o país para sair desta crise - se é que alguma vez não esteve em crise - precisa de um consenso para as questões estruturais, parece óbvio que só com uma maioria absoluta é que lá vamos.
Note-se que a questão da natalidade é fulcral para o futuro de Portugal. Se morrem mais pessoas do que as que nascem, é evidente que não vamos ter quem trabalhe para “sustentar” o número cada vez maior de reformados. Até há poucos anos, muitas empresas evitavam contratar mulheres que pudessem engravidar, pois não queriam ter o custo de estas estarem três meses em casa. Hoje, felizmente, já se discutem sete meses de licença e os próprios pais poderão gozar três semanas de licença de paternidade. As propostas conhecidas querem alargar prazos, além de se preocuparem com a criação de creches, e de outras medidas importantes. Parece óbvio que as empresas inteligentes devem elas próprias incentivar as suas empregadas a terem filhos. A não ser que sejam empresas de vão de escada e que pouco se importem com o futuro. Será o mesmo que agricultores não apostarem em oliveiras, pois levam muito tempo até darem azeitonas...
05/05/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
As propostas do CDS, do PCP e do BE até podem ser coincidentes em muitos aspetos, mas logo surgem os ataques referentes ao passado. Se o que está em causa é combater a baixa de natalidade que faz de Portugal um dos países mais velhos da Europa, qual o sentido de se usar retórica política sobre uma questão tão concreta? Calculo que no passado os papéis tenham estado invertidos, já que nesta questão é o BE e o PCP que não querem olhar para as coincidências das suas propostas com a do CDS.
A política teria tudo a ganhar se estas parvoíces fossem só usadas em questões menores, onde cada um vincava bem a sua ideologia. Mas o que se passa, normalmente, não é isso. O que coloca uma questão de fundo: se o país para sair desta crise - se é que alguma vez não esteve em crise - precisa de um consenso para as questões estruturais, parece óbvio que só com uma maioria absoluta é que lá vamos.
Note-se que a questão da natalidade é fulcral para o futuro de Portugal. Se morrem mais pessoas do que as que nascem, é evidente que não vamos ter quem trabalhe para “sustentar” o número cada vez maior de reformados. Até há poucos anos, muitas empresas evitavam contratar mulheres que pudessem engravidar, pois não queriam ter o custo de estas estarem três meses em casa. Hoje, felizmente, já se discutem sete meses de licença e os próprios pais poderão gozar três semanas de licença de paternidade. As propostas conhecidas querem alargar prazos, além de se preocuparem com a criação de creches, e de outras medidas importantes. Parece óbvio que as empresas inteligentes devem elas próprias incentivar as suas empregadas a terem filhos. A não ser que sejam empresas de vão de escada e que pouco se importem com o futuro. Será o mesmo que agricultores não apostarem em oliveiras, pois levam muito tempo até darem azeitonas...
05/05/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
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