Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

tvi24  cais  2012  2015  2023  2010  2016  2018  2011  2013  cmtv  2019  2017  2014  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
"Que horas ela volta?" EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
"Que horas ela volta?" EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


"Que horas ela volta?" Empty
maio 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031 

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
49 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 49 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

"Que horas ela volta?"

Ir para baixo

"Que horas ela volta?" Empty "Que horas ela volta?"

Mensagem por Admin Ter Set 22, 2015 10:42 am

Este filme deveria ser visto e fazer meditar todos os que se esforçam por mudar a vida

Uma mulher de Pernambuco vai trabalhar como empregada doméstica interna na casa de uma família rica de S. Paulo, deixando com a família uma filha menor, para quem manda regularmente dinheiro.

Na casa onde trabalha, é ela quem verdadeiramente cuida do único filho do casal que, com ela, estabelece uma relação mais afectiva do que com a própria mãe.

Daí, o nome da película: a pergunta triste da criança acerca da mãe, sempre ocupada e ausente, mesmo que vivendo na mesma casa.

Histórias destas há muitas. Vidas de pessoas que, tendo de abandonar os filhos para os poderem ajudar a singrar na vida, acabam por transferir para outros o afecto que não puderam dar aos seus.

Só por si, uma tal história seria já comovente, até por retratar uma realidade que a «crise» tende a perpetuar.

«Que horas ela volta?», o extraordinário filme da realizadora brasileira Anna Muylaer, que ganhou já vários prémios em diferentes festivais, conta, porém, muito mais.

O que nele se relata com desafiante interesse é, verdadeiramente, a perplexidade de Jéssica, a filha antes deixada para trás por Val - a empregada doméstica pernambucana - quando, mais tarde, decidiu juntar-se-lhe, por desejar cursar arquitectura na melhor escola de S. Paulo.

Embora acolhida com simpatia pela família paulista, Jéssica, já com estudos bem-sucedidos e uma mentalidade moderna e socialmente descomplexada, não consegue aceitar as  barreiras sociais que presidem à vida na casa aonde foi acolhida.

Jéssica não só não aceita o lugar que lhe está destinado na casa – ela e o filho da família concorrem ambos no vestibular para entrar na universidade – como não entende, ainda, a atitude da mãe, que tenta alertá-la para o que pode e não deve fazer.

Dá-se portanto a uma revolta de ambas. A filha perante o que entende ser a atitude subserviente e conivente da mãe com a discriminação que, subtil mas eficazmente, lhe impõem; a mãe ante o que ela julga ser uma falta de reconhecimento pelos esforços e renúncias que ela se impôs toda a vida para a poder educar.

Val acha que Jéssica é sobranceira, a despreza e não se quer identificar com ela e suas origens; Jessica, que a vida da família paulistana lhe deve ser acessível, revoltando-se com um lugar que não julga compatível com a sua cultura e valor.

Há em toda esta história, tão bem contada e interpretada neste filme, um confronto aparente de valores e perpectivas sociais e pessoais, que tanto enternecem, como indignam e revoltam.

Este cenário permite-nos, contudo, especular um pouco mais.

No filme retratam-se, na verdade, muitas das perplexidades da vida social e política actual: a aspiração a um estilo de vida que, afinal, impede que todos possam ter uma vida melhor.

Só por isso, ele deveria ser visto e fazer meditar todos quantos se esforçam por mudar a vida.

Pretendem, afinal, reproduzir apenas, através de uma maior abrangência social, o modelo de sociedade que existe, ou procuram, antes, construir uma sociedade diferente e fundada em outros valores e conceitos de vida?

Talvez se situe aqui – na aceitação ou recusa deste compasso - a explicação para as desinteligências que existem entre os diferentes projectos de esquerda: a esquerda social-democrata, a esquerda «velha» e a «nova» esquerda.

O final do filme – uma espécie de happy-end – pode inspirar porventura, uma solução: é na clarificação de propósitos e na sua discussão que reside a possibilidade de um entendimento, ainda que circunstancial, entre as diferentes vias.

A vida – essa mestra severa - fará o resto. 

Jurista

Escreve à terça-feira

António Cluny 
22/09/2015 08:00
Jornal i
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos